Millôr Fernandes escrevia, em uma seção chamada "Pif-Paf", um quadro com o título "Ah! Essa falsa cultura". Se não me engano, conheci-o na revista "O Cruzeiro" (faz tempo, hein?). Poderá ter sido na foletim "Pif-Paf", que Millôr publicou em oito edições e teve de fechar, por falta dinheiro e pressões políticas.
Em "Ah" Essa falsa cultura", Millôr emitia conceitos dos mais cabulosos, que nada tinham a ver, mas que pessoas de pouca cultura, que fingiam ter mais, poderiam ficar repetindo, sem entender.
Pois não é que, um dia, quando participava do curso de Publicidade e Propaganda (3º grau, de profissão que recomenda a necessidade de um bom vocabulário), em uma aula de português, uma aluna, ouvindo a palavra "apático", perguntou à professora qual era o significado.
O Millôr baixou na hora! Pedi à professora para explicar. Concordou, do que mandei, de sem pulo, sem deixar cair: "Apático é o indivíduo da tribo dos Apáticos, índios estadunidenses que vagavam pelos verdes campos de Manitu, e cujo chefe era Touro Sentado, que vivia sentado, apático, resultando daí a denominação da tribo."
Ninguém entendeu nada.
Curiosidade: Touro Sentado não foi chefe dos Apaches (escrevi Apaches de modo que parecesse com "apáticos) e sim dos Sioux (eu não sabia, vim a saber depois de emitir o conceito).
Imagem (Tatanka Iyotake, conhecido como Touro Sentado): Balaio de Gato.
http://balaiodegatodoalan.blogspot.com.br/2012/03/touro-sentado.html
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