26 de mar. de 2025

GOSTO MUITO DE MIM!

Consegui! O feicibuque deixou!

Não é que consegui ser amigo de mim mesmo?

Em 2023, publiquei: "MARAVILHAS DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: NÃO ME CONHEÇO" (https://cadikimdicadacoisa.blogspot.com/2023/10/maravilhas-da-inteligencia-artificial.html). É que, tendo perdido a minha página, criei outra e lá me encontrei entre as "pessoas que você talvez conheça". Tentei adicionar-me a mim mesmo e recebi como resposta: "Talvez você não conheça essa pessoa. ...". Para detalhes e provas é só seguir o link.

Pois bom! Há algum tempo, encontrei no "meu" feice uma proposta de amizade, por mim mesmo. É claro que aceitei. Mas não vi resultado.

Acabei ficando com duas páginas e amigos mal distribuídos, culpa minha.

Aleluia! Indagorinha, passando pelas páginas, encontro que, em uma delas, fui aceito como meu amigo. Achei ótimo! Como disse antes, com a amizade e a orientação dele, quem sabe eu pare de fazer besteiras?

Mato a cobra e mostro o pau:



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13 de mar. de 2025

NAS LETRAS DE NOSSAS CANÇÕES, PENSANDO EM ESPERANÇAS DESVANECIDAS.

 

"Os velhos de Brasília

não podem ser eternos!

Pior que foi

Pior que está

Não vai ficar..."


Nilson Chaves, em "Não Vou Sair".


Não achei foto autorizada. Eventual interesse pode se visto em pesquisa google imagens, Nilson Chaves compositor.

Para ouvir com o autor

YouTube: https://www.youtube.com/watch?v=S1bNywKwTL8&ab_channel=NilsonChaves-Topic


Pois bom: A composição foi gravada em 1989 (Wikipédia). Cadikim postou a frase acima, em 2012, primeiro ano deste blog (https://cadikimdicadacoisa.blogspot.com/2012/06/os-velhos-de-brasilia-nao-podem-ser.html). Transcreveu a letra completa, em que o autor se recusa a deixar o Brasil alimentando esperanças. Cerca de cinco anos depois, cadikim postou escrito de Millôr Fernantes, produzido em 1983, intitulado "Como é, nega, esse futuro sai ou não sai?" (https://cadikimdicadacoisa.blogspot.com/2017/12/millor-em-pedacinhos-como-e-nega-esse.html), com transcrição integral. No texto, Millôr pergunta: "Que fim levou o 1950, futuro de 1940, e 1960, futuro de 1950, e como será 2000, o futuro dos futuros, isto é, de todos os passados? Talvez esse não chegue mesmo jamais, não apenas no sentido filosófico mas também no material."

O blogueiro, 85 anos, passou por vários "salvadores da pátria" desde lá até aqui. Salvaram? Estão salvando?


20 de jan. de 2025

MENDIGO DE UM REAL (OU: ME DÁ UM REAL AÍ!)

 Conheci-o correndo nos intervalos de carros parados no semáforo, pedindo, sem parar: me dá um real aí!... me dá um real aí... Movimentava-se para lá e para cá, não se detendo para esperar a entrega de um óbulo. Não dava muito tempo para o doador entregar. Corria frenético: me dá um real aí... me dá um real aí... Algumas vezes, caminhando ele em minha direção, estendia-lhe algum dinheiro. Apanhava-o rapidamente com um "obrigado" e seguia na sua incessante busca por um real.

Tinha toda a aparência de um dependente de drogas. Não incomodava ninguém, apenas pedia um real, sem se importar se não viesse a moeda.

Às vezes, era visto dormindo em uma esquina. Muito magro, nunca o vimos se alimentando.

Um dia de inverno, minha mulher disse-lhe que iria dar-lhe um cobertor. Respondeu que não queria. Ela insistiu, dizendo que tinha o cobertor e que estava muito frio. Repetiu: não quero! E seguiu na sua corrida desenfreada: me dá um real aí... me dá um real aí...

