30 de mar. de 2018

PUXA-SACO BEM SUCEDIDO, SEGUNDO TIÃOZIM ADM


Quem? Tiãozim ADM meu colega na PMMG, amigo, inteligência brilhante, poeta, orador contido, humor refinado, às vezes mordaz. Deu-me uma definição do puxa-saco bem sucedido. Precisa ter dois atributos fundamentais: 1) se não tiver mãos de veludo, pelo menos não as tenha lixentas; 2) tem de ser capaz de escolher o saco certo.
Sábio Tiãozim ADM. Lembro-me dele quando vejo, via Embratel, o Marum defendendo o Temer, sem se tocar para as impropriedades que fala. Se o Temer concorrer e for reeleito, o Marum ficará muito bem, com certeza. Mas se não ocorrer a reeleição, o Marum terá escolhido o saco errado.





Tiãozim ADM partiu há muito. Não há como postar foto. Fica o quepe, como homenagem de boa lembrança ao Coronel PM Benedito Sebastião dos Santos.





29 de mar. de 2018

E TOME BOMBARDEIO!


Via Embratel, vi e ouvi o presidente Temer dizendo que quem está no governo está sujeito a bombardeios a todo momento.
Ainda não aprendeu a calar-se, no primeiro momento de cada susto. Depois, tenta remendar e as emendas têm ficado piores do que os sonetos.
Não são bombardeios demais em menos de dois anos de governo?


Imagem: opera - revista independente.
http://revistaopera.com.br/2016/11/07/onu-abre-investigacao-sobre-mortes-de-civis-apos-bombardeio-americano-no-afeganistao/

MILLÔR EM PEDACINHOS (E BOTA PEDACINHO NISTO!)



"Rua Tal, Quadra por aí assim, nº 100, andar 1.000, apartamento milhão não sei onde

.......................................................................

- ..., a justiça é cega mas tem muito tato - ...

05/05/1982".

Pág. 183 do livro







28 de mar. de 2018

MILLÔR EM PEDACINHOS: OBSERVAÇÃO SOBRE A SUPERIORIDADE DA IGNORÂNCIA


"O avião bateu feio no chão, um senhor impáquito: chegou a quicar no ar, inclinou-se perigosamente pra direita durante um certo tempo. Uma manobra desesperada deu-lhe uma volta de quase 180º e, já com a amurada do cais à vista, freou súbita e violentamente: o trem de aterrissagem partiu-se no choque, o motor da esquerda pegou fogo, a asa do outro lado pendia quebrada num terço, começando também a pegar fogo. O cacique, voando pela primeira vez na vida, achou tudo normal e divertido, não compreendendo a reação dos outros passageiros. Só muito tempo depois, quando lhe explicaram o que tinha acontecido, começou a tremer de medo.

11/11/1981"

Pág. 134 do livro




26 de mar. de 2018

MILLÔR EM PEDACINHOS - O LIVRO FURTA-COR DE PENSAMENTOS DO CAMARADA JOÃO (ESSE MESMO, O FIGUEIREDO) II



"Eu falava muito alto e ouvia muito baixo. Foi com os mineiros, especialmente o Francelino, que eu aprendi que ninguém sabe o que você está ouvindo, mas todo mundo ouve o que você está falando. E que você pode graduar o ouvido como gradua a fala. Foi aí que eu comecei a falar mais baixo e ouvir mais alto.
('Gradações entre civis e militares' - ecos de sabedoria política.)

13/02/1980"


Pág. 79 do livro (imagem abaixo).



21 de mar. de 2018

ACORDEI COM A MACACA. AH! MAS DONA IRACEMA SALVOU MEU DIA!

Como relatei ontem, havia acordado com a macaca na véspera. Mas Dona Iracema apareceu para salvar meu dia.
Vinha eu voltando do estudo de música, sem ter conseguido ainda aliviar minhas irritações da manhã. Nem com música!
Passava pela rua Major Jerônimo, quando vi uma senhorinha, de um ponto razoavelmente alto de sua casa (um paredão na divisa da rua, um pátio interno, provavelmente. Essa senhorinha segurava um saco de lixo. Prestando atenção, vi que ela jogou o saco de lixo na rua. Na rua não! Mais precisamente, em uma lixeira. De chuá! E não parou por aí. Tomou um segundo saco de lixo - e aí eu vi desde o início - fez pontaria e atirou-o, acertando novamente de chuá. Bati palmas, alegremente. Ela viu e disse: fiz a cesta!
E olha que tinha uma
grade atrapalhando.
É claro que parei para entabular um papinho. Perguntei seu nome: Iracema. Disse-me que é parente de várias pessoas que conheço - meu professor de música inclusive. Com o perdão da palavra, uma turminha de malucos. Todos com o DNA de Dona Iracema, provavelmente. Conversando com um deles sobre o fato, disse-me que ela faz isso diariamente e não erra uma.  É claro que lhe pedi autorização para fotografá-la e torná-la personagem de crônica do cadikim. Concordou. Dona Iracema merece cronista melhor. Salvou o meu dia!

