CAPA DO LIVRO |
"DESPACHANDO"...
No dia 8 de junho de 1968, véspera do jôgo decisivo entre o Botafogo de Futebol e Regatas e o Clube de Regatas Vasco da Gama, pelo Campeonato carioca, entre as várias providências adotadas por ambas as partes, pela Polícia e pela ADEG, um jornal anunciava:
"Uma guerra particular deverá ser travada domingo, pela manhã, nos vestiários do Botafogo e do Vasco, quando o roupeiro Aloísio pelo time alvi-negro, e o enfermeiro Sérgio, pela equipe vascaína, iniciarão, bem cedo, os seus "trabalhos" para a realização de um despacho visando à conquista do campeonato carioca e no qual serão usados desde cachaça e velas até farofa amarela."
Adiante a notícia explicava que o vestiário "A" ficaria à disposição do roupeiro Aloísio, a partir das 8 horas, "para realizar o seu despacho, sem qualquer interferência da administração, numa repetição do que ocorreu no ano passado, na manhã do jôgo contra o Bangu". E acrescentava: "O roupeiro Aloísio fará uso de velas, farofa e outros apetrechos para o seu despacho, que não poderá ser interrompido por ninguém, devendo para tanto ser proibida a entrada de quem quer que seja, com credencial ou não."
"Também o Vasco, através de ofício - diz em seguida a nota - solicitou que o vestiário...", etc. "pois seu enfermeiro Sérgio irá realizar um despacho que requer condições especiais para ser completado". E, por fim:
"A solicitação vascaína, para que seja vedado o acesso ao seu reservado, visa também a evitar a repetição da "miséria de 48", que, segundo dirigentes do clube, foi um trabalho diferente do Botafogo, que cortou a água, pintou os bancos e jogou pó-de-mico nos jogadores, para chegar a campeão".
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