31 de ago. de 2014

DOIS VELHINHOS BRINCANDO DE VERSAR

Meu irmão, Cícero Christófaro (73), poeta, esteve em um sarau, em que uma pessoa declamou uma poesia cujo tema era "amor eterno". Cícero embarcou e propôs uns versinhos que mandou para mim (75). De bate-pronto, emendei os meus. É muito boa a brincadeira de versar, que pode ser espontânea ou provocada, sempre com o mesmo prazer:

Cícero:


amor...
é terno
não estou ainda nu.
meu amor.

Marco Antônio:


Amor
é terno.
Ternura
tem mais gostosura!


Recado ao Cícero: vamos continuar a brincadeira?



Foto: http://www.idadecerta.com.br/blog/wp-content/uploads/2010/09/idosos1.jpg

30 de ago. de 2014

DEFESA SOCIAL: QUEM DERA COMO A DOS BEM-TE-VIS!



O tucano ainda não tinha sido incomodado
Estava próximo à minha janela, de frente para palmeiras na área externa de um restaurante. De repente avistei um tucano. Fui buscar a câmera, para fotografá-lo. Tucanos são comedores de filhotes de outras aves. Chegando à janela, deparei com um enorme furdunço de bem-te-vis, gritando - gritando, mesmo! - muito alto e estridente, e voando em volta daquilo que, há algum tempo, pelo movimento, imaginei ser um ninho. Pois é. Bem-te-vis em número muito maior do que aqueles que vejo habitualmente nas palmeiras. Penso que vi uns vinte, encantoando o tucano. Parece que um bem-ti-vi os convocara e acorreram rápido.


Convocando o Grupo de Segurança
Não atacavam o tucano, diretamente, mas perturbavam-no com seus gritos estridentes e suas escaramuças, sobrevoando o lugar onde pousara. O tucano acabou voando para outra árvore, distante cerca de cinquenta metros. Uma "esquadrilha" de bem-te-vis seguiu-o, escoltando-o, sempre com gritos ameaçadores. O tucano escondeu-se e os
Monitorando o tucano escondido
em outra árvore.
bem-te-vis ficaram por perto, monitorando. O tucano retornou à palmeira, sempre vigiado. Acabou desaparecendo da área.





Outro segurança monitorando o esconderijo.



Quatro "seguranças" pousados
por perto da árvore esconderijo.












Mais três "seguranças" monitorando.






Dois "seguranças" bem perto.
Havia outros em volta.









Quisera eu que nossos sistemas de segurança e defesa social funcionassem
como o dos bem-te-vis.

NOTA DO CADIKIM:
Não consigo fotografar objetos em movimento. Mas só isto não teria bastado. Um fotógrafo tem de saber controlar a emoção, para fotos dramáticas. Verifiquei que não consigo ignorar o drama de certas cenas, para não emocionar-me. Fotógrafo emocionado serve para nada.  Prefiro assim.

29 de ago. de 2014

NAS LETRAS DE NOSSAS CANÇÕES - DIREITOS IGUAIS


"Não quero que a patroa, que é pra lá de boa, me diga: 'olha aqui, neguinho, os direitos são iguais'. Dê a louca na cabeça e também me passe pra trás."

Geraldo Figueiredo, em "Direitos Iguais".






Saudades do Jackson do pandeiro
Para ouvir com Jackson do Pandeiro:
https://www.youtube.com/watch?v=_6qGf3AxkZk






Foto: Sambarock.com.br
http://www.planejarlojasvirtuais.com.br/sambarock/fotos.asp?offset=240

28 de ago. de 2014

NAS LETRAS DE NOSSAS CANÇÕES - SAUDADE DE MANGUEIRA


"Tenho saudade do terreiro da Escola, sou do tempo do Cartola, Velha Guarda, o que é que há."



http://www.revistabrasileiros.com.br/imagens/5499/em/noticias/1227/


Herivelto Martins, em"Saudade de Mangueira".