20 de mar. de 2018

ONTEM, ACORDEI COM A MACACA!

Só mais tarde percebi. Vi, então, que era uma macaca potencial.
Minha mulher saiu para trabalhar, na hora habitual (seis e meia). Pouco depois de ela sair, percebi que tinha esquecido os óculos. Ia ligar perguntando se queria que os levasse, quando o interfone tocou. Perguntou-me se podia descer com eles. Quando cheguei, encontrei-a conversando com a síndica do prédio, a qual disse que não pudera ir ao trabalho porque havia uma caminhonete mal estacionada, bloqueando a saída de seu carro. Assinale-se que dita síndica tem dificuldades visuais e uma amiga chega a pé para dirigir o carro dela. Essa amiga não conseguiu sair com o carro da síndica. Retornou à casa a pé para buscar o seu carro e retornou para levar a síndica, o que atrasou as duas para o trabalho.
Fui ao estacionamento. Encontrei uma caminhonete ("gabinada") muito bonita, e muito mal estacionada mesmo. O condutor - que não sei quem é - deixou espaço grande à frente e ocupou, à retaguarda, a área de manobra. No mais, foi estacionada em uma vaga que
pertence ao apartamento aonde moram estudantes que não têm carro (costumam vir parentes em carro, em fins de semana). Algumas, saindo para a escola, foram consultadas e disseram que a caminhonete não lhes pertencia.
Fiquei deveras irritado!
Fui ao apartamento e escrevi em um papel, em tinta vermelha: "TRAVOU TUDO".
Quando retornei, a caminhonete havia sido retirada e vi, no chão, o papel em que escrevera, esmagado e jogado no chão. Pareceu-me que o condutor da caminhonete ficara muito irritado. Senti-me esmagado, como o papel. E lamentei que a pessoa que fizera aquilo jogara o papel no chão. Mas - humano que sou - também fiquei muito irritado. E pensei: "se eu tivesse a força do Hulk, teria esmagado a caminhonete; só não teria deixado no meio do estacionamento, teria jogado no lixo".
Não ficou por aí. Fui estudar música. Ao chegar em uma confluência com rua mais estreita, vi dois carros "se encarando" (sem bronca"), porque a rua é estreita. O condutor de um deles afastou-o (penso que, se tivesse feito manobra melhor, não teria ocorrido a coincidência). O outro pode passar livremente e o da manobra (verifiquei ser um amigo) subiu. Continuei seguindo a pé. Quando ia chegando ao Carmelo, aonde se celebra missa pela manhã, havia vários carros
estacionados sobre o passeio (o que obrigava pedestres a caminhar pela rua). Já publicara uma nota sobre isto, poucos dias antes (http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2018/03/acessibilidade.html). Resolvi fotografar tudo e voltar ao assunto. Enquanto o fazia, aquele amigo que passara por mim lá em baixo, vinha descendo. Também ia para o Carmelo. Mas
Era só andar uns 50 metros. Havia espaço ali.
cuidara de seguir com seu carro e buscar estacionamento na rua transversal acima (não sei se velhas manias de Policial Militar). Conversamos rapidamente e mandei-me para meu estudo de música, bem mais leve.

Mas não pude deixar de fazer comparações. Sei que os dois fatos que relatei aqui são recortes sociais de má educação e até de grosseria (no caso de esmagar o papel e jogá-lo no chão) ou birra, mesmo. Sei, por vivência - observação no trânsito e mesmo em condutas explícitas de "pessoas de bem" - que há um segmento muito grande de pessoas que fazem as mesmas coisas ou quejandas, e que se metem a querer de outros qualidades que não praticam (com facebook e tudo). Como é que uma pessoa (que ainda não sei quem é, corro o risco até de ser um amigo) comporta-se assim em um estacionamento de um condomínio com apenas seis condôminos, e como é que pessoas que se levantam cedo para irem a uma missa (devem responder, piedosamente, ao padre: "pela paz no mundo" - "oremos ao Senhor"; "pela harmonia entre as pessoas" - "oremos ao Senhor"...), como é, repito, que pessoas desse jaez possam querer que uma mulher nascida, criada e crescida em uma favela seja modelo de comportamento?

