20 de fev. de 2015
ESSE LANCE DO MINISTRO DA JUSTIÇA: OU NÃO HÁ CONTROLE ADEQUADO OU AÍ TEM...
Não li em qualquer revista, nem em qualquer jornal. Vi e ouvi o ministro dando entrevista (várias edições). Negou que tivesse recebido advogado, em seu gabinete, para tratar de qualquer intervenção do Ministério na operação "Lava Jato". Disse que, em face de reclamações de vazamentos ilegais na referida operação, determinou abertura de inquérito (competência do ministro). Daí foi que o advogado de uma das empreiteiras pediu para ser atendido em audiência. Foi atendido e reclamou que o inquérito não estava tendo andamento adequado. Foi então que o ministro recomendou ao advogado que fizesse uma representação, o que foi feito. Vejo duas alternativas: ou o ministro (ou alguém com delegação) não estava acompanhando o desenrolar do inquérito, ou aí tem.
Qualquer autoridade que determina qualquer medida, que repute muito importante (o ministro deu a entender que reputou), tem o dever de acompanhar o andamento da medida, passo a passo, para não ser surpreendido. Se delegou, o delegado tem de prestar-lhe contas diárias (ou até em lapsos de tempo menores, se necessário) do andamento. Se preferiu acompanhar pessoalmente, tem de cobrar.
Se não cobrou, a ponto de ter sido necessário que um interessado o procurasse, para pedir providências, provavelmente não terá reputado tão importante o assunto do inquérito que mandou abrir. É uma terceira alternativa de raciocínio.
Transparência, que é bom, fica pra depois.
Melhor que não fale muito sobre o assunto.
Imagem: JusBrasil
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