Processo de impeachment em ebulição, vejo, pela Globo News (sintonizo, sim, uai!), a notícia de que a Presidente Dilma afirmou que, se afastada do governo, irá fiscalizar o governo substituto, através de autoridades do PT no legislativo (deputados e senadores). E que o ex-Presidente Lula - conhecedor dos meandros do poder e das pessoas que nele estarão - irá, a partir de amanhã, participar dessa fiscalização.
Mas isso poderá ser ótimo, ora!
Penso que, se em vez de aderir ao governo e com ele fazerem coalizão, na sanha de obterem cargos e poderes, os deputados e senadores e autoridades dos demais partidos tivessem fiscalizado os governos do PT, provavelmente não teríamos chegado à situação em que nos encontramos. Aliás, custa-me crer que todas as oposições pelo menos não desconfiassem do que estava ocorrendo. Terão todos os deputados e senadores adversários (quando não inimigos) do PT sido iludidos pelas artimanhas que deram no que deram? Se ocorrer o pressuposto de substituição, é quase certo (ainda não cravo certeza) que o PT não será chamado a qualquer cargo. Estará, pois, em condições de fazer oposição consciente, votando em favor do povo, mas fiscalizando de fato - missão do Legislativo - e sem negociar cargos com apoio no Congresso (temos ouvido falar muito, dos dois lados, em "desvio de finalidade").
Pode ser até que tenhamos uma novidade: um partido que não participa da coalizão, e que ainda tem uma base popular forte, poderá ter liberdade integral para fiscalizar.
Poderá ser ótimo!
Foto: Bem Blogado.
https://bemblogado.com.br/site/lula-sinaliza-que-pode-liderar-reacao-ao-golpismo/lula-olho-3/
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