As ideias para mudanças de longo prazo - na pauta a redução da maioridade penal - costumam aparecer para "solucionar", no curto prazo, problemas emergentes. No caso, atacar os efeitos é muito mais aparente solução do que atacar as causas . Como a população está horrorizada, fica muito fácil bater nos adolescentes. Há muitos anos, um colega policial-militar, falando de pena de morte - e reduzindo ao absurdo, obviamente, já que sua personalidade não era voltada para a violência - "pregava" a esterilização em massa nas favelas. Raciocínio: se é de lá que saem, com mais frequência, os criminosos, e não havendo como erradicar isto, por que deixar nascerem crianças que, em número significativo, estavam destinadas à pena de morte?
Assim a maioridade penal aos dezesseis anos: iremos reduzindo, reduzindo, reduzindo e iremos esbarrar, provavelmente, nos testículos do pai, ainda lá na favela. Castrar o futuro pai será a solução?
Mas, como dizem os italianos, va bene! Os homens do poder acham que está certo? Então por que não olham para a outra ponta? Os investigados no caso CBF (e mesmo alguns no caso da Petrobrás) são vetustos cidadãos respeitáveis, já estando sendo levantada a hipótese, quanto aos da CBF, de serem postos em liberdade, por causa da idade provecta. Quanto aos envolvidos no caso da Petrobrás, enrolar o processo fará os "menores de setenta" atingirem a idade limite. Ora, se devemos atacar a criminalidade nas tenras idades, com pena de prisão, por que não mirar o outro lado da linha e aumentar o limite de idade para prescrição criminal, e para redução de pena?
Como dizia um gatinho em um velho desenho animado: this is logical!
Desenho: Boca Maldita - o Blog do Paraná.
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