Certamente, o resultado não era o esperado, pelo menos quanto aos números. O Cruzeiro vinha melhor durante todo o campeonato. Invicto. Melhor ataque, melhor defesa. Treinador estável, o que é raro. Tudo para ganhar. O Atlético crescia "sob nova administração", técnico interino, campanha muitos pontos abaixo da do Cruzeiro, objetivamente.
Mas - como me falou um cruzeirense uniformizado, pela manhã - clássico é clássico! Tão clássico quanto este jargão.
Acabou acontecendo uma coisa que sempre comento, quando um time grande aplica uma goleada em outro grande (não era o caso, apenas um placar chamado elástico), penso que aconteceu até naquele Brasil x Alemanha: quando isto acontece, tudo deu certo para um e tudo deu errado para o outro. No nosso clássico, não foi bem assim, mas foi parecido. No primeiro gol, Ricardo Oliveira entrou com tudo na bola alta, acertando-a com o joelho. No atabalhoado da jogada, poderia ter jogado para fora, por cima. Mas acertou as redes. No segundo, aquela cabeçada para trás do Adilson pareceu-me que tinha mais o objetivo de jogar a bola cruzando a área, paralela à linha de gol. Acho que, conscientemente, sabia que sairia fraca e Fábio poderia defender sem problema, como alguém poderia chutar para longe, ou para dentro do gol, até contra. Mas a bola seguiu em linha reta, várias pernas no caminho sem tocar nela, mas atrapalhando a visão do Fábio que acabou deixando passar entre as pernas. Sorte? Não! Se pensarmos assim, a hipótese de algum adversário, no caminho, tocar nela no susto, afastando, também poderia ser considerada sorte. O jogo é jogado e assim foi. Ora direis: mas e o terceiro gol? O Ricardo Oliveira fez falta no Egídio. Vi o jogo pela tv. Procurei ver o lance na passagem de Ricardo Oliveira. Pareceu-me que levou o braço para frente, podendo ter tocado em Egídio, naquilo que estão chamando de "disputa por espaço". Acho que se houve toque, não teria sido suficiente para derrubar Egídio. Penso que este "deu Migué", apesar de ter achado o jogo limpo. Fica um tiquim de jogo para discussão "foi não foi".
Bom de tudo é que o jogo foi muito corrido, com técnica. Cheguei a pensar, no segundo tempo, que os descontos não passarias de um minuto. Esquecera-me das substituições, por isto foram quatro minutos. Excluídas as paradas para substituições, o jogo foi corrido todo o tempo
No mais, belas defesas de ambos os goleiros, o que era de se esperar, em se tratando de Victor e Fábio.
Praza aos céus - como gostam os puristas - que no próximo domingo tenhamos um jogo com as mesmas emoções.
Imagens no cadikim, Galo Forte - Cruzeiro Terror.
http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2015/04/atletico-mineiro-e-cruzeiro-um-dos-dois.html
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