12 de nov. de 2024
12 de ago. de 2024
PARIS ESPEROU 38 ANOS
Cadikim reproduz adiante trechos de uma publicação de Albert Uderzo que considera história da arte de quadrinhos, contada por dois grandes artistas. Os agentes políticos não perdem oportunidade de se valerem da arte quando querem impressionar. E nem sempre respeitam o artista (veja-se o final da comunicação de Uderzo).
"Em meados da década de 1980, a prefeitura de Paris pediu a ajuda e o apoio de Asterix para seu projeto de candidatura olímpica. Jacques Chirac e sua equipe municipal desejavam que Paris (todos sabem que se trata da Lutécia, naturalmente) fosse escolhida para sede dos Jogos Olímpicos de 1992 d.C.
A prefeitura entrou em contato com Albert Uderzo para a produção de um cartaz e de uma pequena história de quatro páginas, cujo propósito seria a mobilização dos lutecianos da tribo dos Parisii. Sem sequer pestanejar, Albert criou um cartaz que seria afixado em todos os postes da capital francesa em 1986. As páginas seriam publicadas na Jours de France, a revista francesa da alta sociedade do século passado.
Se, no fim, a candidatura de Paris não foi consagrada pelas instâncias olímpicas, nem por isso o fracasso foi geral e absoluto. E, vejam só, o original do cartaz jamais foi devolvido a seu autor! Pouco importa. Restaram a Torre Eiffel transformada em pombal e mais um tipo mal-encarado que se soma à galeria de malfeitores.
Jours de France nº 1660."
A HISTÓRIA DE UDERZO
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Cartaz da Campanha |
Chefe gaulês expõe pedido e impõe missão a Asterix e Obelix. |
Enquanto Asterix e Obelix viajam para Lutécia, César trama com seu Serviço Secreto. |
Recepcionista luteciano mostra Lutécia a Asteris e Obelix. O Espião trama. |
Asterix e Obelix saem no pau com os romanos e conquistam a sede da Olimpíada para Lutécia (atualmente, Paris). |
13 de jul. de 2024
FUTEBOL BRASILEIRO NÃO É O MELHOR DO MUNDO HÁ MUITO TEMPO. NEM É MAIS O MELHOR DA AMÉRICA. NEM DA AMÉRICA DO SUL.
Cadikim já manifestou bastantes opiniões que cultiva sobre o futebol brasileiro. Como qualquer dos mais de duzentos milhões de brasileiros que entendem de futebol, pode deitar ideias também.
Primeira: vejo jornalistas de todos os órgãos de comunicação comentando a seleção brasileira, depois da desclassificação na Copa América. Acho absolutamente inútil falar de seleção. Ela é nada mais do que uma consequência do futebol brasileiro. Para que a seleção possa ser melhor, é indispensável que o futebol brasileiro venha a ser melhor.
Segunda: parar de falar em "melhor futebol do mundo", porque não somos mais há vinte e dois anos. De 2002 pra cá, um solitário quarto lugar como melhor colocação nas cinco copas que disputou. O único apanágio que resta é o fato de ter participado de todas as edições da copa do mundo. E se já não somos o melhor futebol do mundo, também não somos das Américas (Canadá nas semifinais), nem mesmo da América do Sul (três dos quatro finalistas sulamericanos; dois finalistas). Abaixo do quarto colocado
Terceira: é preciso determinar por que estamos no atual status. Temos um voleibol no topo do panorama mundial, há muitos anos seguidos, com medalhas em vários tipos de competições internacionais; o futebol feminino evoluiu e está solitário nas olimpíadas.
Quarta: penso que só uma avaliação ampla, desapaixonada e focada apenas em futebol poderá determinar quais são os fatores intervenientes na situação de decadência do futebol brasileiro.
Fim: e não é para a copa de 2026, não!
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Imagem: Paris 2024. Seleção Brasileira Feminina.
Getty Images
29 de jun. de 2024
DEMOCRACIA DEVE SER MUITO BOM! NÉ, SÔ?
Não é que ouvi, pela TV, notícia de que o Presidente da Câmara, Artur Lira, que havia dispensado do trabalho os deputados do Nordeste, durante os festejos de São João, os festejos mais cearencemente arretados, permitindo que votassem à distância. Dispensados de marcar presença e de participar das sessões (interessante isso de votar sem participar da sessão, sem ouvir argumentos...). Os não-nordestinos bronquearam, excluídos que foram do benefício. Daí, o Lira mudou de ideia: dispensou todos os deputados. Isso é que é a estrita e pertinente observância do princípio constitucional da igualdade entre todos os cidadãos!
Todos? De jeito maneira! Você aí, mesmo vivendo do nordeste, pode deixar de arrumar os apartamentos de turistas no hotel em que trabalha, para participar dos festejos, continuando remunerado? E você aí de Minas, que adora um forró, pode largar o empório de queijo em que trabalha para ir farrear no nordeste, continuando remunerado? E você?... e você?... E você?...
Ah! Mas vocês não são deputados e nem políticos querendo arregimentar eleitores, uai! Ou pensam que os deputados irão ao nordeste para louvar São João? Não, sô! Vão lá atrás de votos. Político adora um ajuntamento! O João Bosco assinalou isto em "De frente pro crime": "... um homem subiu na mesa do bar e fez discurso pra vereador" (https://www.youtube.com/watch?v=IBPIxnG6sjM&ab_channel=MoacirSimpatia).
Uai, sô! Mas Democracia não é "governo do povo, pelo povo e para o povo"?. E o titular constitucional do poder não é o povo? E os eleitos não exercem o poder em nome do povo? Pois não é que, em nome do povo, os representantes desse mesmo povo se dispensam de trabalhar durante uma semana, sem perda de remuneração e com o povo pagando. Esse povo não tem juízo, sô! Deixar que seus empregados para legislar (os quais preferem a denominação de representantes), se dêem um benefício que só foi estendido aos deputados que reclamaram, mas não a todas as categorias de cidadãos? Para todos sim, seria Democracia: todos na roda!