Para ouvir com o Trio de Ouro:
https://www.youtube.com/watch?v=wQ3sh9TT63k

Foto: DALVA & HERIVELTO - UMA CANÇÃO DE AMOR.
http://umacancaodeamor.wordpress.com/tag/herivelto-martins/


27 de ago. de 2014

UMA MUDANÇA QUE GERA PEQUENOS PREJUÍZOS PARA O CONSUMIDOR E MUITAS VANTAGENS PARA O FORNECEDOR

Temos o hábito de não ligar para as coisas pequenas. Centavos, por exemplo. Uma ninharia! Reclamar é mesquinharia!
Mas vejamos: os comerciantes varejistas já levavam uma vantagem, quando havia moedas de um centavo para dar como troco. Anunciavam produtos por x,99 para atrair o consumidor à unidade monetária imediatamente abaixo, como se fosse vantagem - que não era. Além disto, muitos já não davam centavos de troco. À medida que os centavos foram rareando, então - um dos efeitos da inflação é eliminar as moedas divisionárias menores - foram deixando de lado as de um centavo e dando o troco pela unidade monetária disponível imediatamente superior.
Com o fim dessas moedas menores, então, passaram a fingir que propõem preço de unidade de real mais baixa (1,99, por exemplo) e cobrar a imediatamente acima (2,00), por "falta de troco".
Uma medida qualquer, que poderia vir, espontaneamente, das associações comerciais e congêneres, seria cobrar, no total, a divisionária disponível imediatamente abaixo (10,95, por exemplo, quando a soma der 10,99), porque o fingimento já passou a ser realidade: 1,99 passou a ser 2,00 mesmo.
Vejo isto em alguns estabelecimentos varejistas, parcialmente apenas: quando a unidade centavo não ultrapassa três, cobram para baixo; quando chega a três, cobram para cima. Estarei gastando tempo com coisa à toa? É só pensar que, conforme o número das vendas, o valor agregado com sobras de valores menores que cinco centavos não é pouca coisa, não.
Hoje, comprei chocolate nas Lojas Americanas. Dois, cada um a R$1,99. A soma de R$3,98 resultaria em um troco de R$16,02, para a nota de R$20,00 que dei. A moça do caixa arredondou para baixo o troco, não o preço cobrado. E entregou-me R$16,00. Sem ressentimentos. Ficou natural tungar um, dois, três, quatro centavos, de milhares de consumidores.
O cupom fiscal está aí para ver.
Se o leitor achar que vale a pena tentar um movimento pelos meus centavos - e pelos seus, compartilhar é uma boa.

EDIÇÃO EM 17/08/2017:

Tenho tomado refeições no restaurante do Jason, em Patos de Minas, no qual o "caixa" costuma arredondar para baixo o valor da conta. Por exemplo: 12,10 para 12,00. Acho que não precisava tanto, bastava reduzir os centavos "quebrados". Vem funcionando muito bem para os consumidores. Mas deve estar bom para ele, já que está mantendo o procedimento.

MEU IRMÃO NÃO É DEZ: É TRÊS...LOUCADO!

É um cara de grande presença de espírito e muito crítico. Andou de ceca e meca, tentando uma providência da Prefeitura de Belo Horizonte, para intervir em um princípio de invasão em um lote pertencente aos membros da família, lote que estava sendo desapropriado pela própria municipalidade.
Tito registrou ocorrência em Delegacia de Polícia e dirigiu pedido de providências ao Departamento Municipal que controlava a área. Falou com chefes no setor, sempre sem sucesso. O pedido foi parar no fundo de alguma gaveta e, por mais que se esforçasse, não conseguia, sequer, que os "interessados" tomassem conhecimento do assunto e lhe dessem algum andamento.
Foi aí que, calmamente, sentou-se bem próximo de uma funcionária, abaixou a cabeça, coçou, e começou a lamentar-se baixinho, mas de modo que a funcionária escutasse:
"Estou muito deprimido! Não consigo! Isto me deprime...".
A funcionária, provavelmente não mais que curiosa, interpelou:
- Por quê o senhor está deprimido?
Tito:
- Por causa do Mandela.
Funcionária:
- Mas o que é que tem o Mandela com a sua depressão?
Nelson MandelaTito, muito contrariado:
- A senhora veja: o Mandela, preso por mais de vinte e sete anos, conseguiu resolver, sozinho, o problema da África do Sul inteirinha. E eu não consigo resolver o problema de um lote que está sendo invadido, em Belo Horizonte. É, realmente, de deixar a gente muito deprimida...
Disse-me ele que a moça não gostou...

