A gente vai tentar entender uma coisa e verifica que, muito antes, mas muito antes mesmo, alguém entendia infinitamente mais. Estou tentando estudar harmonia. Comprei um livro - HARMONIA FUNCIONAL, de Carlos Almada.
Na apresentação do livro, Almada informa da inserção de três apêndices, um deles tratando de Acústica. Recomenda que seja lido antes do Capítulo 1. Obediente, fui ao tal apêndice. Ali, o autor dá-me notícia de um cara que viveu no século V a.C. - um tal de Pitágoras - e descobriu que "um determinado som fundamental, de qualquer freqüência, gera harmônicos que sempre estarão dispostos numa ordem constante, a chamada série harmônica". Vai desenvolvendo o assunto e diz que a série harmônica é infinita.
Até aí, ia tudo bem. Então, começa a falar de maravilhas da tal série harmônica. Mais adiante, sem dó nem piedade, o autor passa a complicar-me, fala-me de coisas extraordinárias. Admito que em se tratando de sons e de música, tudo é possível. Mas vou transcrever o autor:
"E o mais interessante de tudo é constatar que todas as relações tonais se encontram resumidas dentro de cada som: pois cada som - cada nota - é potencialmente uma fundamental - uma tônica -, numa maneira semelhante ao que acontece com o óvulo fecundado, que já traz dentro de si todas as informações genéticas de um ser vivo."
Entendi que qualquer som traz dentro de si todas as informações dos fenômenos acústicos que concorreram para sua produção.
Será que é isso mesmo? Vou seguir estudando para tentar entender.
Ora direis: se não entendeu, por que é que está compartilhando essa maluquice com leitores?
Simples. Segui pensando sobre teorias que entendem ser única a vida de cada ser vivo, vida essa que, através de várias idas e vindas no tempo (e no espaço, também), em permanente aprendizagem, aperfeiçoam-se mais e mais, para a respectiva elevação.
Podem pensar que fiquei maluco (ou que continuo, ou que atingi estágio muito alto).
Provavelmente, não irão gostar do que passei a pensar: se esse tal Pitágoras, no século V a.C., elaborou conhecimentos sobre esse trem aí, aonde é que eu estava, naquele mesmo século?
Provavelmente, no corpo de um dinossauro! Ou coisa "mais pior" (expressão usada por Sérgio Porto, Stanislau Ponte Preta).