6 de mai. de 2018

VOLEIBOL MINAS GERAIS: O TÍTULO DO PRAIA CLUBE E O HEXACAMPEONATO DO CRUZEIRO SÃO O MÍNIMO NO CENÁRIO, QUE É MUITO MAIOR (I).

Nada que menospreze os títulos dos mineiros. Pelo contrário. Ser o melhor é muito importante. Muito mais importante é ser o melhor entre os melhores.
É sabido - sem sombra de dúvida - que o nível do voleibol brasileiro é de altura internacional. Sem muitos comentários, então, trataremos apenas dos encontros que o Praia Clube, de Uberlândia e o Cruzeiro, de Belo Horizonte, tiveram de ultrapassar, para chegarem aos respectivos títulos.
Em sua caminhada para o título, o Praia Clube teve de enfrentar, nas quartas de final, o Volei Bauru; na semifinal, o Osasco; na final, entrou em desvantagem porque o adversário, o SESC-RJ havia vencido a primeira partida e o Praia precisaria vencer a segunda e mais um set extra. Venceu e tornou-se campeão.
Nada fácil! Contra todos os adversários o Praia teve de enfrentar treinadores reconhecidos e atletas de seleção brasileira. Nas semi-finais, as atletas vencedoras tiveram como adversárias Tandara, Leyva, Mari Paraíba e outras de alto nível. A chegada às finais foi difícil: 3 x 2 sobre o Osasco.
Nas finais, as meninas do Praia tiveram pela frente a poderosa equipe do SESC-RIO, com Fabi, Monique, Gabi e Juciely - já consagradas na seleção brasileira - Mayhara e Drussyla, revelação que se destacou no campeonato. Treinador: o experiente Bernardinho (sem comentários). Currículo: doze títulos na competição.
A primeira partida das finais foi vencida pelo SESC-RIO. O Praia teria de vencer a segunda e o set extra. Saiu campeão (Fabiana, Fê Garay, Walewska,Fawcett, Amanda, Claudinha...).
O que haverá mais importante do que isto?
Para mim, a força e a capacidade atlética no voleibol brasileiro, e a capacidade de administração dos clubes.
Em que isto é importante?
Na formação de um conjunto de interesses voltados para o real crescimento do voleibol.
Não vou me alongar. Vou direto à comparação: em algum momento o futebol feminino - mesmo quando foi campeão mundial com a genial Marta, Pretinha, Formiga, as duas Andressas, Bárbara e outras - o futebol feminino brasileiro, repito, teve o nível que o nosso volei feminino tem? Um número considerável de times, todos com atletas de nível internacional.
Uma competição muito mais difícil de vencer do que o campeonato brasileiro de futebol.
Não resisto e remeto o leitor a uma comparação feita há muito tempo, aqui no cadikim mesmo: "Futebol e Voleibol: por que as diferenças?" (http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2012/03/futebol-e-voleibol-por-que-as.html).
Penso que o futebol tem muitíssimo a aprender com o volei, para retornar a uma fase (podem chamar-me saudosista) em que dois times serviam de base à seleção e jogadores de outros times integravam o elenco.
Voltarei com outro comentário, sobre o volei masculino e a conquista do Cruzeiro.

Praia Clube; Osasco; semifinal; Superliga Feminina (Foto: Praia Clube/Divulgação)
Foto globo.com
(
https://globoesporte.globo.com/mg/triangulo-mineiro/volei/noticia/praia-clube-vence-osasco-e-garante-vaga-na-decisao-da-superliga-feminina.ghtml)


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