Foto: UOL educação - Biografias.
https://educacao.uol.com.br/biografias/nelson-mandela.htm

21 de ago. de 2014

COMIDA DE QUARTEL

Ampliar para facilitar leitura
Faz muito tempo que não como. Cerca de trinta anos. Melhorou muito, com o tempo, mas, quando conheci, não era muito cuidada, não. Por volta dos anos 1960, meu amigo Edson Scafuto, que, além de administrador do rancho do quartel era muito bom de bola e um grande gozador, foi abordado por um cadete, que foi reclamar que havia achado uma chave no meio da
comida. Scafuto devolveu, de bate-pronto:
- É pra abrir o apetite, meu filho!














Imagem: Vma Aventvra de Asterix o Gavlês - Asterix Legionário.
Desenhos: Uderzo.
Texto: Goscinny.

18 de ago. de 2014

FOI DEPLORÁVEL OU NÃO? DESQUALIFICAR QUEM FALOU MUDA NADA

Acabo de ver, no Redação Sportv, comentários sobre a resposta de Felipão, a uma pergunta que lhe foi feita, após o jogo Grêmio x Criciúma. O repórter falou de uma avaliação, pela FIFA, da atuação da seleção brasileira, na derrota por 7 x 1, classificada como deplorável.
O âncora André Rizek citou argumento de um colega, de que a palavra "deplorável", em espanhol, tem o sentido de "surpreendentemente pobre" ou coisa que tal, e que, na versão em português, significa referência a alguma coisa muito feia, como matar alguém, roubar, etc. Depois, desqualificou o grupo de pessoas de onde emanou a avaliação. Disse, mais, que o repórter tem o direito de perguntar o que quiser, e o entrevistado tem o de responder como quiser.
Primeiro: concordo com esta última afirmação. Mas não acho de bom tom perguntar sobre os 7 x 1, quando o evento é um jogo do Grêmio. É claro que o entrevistado não gosta. Já lhe falaram demais sobre isto. E, se não houver qualquer limite ético sobre o "sobre o que perguntar", o entrevistador poderá ir pinçar fatos até estranhos à atividade do entrevistado e ao contexto da entrevista (já vi fazerem isto como Ronaldo Fenômeno).
Segundo: Fui ao dicionário, claro. Então, está lá:
deplorar. V. t. d. 1. Chorar, lastimar, prantear. 2. Sentir, lamentar. P. 3. Lastimar-se, lamentar-se, chorar-se.". ("P." entendi como "pronominal", examinando legendas).
deplorável. Adj. 2 g. 1. Digno de deploração; lamentável, lastimável. 2. Detestável, abominável.
Então, acho que aquela atuação no jogo contra a seleção alemã foi deplorável, sim, sem precisar de artifícios de versão do espanhol para o português. A não ser que o conhecimento da língua e a escolha de palavras esteja em nível muito baixo. Os jornalistas - a coisa rodou foi pela imprensa, óbvio - devem ser capazes de distinguir entre "lamentável" e "abominável".
Parece-me que a intenção era machucar, mesmo. Como de costume.

Foto: BOL.
http://noticias.bol.uol.com.br/fotos/esporte/2014/08/17/gremio-e-criciuma-se-enfrentam-pelo-brasileirao.htm#fotoNav=5

16 de ago. de 2014

VOTOS BRANCOS E NULOS - MUITAS RESTRIÇÕES NO AR, SEM FUNDAMENTAÇÃO CONCRETA.

Cadikim está contando para os amigos que irá votar em branco e dizendo de seus motivos. Cadikim está com 74 anos, desobrigado de votar, portanto. Mas irá às urnas para votar em branco, o que considera um manifestação pacífica de descontentamento contra o sistema que dirige os destinos do povo brasileiro. Não é uma manifestação contra esse ou aquele político, contra essa ou aquela candidatura. É manifestação ampla, geral e irrestrita: de cabo a rabo, de Vereador a Presidente da República. Ora direis: mas vai protestar a esta altura da vida, aos 75 anos? Sim! Poderá ser a última oportunidade. Mas cadikim sempre votou em branco, por ser descrente de que algum concorrente a cargo eleitoral queira mudar, efetivamente, conforme apregoa nas campanhas. Cadikim até gosta quando ouve os argumentos e os compromissos de campanha. Já disse, aqui, que preferiria que as campanhas políticas fossem permanentes, porque só ouviria coisas boas, em vez das notícias de violências, de furtos, de assaltos, de corrupção (assaltos aos cofres públicos)..., que ouve todos os dias, entra ano sai ano (http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2012/08/politicos-em-campanha.html). E se gosta, conclui que os políticos todos - candidatos ou não - sabem o que o povo quer. Por sinal, é dever de ofício do político saber o que o povo quer, que são as mesmas coisas que eles prometem em campanhas. Por tudo isto, e mais muitas coisas, vota em branco. Acha que nenhum candidato gostará de encarar 30% de votos em branco. Mesmo porque os candidatos terão de batalhar pelos 70% restantes. Qualquer resultado mostrará números bem próximos dos votos da rejeição.
Vê, no entanto, montão de gente falando que voto nulo e em branco acaba beneficiando o candidato que está na frente. Outros tentando desqualificar o voto nulo e o branco, ou melhor, insinuando desqualificação do eleitor, o que não é verdade.
Para quem tiver a intenção de votar nulo ou branco, indico uma leitura que colhi na página do Superior Tribunal Eleitoral (http://www.tse.jus.br/institucional/escola-judiciaria-eleitoral/revistas-da-eje/artigos/revista-eletronica-eje-n.-4-ano-3/voto-nulo-e-novas-eleicoes), transcrevendo um pequeno excerto:


