Pode ser que meu espírito esteja ligado em um futebol de Utopia. Mas tenho a mania de relacionar os defeitos que vejo na prática do futebol aos resultados desfavoráveis da nossa seleção e dos nossos clubes. Vamos lá:
Há poucos dias, cadikim publicou matéria sobre o jogo Fluminense x Grêmio (http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2016/06/sem-disciplina-e-sem-respeito-ao.html). Falava de condutas de jogadores do Grêmio que, ante a expulsão de um colega, arremeteram para cima do árbitro, protestando. Não foi "rodearam", não. Foi arremeteram mesmo.
O expulso mimoseara o árbitro com palavrões, seguidamente. Mas os colegas acharam de apoiá-lo. "Nada de mais", em um país em que deputados e senadores apoiam colegas que, através de ações malignas diversas "xingaram" a Nação. Não obstante, penso que os atletas rebaixarem-se a tanto só pode empobrecer o futebol. Como tem empobrecido a política e o próprio futebol.
Mas vamos para o clássico mineiro: uma falta da defesa do Galo em Arrascaeta deu origem a uma confusão que envolveu jogadores "internos" e "externos". Entendo que os ânimos exaltados fazem o futebol afastar-se da mente dos atletas. Fosse um caso insólito e muito grave, ainda se poderia admitir, com restrições, claro. Mas tem sido frequente e até em situações de menor conflito.
Achei piores, todavia, ações de um jogador do cruzeiro, Romero: Leandro Donizete preparava-se para cobrar uma falta, no meio do campo, com o tronco abaixado sobre a bola, quando Romero, propositadamente, chegou por trás e pisou-lhe a parte posterior do tornozelo. O juiz pode não ter visto, porque não tomou atitude. Mais adiante, o mesmo Romero atacou o mesmo Leandro Donizete, por trás, em saída de bola, o que lhe valeu o vermelho direto. Ainda saiu reclamando que fora sua única falta (deduzi pelo gesto que fez). Não foi a primeira e não foi a primeira desleal. Foi a segunda desleal. Obviamente, em ambas as oportunidades, a mente do jogador estava afastada do futebol.
E vai me dizer que isto não é desvio de foco.
E vai me dizer que isto não implica despreparo para o futebol.
Não é preciso só tirar o Dunga, não (se é que isso é mesmo necessário). É preciso mexer nas bases (ainda em atletas que sejam titulares na Série A), reeducando, renegando as entradas violentas, renegando o anti-jogo, renegando a negação do fair play.
EVOÉ, TELÊ SANTANA!
Imagem: R7 ESPORTES
http://esportes.r7.com/futebol/fred-marca-em-estreia-pelo-atletico-mg-mas-cruzeiro-vence-classico-de-virada-12062016
Nenhum comentário:
Postar um comentário