Jogar bem ou não é do jogo. Até um craque pode vacilar. Contra o Peru, Neymar já não havia estado bem - ficou abaixo de sua capacidade. Salvou-o o passe primoroso que deu para o segundo gol. Também não ganha jogo sozinho. Há um time inteiro em campo. Penso que Neymar não jogou bem contra a Colômbia. Não foi menos do que é de se esperar, não. Jogou mal, mesmo. Errou vários passes, foi desarmado, repetidas vezes, por seu marcador. Numa delas, perdeu o controle da bola e acabou entregando de bandeja para o adversário. No mais, esteve irritadiço, culminando com a cabeçada que gerou expulsão.
Para mim, nenhuma indisciplina, no final, foi pior do que a "birra" que deu, quando o juiz marcou uma falta sua: abaixou-se, parecendo irritado, e deu um tapa na bola, para trás, cara de poucos amigos. Já merecia o cartão amarelo, que não veio... Apareceu ninguém para dar-lhe um conselho, ao pé do ouvido. Acontece que isto costuma ser tarefa de capitão do time, que era ele próprio. Será que algum jogador ter-se-ia achado no direito (ou conveniência, pelo menos) de chamá-lo à serenidade?
Surgiu, logo, a teoria dos tais "fatores extra campo". Broncas de Neymar com fisco, por assuntos de transferência. Pode ser que esteja por fora, mas, pelas notícias que colho na TV, essa bronca não é novinha, não é do jogo do Peru - no qual foi elogiado - para cá. Parece que nem interferiu na final da Copa da UEFA.
Para mim, a irritação foi o lance capital de Neymar, no jogo contra a Colômbia. Momento em que mostrou-se descontrolado e, com atitudes que já foram objeto de comentários no cadikim
(http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2013/02/o-que-estara-acontecendo-com-neymar.html;
http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2013/03/neymar-o-que-ira-acontecer.html).
Não havendo outro capitão em campo, e visto que nenhum outro jogador atreveu-se a chamar Neymar ao juízo, penso que Dunga teria feito muito bem em substituí-lo. Amarelado, poderia levar outro e terminar expulso. Expulsão que até seria menos grave do que aquela que aconteceu. No primeiro caso, teria sido pela sequência de dois amarelos, no mesmo jogo - mera indisciplina; no caso que ocorreu, foi por ato de violência.
Penso, também, que Neymar não mostrou a maturidade que deve caracterizar um capitão de time, quando reagiu a uma provocação - não tão explícita - de um colombiano, que encostou a cabeça na dele, por trás. Neymar aplicou-lhe uma "cabeçadinha". Esse adversário poderá até ter falado algo. No entanto, a atitude correta de Neymar teria sido afastar-se do adversário. Teria sido controlado e prudente, não covarde.
Enfim, acho que Neymar - apesar da Europa e do Barcelona - ainda não adquiriu maturidade suficiente para o posto de capitão do time.
Imagem: trivela.
http://trivela.uol.com.br/aqui-estao-os-grupos-da-copa-america-2015-e-o-brasil-reencontra-colombia/
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