"É importante que o eleitor tenha consciência de que, votando nulo, não obterá nenhum efeito diferente da desconsideração de seu voto. Isso mesmo: os votos nulos e brancos não entram no cômputo dos votos, servindo, quando muito, para fins de estatística."

A matéria, com argumentação clara, é assinada por Polianna Pereira dos Santos, Assessora da Procuradoria Eleitoral em Minas Gerais (PRE/MG). Professora de Direito Eleitoral na Faculdade de Direito de Conselheiro Lafaiete (FDCL).

15 de ago. de 2014

NAS LETRAS DE NOSSAS CANÇÕES - SAUDADE DE MANGUEIRA


"Eu sou do tempo que o malandro não descia, mas a polícia no morro também não subia."




Herivelto Martins, em "Saudade de Mangueira".





Para ouvir com o Trio de Ouro:
https://www.youtube.com/watch?v=wQ3sh9TT63k

Foto: ProVocações.
http://midia.cmais.com.br/assets/image/image-6/bfcde4bd7efc5db151957c97bde6ba30909d29bf.jpg

O ZÉ FOI À LOUCURA!!!!!

Foi o narrador do jogo de voleibol feminino da seleção brasileira contra a estadunidense. Falou, mais ou menos o seguinte: "a Taísa errou o saque! O Zé foi à loucura!". Na mesma hora, a câmera focalizou o Zé Roberto, com expressão absolutamente tranquila. O narrador deve ter pensado que estava diante do Bernardinho: morde a camisa, quase rasga, puxando com as duas mãos, grita palavrinhas e palavrões... Esse, sim, vai à loucura.
Muito legal dois treinadores, plenos de sucessos em mais de uma década, os dois passando pela feminina e pela masculina, com times sempre muito bem treinados, com personalidades tão diferentes: um estressado e o outro calminho, calminho...

Foto: terra esportes

13 de ago. de 2014

NAS LETRAS DE NOSSAS CANÇÕES - IDEIAS ERRADAS


"Depois, ele se vai, a gente aceita. A gente bebe, a gente chora, mas esquece."


 Dolores Duran

Dolores Duran, em "Ideias erradas".




Para ouvir com a Nana Caymmi:
https://www.youtube.com/watch?v=NcGz7pKyo30

Foto: cifraclub.
http://www.cifraclub.com.br/dolores-duran/

VOTO EM BRANCO PORQUE





A propósito: Resposta de Fafá de Belém, em entrevista à revista "Veja", à pergunta "O que mais a preocupa nestas eleições?":


"A mídia eletrônica. Vejo coisas no Twitter que dão ânsia de vômito. São ataques pessoais a todos os candidatos, vindos dessa guerrilha digital. ... Todos combinamos que política se faz de forma limpa, não com insinuações pessoais. Combinamos lá atrás. O que estão fazendo é tática de ditadura. Voltamos a uma época que tínhamos combinado esquecer."

Cadikim cortou, de propósito, trecho em que a entrevistada menciona, nominalmente, um candidato. Acredito que a entrevistada esteja envolvida em campanha dele, utilizando-se da mídia. Mas isto também é praticado por todos os lados.
Utilizei o texto porque confirmo, pessoalmente, que passam pelo meu computador, diariamente, referências desairosas a candidatos, de ambos os lados. São pessoas de nível alto de escolaridade que se envolvem na política com paixão, ou mesmo - nem todos - envolvidos efetivamente nas respectivas campanhas.
Daí o texto inicial, do cadikim.



