Ontem, vi Temer em seu pronunciamento à Nação. O tom de voz já não era brando, desde o início, embora não chegasse a ser agressivo (ou incisivo, como preferirem). Mais para Lula, no enaltecer o que indicou ser o melhor dia, retorno do otimismo, avanço das reformas, etc. Partiu para o político, para amaciar seu pronunciamento. Chamou-me a atenção: "Ontem, contudo, a revelação de conversa gravada clandestinamente trouxe de volta o fantasma de crise política de proporção ainda não dimensionada. Portanto, todo o imenso esforço de retirar o país de sua maior recessão pode se tornar inútil. E nós não podemos jogar no lixo da história tanto trabalho feito em prol do país".
A intencional desqualificação da gravação "clandestina" parece-me inútil, porque o efeito que produziu afasta o argumento. Também não cabia recorrer àquilo que quis achar vantajoso para o país, levando o pronunciamento para o campo político. Portou-se como se portara Lula, quando interrogado.
Também fica devendo explicação sobre por que e para que, em curto espaço de tempo, viu-se na contingência de admitir que se encontrou, em duas oportunidades, com dois gigantes do financiamento de campanha.
Quem é Temer, afinal?
Imagem 1: ÉPOCA.
http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2016/04/em-audio-com-discurso-no-caso-de-impeachment-de-dilma-temer-afirma-mudanca-pode-gerar-esperanca.html
EXAME.com
http://exame.abril.com.br/brasil/temer-assina-termo-de-posse-de-ministros-e-homenageia-marisa/
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