18 de mar. de 2018

MILLÔR EM PEDACINHOS- JORNALISMO PEDESTRE

"Imitando a TV, que inventou o glorioso jornalismo pedestre - você anda, anda, anda, e pergunta, pergunta, pergunta - nós perguntamos a alguns cidadãos (ao acaso) algumas perguntas (ocasionais).

Inácio de Loiola Capistrano, entrevistado numa relojoaria de Belo Horizonte, declarou, com um sorriso que não chegamos a entender bem, que a crise do petróleo e as pressões consequentes, o fim da Detente entre a Rússia e os EUA, o terrorismo mundial, o aumento da criminalidade juvenil nas grandes cidades brasileiras, tudo isso são coisas absolutamente passageiras. O diabo - concluiu - é que ele próprio, Inácio, é ainda mais passageiro. E sorriu de novo, desta vez, nos pareceu, de maneira mais compreensível.


05/03/1980"

Pág. 70 do livro





16 de mar. de 2018

A GENTE RECLAMA DA IMPRENSA ESPORTIVA DO RIO E DE SÃO PAULO MAS...



...hoje, pela manhã, em Patos de Minas, ligado na Tv Globo, no Bom Dia Minas (Tv Integração, de Uberlândia, a 200 km de distância), assisti a entrevistas de jogadores do Atlético e do Cruzeiro, classificados para as finais do campeonato mineiro. Tratava-se de uma chamada para os jogos que teremos entre Cruzeiro x Patrocinense e Atlético x URT, no próximo fim de semana. Mas não vi entrevistas com jogadores da URT, de Patos de Minas, nem da Patrocinense, de Patrocínio (caminho Uberlândia - Patos).
Custava uma caminhadinha até aqui? Ou são irrelevantes esses clubes da região?

DEBORAH SALOMÃO EM POESIA TRISTE E REVOLTADA


Estou sangrando.
Nenhum dos cinco tiros me acertou
Nem outros tantos perdidos
Estou viva, mas sangro
Sangro de medo
Um desespero hemorrágico toma meu corpo e sangro mais e mais.
Não, ela não foi a única
Ela sim, representa uma porção
em vida e em morte.
A raiva de mim é grande
Por não ter notado-lhe antes
Estamos distantes de sermos politizados
Afinal, fico longe, político é descrédito, decepções constantes.
Presente, presente
Pessoas gritam de dor e desamparo
Ela é a voz da minoria
A voz do ser humano
Me representa
A pólvora só fez amplificar a luta
Obrigada Marielle.



Deborah Salomão

15 de mar. de 2018

PATA E PATINHOS(AS) NO MOCAMBO


Tive, hoje, oportunidade de ver - e fotografar - uma pata socializando suas crias: primeiro, passeando no lago, exercitando as nadadeiras; depois, em terra firme, perto de um da mesma espécie (penso que era macho porque, assim que saiu da água, ela ensaiou uma escaramuça pra cima dele, como quem diz: "cuidado com minha ninhada, viu?"). Em seguida, ficaram todos de boa.
Ainda não consegui fotografar patos "amerrissando" ali. Muito lindo, quando veem da parte alta do Mocambo, vários deles, às vezes, e pousando na lagoa, pés surfando primeiro, o corpo na água no fim. Ainda irei conseguir.











 


14 de mar. de 2018

ACESSIBILIDADE


Vejo e ouço promessas e até garantias de melhorar nosso trânsito e as condições de acessibilidade. Vejo, nas ruas, resultados de uma omissão grave, relativamente às expectativas: a falta de educação (Em Patos de Minas (sei que há por esse Brasil todo):









CÓDIGO DE TRÂNSITO:

Art. 76. A educação para o trânsito será promovida na pré-escola e nas escolas de 1º, 2º e 3º graus, por meio de planejamento e ações coordenadas entre os órgãos e entidades do Sistema Nacional de Trânsito e de Educação, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, nas respectivas áreas de atuação.

13 de mar. de 2018

DEBORAH EM POESIA


Não, não se apaga
Não amarga
A mão não afaga,
Alaga, com lágrimas de saudade.