12 de ago. de 2014

QUEREMOS MESMO MELHORAR NOSSO FUTEBOL?

Petros Corinthians (Foto: Reprodução)Vejo, no "Arena Sportv", agorinha, mesmo, repercussão da discussão acontecida, ontem, no "Bem Amigos", envolvendo a ação de Petros, do Corinthians, no jogo contra o Santos, na Vila Belmiro. Estão achando exagerada a punição prevista em lei, de 180 dias de suspensão. O Arnaldo César Coelho chegou a criticar o ato do árbitro, de fazer um adendo à súmula (o que a norma lhe permite fazer), indicando que, depois que viu a imagem, pela televisão, entendeu que a ação foi deliberada.
É claro que o árbitro não poderia ter visto isto antes, porque foi atingido pelas costas.
Assisti ao jogo e vi várias repetições do lance. Petros mudou de direção para avançar na direção do árbitro, que estava de costas, chocou-se com ele e ainda projetou o braço sobre o mesmo. Quem estiver discutindo outra coisa estará desviando-se da verdade.
Como acho que se desvia da verdade quem procura inocentar o jogador, querer que seja excessiva a pena legal... O advogado de Petros tem a obrigação de defendê-lo da melhor maneira, e poderá usar de todos os argumentos.
Mas não concordo com que os analistas de televisão façam isto. Tenho dito, neste cadikim, que as posturas de vários analistas estimulam a violência, mesmo querendo parecer inocentes. Vê-se, claramente, que os jogadores de futebol já não guardam o mesmo respeito pelo árbitro, como ocorria há muito tempo. Nem como os jogadores de outros esportes respeitam seus árbitros. Mesmo porque lá a coisa é mais séria. No futebol, muitos jogadores chegam a "louvar" o juiz, acintosamente, como já foi escrito aqui, várias vezes. No jogo em questão, por exemplo, Guerrero provocou demais o árbitro.
Penso que não podemos considerar isto inerente ao jogo. Não é!
Finalmente: se todos os "especialistas" acham que o futebol brasileiro carece de mudanças fundamentais, acho necessário ampliar esse "fundamentais": educação do jogador, educação dos analistas, educação de todos os que lidam com o esporte, porque não adianta podermos ser capazes de incorporar as melhores técnicas e táticas, se não formos capazes de excluir preferências, paixões e interesses dos comentários futebolísticos.

Foto: globo.com

11 de ago. de 2014

CADIKIM PISOU NA BOLA

Comentando erros de arbitragem, erramos relatando jogo do Cruzeiro com o Figueirense, quando, em verdade, foi com o Criciúma. Vai daí que o erro teve reflexo em conclusão de ampliação dos resultados do erro. A postagem foi excluída.
Cadikim foi com sede demais ao pote e não se perdoa!

10 de ago. de 2014

UMA MEIA CERTEZA E ALGUMAS DÚVIDAS DE UM CIDADÃO FORA DO ESQUADRO

O Estadão dá notícia de que o perfil de Miriam Leitão foi alterado, de novo, no Palácio do Planalto (http://estadao.br.msn.com/ultimas-noticias/computador-do-governo-altera-novamente-perfil-de-m%C3%ADriam). Está lá:


"De acordo com o jornal O Globo, o Serpro também vai investigar e apurar responsabilidades sobre o caso, mas informou que, por cumprimento de sigilo, não pode revelar qual órgão do governo usou o endereço IP para fazer as alterações."

