O CHORORÔ DOS PROFISSIONAIS DA IMPRENSA ESPORTIVA. LEMBRA-ME O AGUAZIL ENDEMONINHADO.
Acabo de ver, pela SporTV, em Redação SporTV, a turma reclamando da impossibilidade de profissionais da imprensa esportiva entrarem nos estádios, para entrevistar técnicos e jogadores. A matéria tem o técnico do Flamengo como mote, dizendo que um profissional do clube que ninguém já viu, porque não permite a presença da imprensa nos treinos. Risek diz que houve tempo em que o ingresso desses profissionais era livre; que atualmente é muito mais difícil conseguir um furo ou uma entrevista exclusiva, etc... Abro parêntesis para dizer da minha implicância com os anseios de exclusividade da imprensa. A Globo (é a que mais vejo, logo...) apresenta informações oriundas de setores públicos, que diz terem sido obtidas com exclusividade. Mas o setor público não pode dar exclusividade a quem quer que seja. Admito o furo, que depende da agilidade dos profissionais, segundo o princípio "quem chega primeiro bebe água limpa". Mas exclusividade... Fecho parêntesis.
Carlos Cereto disse que chegou a falar com Wanderley Luxemburgo, dentro do campo; Chico Sá disse que Ênio Andrade parava treino para atender a imprensa. E ironiza, dizendo que Ênio não entendia muito de futebol... O outro integrante da bancada, cujo nome não me lembro, ironizou, também, dizendo que, com treino fechado, o Flamengo levou de quatro do Corinthians: pergunta se fosse aberto o treino o Fla levaria de oito.
Risek pergunta o que seria do Flamengo sem imprensa (ouço isto agora, ainda discutindo a matéria).
E o que seria a imprensa esportiva sem os clubes de futebol? Sei que a tv paga aos clubes que participam de campeonatos com jogos televisionados. Mas fatura muito, também, é uma mina na publicidade. Os profissionais de imprensa vivem da existência do futebol e de outros esportes (já vi chororô também no volei, porque o técnico não queria o microfone captando sua palestrinha, em pedido de tempo ou intervalo regulamentar, em plena atividade profissional, portanto, com necessidade de sigilo).
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Aguazil |
Mas não vim aqui para discutir dinheiro. Vim discutir respeito. Respeito por profissionais de uma área pelos de outra. Pergunto se os profissionais da imprensa permitiriam que atletas e treinadores, a fim de aparecer, entrassem em seus programas ou, pelo menos, abordassem-nos quando estivessem preparando suas pautas, ou organizando-se para a entrada no ar.
A esse propósito, sugiro a quem se interessar a leitura, neste cadikim, do texto "Estigmas e intolerância: quem é o que?" (http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2014/07/estigmas-e-intolerancia-quem-e-o-que.html).
Imagem: Associação dos Oficiais de Justiça do Amapá.
http://aojap.blogspot.com.br/2012/03/qual-e-verdadeira-funcao-do-oficial-de.html
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