De repente, sumiu na poeira. Não o víamos mais no lugar onde costumava dormir, nem nos intervalos dos carros parados no semáforo. Chegamos a nos perguntar e a outros: será que morreu? Afinal, seu estado parecia-nos lamentável.

Pois não é que, um dia, pela manhã, passando pela calçada da praça Antônio Dias, ouvi "me dá um real aí!". Olhei para o lado da voz. Estava ele lá, magro como sempre o vi, mas com aspecto físico bem diferente, bem disposto e sem os sinais característicos de dependente de drogas. Conversei com ele rapidamente, disse-lhe do meu agrado de vê-lo em situação melhor.

Algum tempo depois, voltei a vê-lo com a fisionomia anterior, não tanto grave, como antigamente. Desapareceu de novo.

Há poucos dias, andando pela Major Gote, ouvi "me dá um real aí!" Lá estava ele, sentado, encostado na parede de uma loja, com seu melhor aspecto, repetindo seu bordão: me dá um real aí!... me dá um real aí!... Conversei um pouco com ele, repetindo meu gosto por vê-lo melhor. Perguntei onde estava. Disse que em Goiânia. O que foi fazer lá? Sou de lá. Minha família mora lá e briga muito comigo. Observei que não deveria ser muito difícil para a família brigar com ele. Sorriu. Desejei-lhe felicidade, metendo-me a conselheiro: depende só de você! Recebi um "vai com Deus" e, saindo, pude ouvir o bordão:

Me dá um real aí... me dá um real aí...

3 de dez. de 2024

PALAVRAS ... PALAVRAS... O QUE SIGNIFICAM AFINAL O CONCEITO DE PRAIA E O CONCEITO DE TERRAS DE MARINHA?

Vamos aos dicionários existentes na rede:

Os terrenos de marinha são terras da União no litoral, situados entre a linha imaginária da média das marés registrada no ano de 1831 e 33 metros para o interior do continente.


freepik *

Uma praia é uma formação geológica composta por partículas soltas de mineral ou rocha na forma de areia, cascalho, seixo ou calhaus ao longo da margem de um corpo de água (rio ou oceano), seja uma costa ou praia fluvial.

Faixa de terra à beira-mar, faixa de terra encoberta por areia ou por pedras que limita um mar, um rio ou uma lagoa. Beira-mar, região localizada na costa de um país onde é possível nadar e tomar banho de sol: o Brasil tem lindas praias.

Passando pelo trato do Direito, vi conceitos segundo os quais sobreleva a função e não o nome: ou seja, uma pessoa ou coisa é o que é e não o nome pelo qual responde.

Conforme os conceitos transcritos, de terras de marinha e de praia, tem-se que situam-se muito próximas. Terras de marinha corresponde a um nome dado a faixa de território específico que pode perfeitamente coincidir com praia.

Ah! Mas olhos muito grandes e muito poderosos espreitam. Muita gula, muita grana e muito poder à vista, podendo serem obtidas por uma simples PEC (a panaceia do século XXI). Falam em uma vantagem de 78 bilhões para a União. Uma merreca para cada cidadão. Até vi na entrevista feita com dois senadores, a alegação de que há muitos parlamentares que possuem ou ocupam esse tipo de território e que, se fosse assim, poderiam estar legislando em seu próprio benefício. O senador inquirido disse que sempre viveu em praia, desde pequenininho, e que nada tinha de tal tipo de propriedade. Não respondeu à pergunta, disse o que queria (é ótimo ter a última palavra posto que quem a tem não precisa de argumento).

Passando os olhos no relatório da CCJ, destaquei dois pontos:

"§ 1º As praias são bens publicos de uso comum do povo, sendo assegurado, sempre, livre e franco acesso a elas e ao mar, em qualquer direção e sentido, ressalvados os trechos considerados de interesse de segurança nacional ou incluídos em áreas protegidas por legislação específica, não sendo permitida qualquer forma de utilização do solo que impeça ou dificulte o acesso da população às praias, nos termos do plano diretor dos respectivos muicípios."

Duvideodó que pegue! A Riqueza não se aproxima da Pobreza e tem-se utilizado de muitas estratégias para conservar um bem que lhe é muito caro: exclusividade! No mais, nossos critérios e nossas capacidades de fiscalização deixam imensos buracos.

