Ontem, assisti a um pedacim do programa "Bem, Amigos", dirigido por Galvão Bueno. O suficiente para ver e ouvir o Carille, técnico do Timão, reclamar, com muita veemência, das demoras que têm ocorrido para o juiz decidir jogadas polêmicas. Falou do jogo contra o Palmeiras, mas destacou o gol anulado do Atlético, no domingo. E falou, alto e bom som, das pressões que jogadores aplicam sobre os árbitros, provocando demoras nas decisões. Foi o que entendi.
Achei muito interessante porque, no momento do jogo, pela Tv, acho que vi o Ricardo Oliveira tocando com a mão nas costas de Roger Guedes, que se havia aproximado, como a sugerir-lhe que se afastasse e deixasse só ele. Impressão minha. Tentei conferir agora, mas não encontrei esse momento. Mas encontrei o momento em que só estava ele - Ricardo - no Comité. Ali havia sete jogadores do Corinthians, incluindo o goleiro. Pressão absoluta. Não estou certo de que, se o gol fosse contra o Galo, só um jogador do mesmo ficaria na discussão. Mas isso são apenas conjecturas, resultando que ninguém poderá afirmar qualquer hipótese, sem que o fato aconteça.
O que me chama a atenção é que justo o treinador do Corinthians tenha chiado com as pressões de jogadores tumultuando a arbitragem. Estranho porque penso que aquilo (como o são as faltas táticas, os laterais cobrados mais à frente do lugar devido, os chutinhos para afastar a bola do local aonde ocorreu a falta...) aquilo, repito, é orquestrado ou recomendado por dirigentes e/ou treinadores? Terá sido orientada a solidão de Ricardo Oliveira, para exercer o direito de reclamar, sem tumultuar? Também não posso garantir. Mas seria ótimo que todo dirigente e treinador orientasse assim. E exigisse.
Tenho comentado que, se fosse árbitro (penso que não apitaria mais de uma partida) e se, em qualquer polêmica, os jogadores partissem para cima de mim "de turminha", recebê-los-ia (desculpem-me pela ousadia; não é imitação) com o cartão amarelo na mão, mostrando-o ostensivamente para todos e com a outra mão no bolso do vermelho, para qualquer eventual insistência desordenada. Para mim, só o capitão e a no mínimo a um metro e meio de distância do árbitro, postura respeitosa (como tem de ser a do árbitro), e sem apontar-lhe o dedo. Simples assim. Pois o meu sonho é ver um jogo terminar por insuficiência numérica de jogadores, em face de expulsões. O futebol está feio demais.
Seis junto ao árbitro e dois retirando-se contra a figura solitária do atleticano Ricardo Oliveira. Imagem congelada pelo cadikim do YouTube. (https://www.youtube.com/watch?v=FYFEhjWqH4c) |
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