O caso deixa-me uma única meia evidência e algumas dúvidas.
A meia evidência - assim indicada porque, ainda que se refira a providências que o Serpro disse que irá tomar, a notícia poderá não ser verdadeira (hipótese que sempre tem de ser admitida, lado a lado) - essa meia evidência, que, conforme a resposta, poderá ser elevada a evidência, é no sentido de que, em sendo verdadeira a notícia, algum computador do Serpro - Serviço Federal de Processamento de Dados, empresa estatal de Tecnologia e Informação - foi usado para alterar a biografia de uma cidadã, com fins não revelados. A dúvida correspondente é: o mesmo Serpro foi ou tem sido usado para tarefas semelhantes?
Vamos a outras dúvidas: a ação tem conotação político partidária, vinculada a propaganda político eleitoral? Ou é apenas alguma vingançazinha contra a jornalista, que poderá ter criticado eventual ação do governo? Ou é apenas brincadeirinha de algum desavisado que trabalha no Serpro?
Por definição, a responsabilidade não fica só com quem fez a modificação, mas estende-se a pessoas que têm obrigação funcional de controle da atividade. Aí, vem outra dúvida: o controle existe? Sem controle, sempre dá para dizer "eu não sabia".
Mais dúvida: os escalões superiores, no Planalto, em toda a sua extensão, querem esse tipo de ação? Se não querem, recomendaram, severamente, que esse tipo de ação não fosse feito através da máquina estatal? Se querem, fica óbvio que os funcionários que ali trabalham são de absoluta confiança; se não querem, significa que são de confiança nenhuma.
Só mais uma dúvida (para não esticar muito): o alegado "sigilo quanto ao órgão do governo que usou o endereço IP para fazer as alterações" está conforme o art. 37 da Constituição Federal, que elege a publicidade como um dos princípios da Administração Pública? Ou há limites para a publicidade, por alguma legislação esquisita (sempre é necessário admitir a possibilidade, mesmo não concordando)? Ou o sigilo serve a esconder malfeitos governamentais, em todas as áreas, em todos os níveis, e em todos os tempos, o que se costuma chamar de "segredo de Estado"? Ou o "segredo de Estado", que os órgãos governamentais devem cumprir, sobre
matéria governamental, pode ser aplicado no caso de ação que não tenha característica estatal? É uma "carta branca"?
Concluo que sou um cidadão absolutamente inseguro, mesmo na minha insignificância.

9 de ago. de 2014

VOTO EM BRANCO PORQUE




NÃO SUJA MEU LIXO!

Passaram no mercado e, entre verduras e frutas, compraram uma bananas muito bonitas. Depois, foram à Mesbla, ali na rua Curitiba, em Belo Horizonte, década de 1970, e foram ver não-sei-o-quê. Foi quando a mulher viu uma lixeira que estava sendo introduzida no mercado: era só uma armação de aço inox ou de ferro mesmo, com um revestimento parecido, com uma tampa de plástico. Colocava-se um saco de lixo no aro, prendendo-o com a tampa.  Ela ficou louca! Adorava tudo o que representava limpeza. Dava um duro danado para manter a casa muito limpa, a ponto de um amigo espantar-se: "esta casa brilha!". Virou-se para o marido:
- Sou doida para ter uma lixeirinha daquelas.
- Pois compre.
Comprou, muito satisfeita, resolveram o tal não-sei-o-quê e foram-se.
Era sábado. À tarde, estavam na sala, provavelmente vendo televisão, quando o marido levantou-se, pegou uma banana na penca que estava em cima da geladeira, na sala de jantar, e dirigiu-se à cozinha, descascando a banana. A mulher deu um salto da poltrona, foi atrás rapidamente e alcançou-o quando estava chegando à porta da cozinha. Falou, muito enérgica:
- Não suja o meu lixo!
O marido deu pela coisa: ali estava, à sua frente, a lixeirinha virgem, intocada, como uma peça de decoração. Do lado, uma caixa de papelão, para jogar lixo.

8 de ago. de 2014

6 de ago. de 2014

AMPLITUDE DO DIREITO DE DEFESA: VALE PARA TODO MUNDO? ESTAMOS PREPARADOS?

Novo Promotor de Justiça para Uauá A Constituição Federal, em seu artigo 5º, assegura igualdade a todos e garante aos brasileiros e estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, "...nos seguintes termos":
........................................................................
"LV - aos litigantes em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral, são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;".