O pensamento corre, não morre
Escorre no tempo
Me socorre da solidão.

A gente cresce, acha que amadurece
Presume que merece,
Ajoelho em prece, se apresse meu santo
Meu sonho há muito tempo padece.

Já torço para que desapareça, que me esqueça,
Compadeça da vontade de não mais sofrer,
Saia da cabeça, para que não mais enfraqueça.

Coração toma rumo, presumo, difícil ser.
Eu sumo, me arrumo
Aprumo e aponto
Vou adiante e resumo
Que não há jeito no mundo,
De escapar de você.





Deborah Salomão




2 de mar. de 2018

DISCRIMINAÇÃO E RACISMO NA POLÍCIA FEDERAL

Poderão até pensar que se trata de uma das tais notícias falsas e alarmantes, para desgastar uma Instituição. Nada disto.
Um dos mandados judiciais está sendo cumprido no bairro Mangabeiras, em BH
Operação em Belo Horizonte
Hoje, pela manhã, acordei com noticiário e imagens de abordagem, pela Polícia Federal, de uma casa - mansão, melhor dizendo - em Belo Horizonte, e de um edifício de luxo, em São Paulo.
Imediatamente, ocorreu-me um pensamento: nunca vi a Polícia Federal em casa de pobre. Só de "bacano". Será isso discriminação?
Como os pensamentos insistem em seguir caminho, mesmo que a gente não queira, pensei, em seguida: nem vi preto na lava-jato. Será racismo?
Operação PF / Receita, em São Paulo
Na dúvida, fui pro google. Lancei lá: "pretos na lava-jato". Não me agrada falar em nomes. Mas não há como evitar, porque só encontrei notícias sobre Paulo Preto: "as relações de Paulo Preto com empresas investigadas na Lava Jato", "Delatores acusam Paulo Preto, ex-diretor da Dersa, de operar propina...", e outras. Pelas fotos que vi, Paulo Preto não seria cotista em universidade.
Cheguei a uma conclusão bastante estranha: não vi a PF abordando qualquer barraco pobre, nem vi preto sendo investigado na Lava-Jato. "Causdequê?".


IMAGENS:
Operação PF / Receita, São Paulo:
https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/pf-cumpre-mandados-em-empresas-de-limpeza-em-desdobramento-da-lava-jato.ghtml

PF em Belo Horizonte: HOJE EM DIA.
http://hojeemdia.com.br/primeiro-plano/pf-faz-opera%C3%A7%C3%A3o-em-minas-e-sp-contra-empresas-de-servi%C3%A7os-de-limpeza-em-desdobramento-da-lava-jato-1.602506


1 de mar. de 2018

COISA BOA EM MINHAS VELHARIAS

Ontem, precisei revirar uns papéis antigos, velhos mesmo, e acabei encontrando uma cópia do que me parece uma parte da prova feita por uma pessoa muito jovem, provavelmente ainda pré adolescente. Não sei como a obtive, nem quem é o protagonista. Nenhum registro. Apenas, no pé da página, lado direito, letras muito pequenas, encontro: "Teste seleção-5ª série".

Passo à questão, que transcrevo:

"12. Agora, você é o autor!

        Conte uma história, imaginando ser um objeto ou uma pessoa diferente do que você é, como por exemplo: um lápis, uma borracha, uma bola, ...
        Seja criativo(a)!
        Dê um título ao seu texto!".

Agora, o texto (cópia fiel):

      "O carro de sorte

     Eu, um Gol, estava na loja só esperando ser comprado. Era melhor ficar na loja do que com meu dono.
     Meu dono vivio correndo comigo e acabava em uma batida.
     Ele me levou pro ferro velho. Lá eu passava muito frio.
     Um cara me roubou e começou a tirar as minhas peças para vender.
     Meu dono me achou, me pegou, me consertou e foi completamente diferente do que era: não corria, não avançava sinal, etc
     Me lavava e não me largou por nada nesse mundo.
     Se todas as pessoas mudassem desse jeito os carros seriam bem mais felizes e os donos também."

Após o texto, uma observação: "Muito bem!"

Vou anexar a folha de prova, como que dando crédito (o registro "Teste seleção-5ª série" não aparece na cópia escaneada). A leitura no original não está muito fácil e temo que, reproduzida aqui, alguém não consiga ler. Lamento não saber a quem dirigir esse crédito, pois gostaria muito de conhecer o(a) escritor(a) e, se possível, saber o que faz hoje.