"IV - passam ao domínio dos ocupantes não inscritos, desde que a ocupação tenha ocorrido pelo menos 5 (cinco) anos antes da data da publicação desta Emenda Constitucional e seja formalmente comprovada a boa fé".

Esse inciso refere-se ao artigo 3º do texto original, datado de 23 de fevereiro de dois mil e vinte e dois.

Cheira-me a um simulacro de usucapião de propriedade pública.

Se a publicação dessa PEC, se aprovada, sair em 23 de fevereiro de 2025, já se terão passado três anos. Ou seja, alguém que tenha tido ocupação naquela data, já ganhou três anos, relativamente à possibilidade de a PEC ter sido publicada ainda em 2022. Não se sabe se houve modificação de pessoas, no período.

Sabe-se que muitas ocupações de terras públicas, em Brasília, no Distrito Federal, foram feitas por preços pequenos, pois geravam apenas posses. Mas sempre se pode evoluir... Foi o que aconteceu: aquisição por pessoas de poder, tornando-se regulares depois.

É lamentável concluir que muitas das ações de Poder - em nome do Povo - só beneficiam estamentos mínimos desse povo.

Não há como não rememorar o compositor Canarinho, em "Maloca de meus amores", gravada pelos Demônios da Garoa (https://www.youtube.com/watch?v=TKbn7uae9G4&ab_channel=Osman1970):

"Toda vez que uma maloca é derrubada, 'seu dotô" tem a palavra: é o pogresso que vem".

*Imagem de praia: https://br.freepik.com/fotos-gratis/foto-vertical-de-palmeiras-na-praia_17532106.htm#fromView=keyword&page=1&position=23&uuid=08c7ff90-5126-454f-ab81-f069be8c29b3



12 de ago. de 2024

PARIS ESPEROU 38 ANOS

Cadikim reproduz adiante trechos de uma publicação de Albert Uderzo que considera história da arte de quadrinhos,  contada por dois grandes artistas. Os agentes políticos não perdem oportunidade de se valerem da arte quando querem impressionar. E nem sempre respeitam o artista (veja-se o final da comunicação de Uderzo).



"Em meados da década de 1980, a prefeitura de Paris pediu a ajuda e o apoio de Asterix para seu projeto de candidatura olímpica. Jacques Chirac e sua equipe municipal desejavam que Paris (todos sabem que se trata da Lutécia, naturalmente) fosse escolhida para sede dos Jogos Olímpicos de 1992 d.C.

A prefeitura entrou em contato com Albert Uderzo para a produção de um cartaz e de uma pequena história de quatro páginas, cujo propósito seria a mobilização dos lutecianos da tribo dos Parisii. Sem sequer pestanejar, Albert criou um cartaz que seria afixado em todos os postes da capital francesa em 1986. As páginas seriam publicadas na Jours de France, a revista francesa da alta sociedade do século passado.

Se, no fim, a candidatura de Paris não foi consagrada pelas instâncias olímpicas, nem por isso o fracasso foi geral e absoluto. E, vejam só, o original do cartaz jamais foi devolvido a seu autor! Pouco importa. Restaram a Torre Eiffel transformada em pombal e mais um tipo mal-encarado que se soma à galeria de malfeitores.

Jours de France nº 1660."

A HISTÓRIA DE UDERZO

clicar slides para ampliar


Cartaz da Campanha



Chefe gaulês expõe pedido e impõe missão a Asterix e Obelix.

Enquanto Asterix e Obelix viajam para Lutécia, César trama com seu Serviço Secreto.

Recepcionista luteciano mostra Lutécia a Asteris e Obelix. O Espião trama.

Asterix e Obelix saem no pau com os romanos e conquistam a sede
da Olimpíada para Lutécia (atualmente, Paris).


FONTE: "Asterix e a volta às aulas", Editora Record, páginas 34 a 38.


13 de jul. de 2024

FUTEBOL BRASILEIRO NÃO É O MELHOR DO MUNDO HÁ MUITO TEMPO. NEM É MAIS O MELHOR DA AMÉRICA. NEM DA AMÉRICA DO SUL.