Fui encontrar, no Aurélio, um dos significados da palavra "amplo": "7. Sem restrições; ilimitado.".
A propósito, li algo e assisti a manifestações (mais opiniões de defesa), a respeito de senador que - li, não vi - deixou vazarem perguntas que seriam feitas a investigados na CPI da Petrobrás.
Não me assusto. Acho que qualquer investigado tem o direito de saber todo o teor de qualquer acusação que se faça contra ele, com documentos, provas, e tudo o mais que houver - identificação do(s) acusador(es), antes de ter de falar qualquer coisa. A intenção é que nenhum acusado seja surpreendido com um documento sacado da manga, e perguntado sobre aquilo. É a consagração da amplitude do direito de defesa.
O grande problema é que muitos de nossos homens públicos não acreditam na Constituição Federal, em muitos aspectos. De fato, parece muito mais fácil apurar um fato cerceando o direito de defesa. Não estamos acostumados a engolir a Constituição Federal, naquilo em que nos incomoda.
Ora direis: está defendendo a "farsa, a fraude...?". Não! Defendo-me. Quando permitimos o arbítrio, relativamente a outrem, passamos a correr o risco de que o arbítrio volte-se contra nós. Estando por cima, é muito fácil e cômodo.
Mas por quê não vale para todo mundo?
Alguém aí já viu um Delegado de Polícia virar-se para o investigado e dizer: "Amanhã você será interrogado. Aqui estão as perguntas que lhe farei, nem uma a mais. Aqui estão os documentos que encontrei e os depoimentos de pessoas que testemunharam contra você. Leia tudo direitinho mas, se não se recordar de detalhes das informações que queira dar, pode trazer apontamentos e consultar os documentos que lhe estou entregando."
Se estou doido? Pode ser. Mas, certa vez, passando pela sala de audiências de um Juiz Federal, em Uberlândia, observei que havia um pequeno qui pro quo entre o advogado e sua cliente, no que esta dizia em depoimento. O Juiz - Dr. Jirair Aran Meguerian, hoje Desembargador Federal - interveio: "Doutor, o senhor pode sair, com sua cliente à área externa, orientá-la e voltar em seguida, para continuarmos o interrogatório".
Por esta e outras é que costumo dizer que, se me fosse dado clonar pessoas, clonaria o Doutor Jirair, produziria um montão de clones e distribuiria por tudo que é Comarca e Juízo.

Imagem: Umbuzada.com

5 de ago. de 2014

NAS LETRAS DE NOSSAS CANÇÕES - NAQUELA MESA


"E nos seus olhos era tanto brilho que, mais que seu filho, eu fiquei seu fã."



Sérgio Bittencourt em família, com o homenageado
pela música.


Sérgio Bittencourt em "Naquela Mesa".







Para ouvir com Zélia Dunkan, Hamilton de Holanda e Nilze Carvalho:
https://www.youtube.com/watch?v=MiV8GarcHHo

Foto: Sabercultural.
http://www.sabercultural.com/template/musicas/Naquela-Mesa-Sergio-Bittencourt.html

VOTO EM BRANCO






Meu protesto não é contra o governo atual, nem restrito ao Estado no qual sou eleitor. Nem é dirigido a candidatos à presidência da República. É geral: "de cabo a rabo", de vereador a presidente da república. Validade: até que eu morra, ou até que todas as autoridades, em todas as áreas e todos os níveis, adotem medidas efetivas, tendo a vida, a segurança e a saúde como prioridades - o que acontecer primeiro, óbvio.

Fonte escrita: G1 - Jornal Hoje, 04/08/2014.
http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2014/08/faltam-leitos-em-uti-nos-2-maiores-hospitais-publicos-de-teresina-pi.html

4 de ago. de 2014

2 de ago. de 2014

NAS LETRAS DE NOSSAS CANÇÕES - MANINHA


"Pois hoje só dá erva daninha no chão que ele pisou."

Chico Buarque


Chico Buarque, em "Maninha"






Para ouvir com o autor:
http://letras.mus.br/chico-buarque/45143/


Foto: letras.mus.br
http://letras.mus.br/chico-buarque/fotos.html



A CORRUPÇÃO ATRAVÉS DOS TEMPOS E SUAS CONSEQUÊCIAS

Goscinny situou o capitalismo em uma aldeia gaulesa, no século V a.C., quando um publicitário romano (assim o vi), a pretexto de enfraquecer e desunir os gauleses da aldeia de Asterix, através da cobiça, resolveu comprar menires a Obelix, criando ali uma economia capitalista, com profundos reflexos nos hábitos dos aldeões. Na discussão, em Roma, com os nobres, um deles exortou a vencer os gauleses pela força, dizendo a César que se lembrasse de que haviam feito o mundo ajoelhar-se diante nas legiões romanas. "Ganhamos no muque", disse ele. Goscinny (texto) e Uderzo (desenhos) deram a resposta:

CLIQUE PARA AMPLIAR


Fonte: "VMA AVENTURA DE ASTERIX O GAVLÊS", edição nº 23 (OBELIX & COMPANHIA).