E viva São João!
É, sô! Democracia deve ser muito bom, né?
Imagem: pixabay.
https://pixabay.com/pt/images/search/festa%20de%20s%c3%a3o%20jo%c3%a3o/
5 de mai. de 2024
SÃO PAULO VOA PERTINHO DA GENTE
Impressionou-me, certa feita, pousar em São Paulo, no aeroporto de Congonhas. Achei que a gente passava "muito perto" dos prédios. Não conhecia a experiência. Há alguns dias, estive hospedado em hotel na Vila Olímpia. Em um prédio fronteiriço, fachada toda em vidros, observei um avião passando refletido. Imaginei que levantava voo de Congonhas, porque, prestando atenção, passava um a cada cinco minutos, mais ou menos. Consegui registrar uma passagem refletida nos espelhos do prédio.
3 de abr. de 2024
MALUQUICES ESTATÍSTICAS
Hoje, pela manhã, passei por seis moças, ao lado de uma loja que vende roupas e sapatos "de marca". Cinco passaram e uma parou para olhar a vitrine.
Um estatístico maluquinho ou apressadinho concluiria que de cada seis moças uma para e vai ver a vitrine de uma loja (e cravaria: 0,1666666666666667 %).
29 de mar. de 2024
LALKA, A PRIMEIRA LOJA DE CHOCOLATES QUE CONHECI - REMINISCÊNCIAS GASTRONÔMICAS INFANTIS
Andava pela Avenida do Contorno, em Belo Horizonte, quando vi a Lalka. A criança que tenho em mim deu as caras, imediatamente.
Na infância, morei no Bairro Floresta. Frequentava a missa do meio dia, na igreja do bairro. Inevitavelmente voltava passando pela Lalka e/ou pela Sorveteria Universal. Nesta, o melhor picolé de limão e o melhor sorvete de coco queimado (que a gente chamava de "queimadinho"). Na Lalka, principalmente chocolates me atraiam. Era uma festa passar por ali e saborear as guloseimas. A primeira loja de chocolates que conheci.
Gostei muito de reencontrar a Lalka, cerca de setenta e cinco anos mais tarde. Entrei para observar e vi um pequeno cartaz afixado em um móvel da loja, voltado para dentro. Um cartaz com uma impressão de antiguidade, quase um "salvado de incêndio". Tratava de história da fundação daquela empresa, instalada inicialmente na Avenida do Contorno, bem perto da igreja da Floresta.
A quem interessar a história do chocolate em Belo Horizonte, uma foto do cartaz.
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12 de fev. de 2024
FICA MUITO DIFÍCIL UM TIME ACOVARDADO IR ÀS OLIMPÍADAS
A seleção brasileira sub-23 jogou contentando-se com o empate. Não arriscou. Preferiu garantir o empate, não conseguindo.
Não pretendo avaliar os jogadores. O modo de jogar foi que considerei causa dos resultados negativos. John Kennedy e Endrick isolados no ataque. Uma retranca esperando um gol milagroso. Bolas chegavam a eles com defeito, fazendo fáceis os desarmes. O goleiro chegava a fazer cera, para garantir o empate. Deixar John Kennedy no banco foi declaração explícita de que a seleção jogava pelo empate.
Empate que não garantiria a classificação, que dependeria, nessa hipótese, do resultado de Paraguai x Venezuela.
Um golzinho, um mísero golzinho, seria o bastante para a Argentina ter que correr atraz do empate. Mas a seleção brasileira - leia-se direção técnica - preferiu tentar segurar um empate de proveito incerto.
Já não se fazem campeões do mundo como antigamente.
Imagem: Pablo Brito.
UM BAITA GOLEIRO COM CURRÍCULO POBRE DÁ TÍTULO AO SÃO PAULO. HUMILDADE E PERSISTÊNCIA.
Estamos falando de Rafael, goleiro do São Paulo. Currículo pobre por que? Afinal, teve atuações muito boas, tanto pelo Cruzeiro, no qual começou aos treze anos, quanto no Atlético Mineiro. Recebeu troféus como melhor em campo e salvou ambos os clubes em várias oportunidades.
Uai, sô! Então o currículo do jogador poderia ser melhor. Sim, poderia.
Quando chegou ao profissional, no Cruzeiro, encontrou Fábio como titular. Precisa mais? Durante um tempo em que Fábio ficou inativo, por lesão, Rafael garantiu-se no gol do Cruzeiro. Com Fábio recuperado, voltou à reserva. Quando foi para o Galo, Rafael encontrou como titular nem mais nem menos do que "São Victor". Vida difícil, hein? Pois Rafael, com qualidades de goleiro que poderia jogar em qualquer time da série "A", permaneceu na reserva. Como e dorme? Nada disto! Manteve-se ativo e capaz, tendo respondido presente, sempre com muito boas atuações, sempre que convocado por algum impedimento dos dois titulares.
Tivesse saído do Cruzeiro, quando se destacava, mesmo na reserva de Fábio, o currículo seria, certamente, muito mais denso. Pelo mesmo jeito, a permanência na reserva, no Galo, inviabilizou enriquecimento de currículo.
Já o admirava.
Mais do que isto, regozijei-me quando o vi jogando pelo São Paulo contra o Palmeiras, na disputa pela Supercopa do Rei, recentemente, fazendo duas defesas de pênaltes, em quatro cobranças (dispensando a quinta), e recebendo a coroa de craque do jogo.
Humildade e persistência, caráter profissional! Grande goleiro! Admirável atleta!