Cadikim já manifestou bastantes opiniões que cultiva sobre o futebol brasileiro. Como qualquer dos mais de duzentos milhões de brasileiros que entendem de futebol, pode deitar ideias também.

Primeira: vejo jornalistas de todos os órgãos de comunicação comentando a seleção brasileira, depois da desclassificação na Copa América. Acho absolutamente inútil falar de seleção. Ela é nada mais do que uma consequência do futebol brasileiro. Para que a seleção possa ser melhor, é indispensável que o futebol brasileiro venha a ser melhor.

Segunda: parar de falar em "melhor futebol do mundo", porque não somos mais há vinte e dois anos. De 2002 pra cá, um solitário quarto lugar como melhor colocação nas cinco copas que disputou. O único apanágio que resta é o fato de ter participado de todas as edições da copa do mundo. E se já não somos o melhor futebol do mundo, também não somos das Américas (Canadá nas semifinais), nem mesmo da América do Sul (três dos quatro finalistas sulamericanos; dois finalistas). Abaixo do quarto colocado

Terceira: é preciso determinar por que estamos no atual status. Temos um voleibol no topo do panorama mundial, há muitos anos seguidos, com medalhas em vários tipos de competições internacionais; o futebol feminino evoluiu e está solitário nas olimpíadas.

Quarta: penso que só uma avaliação ampla, desapaixonada e focada apenas em futebol poderá determinar quais são os fatores intervenientes na situação de decadência do futebol brasileiro.

Fim: e não é para a copa de 2026, não!


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Imagem: 
Paris 2024. Seleção Brasileira Feminina.

Getty Images



29 de jun. de 2024

DEMOCRACIA DEVE SER MUITO BOM! NÉ, SÔ?

 Não é que ouvi, pela TV, notícia de que o Presidente da Câmara, Artur Lira, que havia dispensado do trabalho os deputados do Nordeste,  durante os festejos de São João, os festejos mais cearencemente arretados, permitindo que votassem à distância. Dispensados de marcar presença e de participar das sessões (interessante isso de votar sem participar da sessão, sem ouvir argumentos...). Os não-nordestinos bronquearam, excluídos que foram do benefício. Daí, o Lira mudou de ideia: dispensou todos os deputados. Isso é que é a estrita e pertinente observância do princípio constitucional da igualdade entre todos os cidadãos!

Todos? De jeito maneira! Você aí, mesmo vivendo do nordeste, pode deixar de arrumar os apartamentos de turistas no hotel em que trabalha, para participar dos festejos, continuando remunerado? E você aí de Minas, que adora um forró, pode largar o empório de queijo em que trabalha para ir farrear no nordeste, continuando remunerado? E você?... e você?... E você?...

Ah! Mas vocês não são deputados e nem políticos querendo arregimentar eleitores, uai! Ou pensam que os deputados irão ao nordeste para louvar São João? Não, sô! Vão lá atrás de votos. Político adora um ajuntamento! O João Bosco assinalou isto em "De frente pro crime": "... um homem subiu na mesa  do bar e fez discurso pra vereador" (https://www.youtube.com/watch?v=IBPIxnG6sjM&ab_channel=MoacirSimpatia).

Uai, sô! Mas Democracia não é "governo do povo, pelo povo e para o povo"?. E o titular constitucional do poder não é o povo? E os eleitos  não exercem o poder em nome do povo? Pois não é que, em nome do povo, os representantes desse mesmo povo se dispensam de trabalhar durante uma semana, sem perda de  remuneração e com o povo pagando. Esse povo não tem juízo, sô! Deixar que seus empregados para legislar (os quais preferem a denominação de representantes), se dêem um benefício que só foi estendido aos deputados que reclamaram, mas não a todas as categorias de cidadãos? Para todos sim, seria Democracia: todos na roda!

E viva São João!

É, sô! Democracia deve ser muito bom, né?

Imagem: pixabay.

https://pixabay.com/pt/images/search/festa%20de%20s%c3%a3o%20jo%c3%a3o/