Cadikim reproduz adiante trechos de uma publicação de Albert Uderzo que considera história da arte de quadrinhos, contada por dois grandes artistas. Os agentes políticos não perdem oportunidade de se valerem da arte quando querem impressionar. E nem sempre respeitam o artista (veja-se o final da comunicação de Uderzo).
"Em meados da década de 1980, a prefeitura de Paris pediu a ajuda e o apoio de Asterix para seu projeto de candidatura olímpica. Jacques Chirac e sua equipe municipal desejavam que Paris (todos sabem que se trata da Lutécia, naturalmente) fosse escolhida para sede dos Jogos Olímpicos de 1992 d.C.
A prefeitura entrou em contato com Albert Uderzo para a produção de um cartaz e de uma pequena história de quatro páginas, cujo propósito seria a mobilização dos lutecianos da tribo dos Parisii. Sem sequer pestanejar, Albert criou um cartaz que seria afixado em todos os postes da capital francesa em 1986. As páginas seriam publicadas na Jours de France, a revista francesa da alta sociedade do século passado.
Se, no fim, a candidatura de Paris não foi consagrada pelas instâncias olímpicas, nem por isso o fracasso foi geral e absoluto. E, vejam só, o original do cartaz jamais foi devolvido a seu autor! Pouco importa. Restaram a Torre Eiffel transformada em pombal e mais um tipo mal-encarado que se soma à galeria de malfeitores.
Jours de France nº 1660."
A HISTÓRIA DE UDERZO
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Cartaz da Campanha |
Chefe gaulês expõe pedido e impõe missão a Asterix e Obelix. |
Enquanto Asterix e Obelix viajam para Lutécia, César trama com seu Serviço Secreto. |
Recepcionista luteciano mostra Lutécia a Asteris e Obelix. O Espião trama. |
Asterix e Obelix saem no pau com os romanos e conquistam a sede da Olimpíada para Lutécia (atualmente, Paris). |