Foi agorinha há pouco, no programa "Seleção", no SporTV. Discutiam a conduta de Anderson, do Internacional, que "louvou" a mãe do auxiliar do juiz e foi expulso. Bob Faria disse que a acomodação das relações árbitros - jogadores parece-lhe como afinar um instrumento de corda: estica-se a corda além do tom e, depois, relaxa até que chegue no tom. Mas ou menos isto.
Foi quando Marcelo Barreto comentou que, por enquanto, jogador não pode nem dar bom dia ao juiz. Também mais ou menos isto. Não me lembro se ele mesmo ou outro participante lembrou que Anderson retorna da Europa, especialmente da Inglaterra e que, naquele país, há mais liberdade de relacionamento dos jogadores com o juiz.
Meu Deus! Fala-se em desenvolver nosso futebol. E ainda há gente achando juiz um ser tão prepotente (a palavra não foi dita), a ponto de não se lhe poder dizer bom dia.
Não acompanho jogos na Europa, em geral, menos ainda na Inglaterra. Mas acompanho no Brasil. E o que vejo são jogadores correndo em grupo para cima do árbitro, quando apita qualquer falta; vejo jogadores espetando o indicador no peito do juiz: vejo jogadores empurrando o adversário para saída do gramado, em ato de substituição, como se fosse autoridade na partida e não jogador.
Prefiro o respeito radical, de parte a parte. Prefiro que só o capitão possa dirigir-se ao juiz, em qualquer circunstância. Demais que se afastem.
Para dizer a verdade, prefiro como no voleibol - aí sim, assisto a muitos jogos internacionais e vejo que em todos os países a disciplina de jogo é a mesma: só o capitão fala; se um jogador dirige reclamação ao juiz, costuma ser "amarelado". Se insistir, vermelho e, aí, um ponto para o adversário.
Vejamos nos jogos de ontem: depois de gritar um palavrão para o auxiliar, Anderson, entrevistado, disse que "Tem que existir diálogo" (está em https://www.blogger.com/blogger.g?blogID=3909210118884130113#editor/target=post;postID=8421158039243806473). Pergunto: havia nível para diálogo?
Num outro jogo, no mesmo dia, o jogador Michel Bastos, do São Paulo, ao ser substituído, no jogo contra o Fluminense, saiu dizendo palavrões (o movimento labial permitiu perceber do que se tratava; nem precisava ser craque em leitura labial).
Tenho caminhado no assunto às apalpadelas, evito ir mais direto, mas não resisto: o pessoal do voleibol é muito mais educado do que o do futebol. Pode ser que isto seja um dos fatores da situação do voleibol brasileiro, no concerto internacional.
Foto: Gadoo.
http://www.gadoo.com.br/esportes/jogador-de-futebol-e-expulso-apos-pronunciar-palavrao-durante-jogo/
Nenhum comentário:
Postar um comentário