Desrespeito gera desrespeito. Já nos acostumamos a considerar que a vitória deve ser buscada a qualquer custo. Mesmo sacrificando princípios éticos.
Ontem, logo no início do jogo entre Corinthians e Santos, para definir um dos finalistas da Libertadores, um gandula demorou, de propósito, a devolver a bola. O mando de campo era do Corinthians. Neymar reclamou. O juiz não se pronunciou.
É claro que o gandula tinha sido orientado para fazer isto. É um dos lados feios do futebol. Retardar o jogo, quando o resultado interessa. Comentei com minha mulher que o fato ainda poderia assumir proporções mais graves. Achei que o juiz deveria fazer substituir o gandula, imediatamente. Penso, até, que o clube mandante deve ser penalizado, porque é o responsável pela disciplina da atividade de repor bolas em jogo. Observei que, se o juiz não coibe qualquer tipo de anti-jogo, logo no princípio, as coisas podem ficar mal paradas. É uma forma infalível de irritar o adversário. E irritar o adversário - e, de carona, a torcida adversária - é forte catalizador de violência, entre jogadores e até na torcida.
Não deu outra. Após o gol de empate, que classificava o Corinthians, a bola foi à lateral. O gandula demorou a devolver. Um jogador do Santos engrenou uma quinta e partiu com tudo para cima do gandula, meteu-lhe as mãos no peito e lançou-o ao solo.
Os comentaristas disseram que o jogador não pode fazer justiça com as próprias mãos. Concordo. Mas se o juiz não faz, deixa correr solto, acaba alguém perdendo a paciência. Não aplaudo o jogador que atacou o gandula. Mas reprovo muito mais quem colocou o gandula para retardar jogo.
É uma pena! O futebol é muito menos futebol.
EDIÇÃO EM 29 DE AGOSTO DE 2013:
Incidente envolvendo a torcida do Corinthians, no Mané Garrincha. Violência entre torcedores, entre estes e a Polícia, tendo sido visto, na tv, um vereador de cidade do interior do Estado de São Paulo aplicando um pontapé em um PM. No mais, a notícia de que dois torcedores envolvidos nas ações de violência, com destaque, haviam sido presos na Bolívia, acusados de participar de atos de violência, quando morreu um jovem torcedor daquele país.
Segundo informado na tv, clubes financiam torcidas organizadas e facilitam atividades delas.
Parece que não há interesse verdadeiro em coibir a violência nos estádios.
Foto: Uol Esporte Futebol
http://esporte.uol.com.br/futebol/campeonatos/libertadores/ultimas-noticias/2012/06/21/gandula-agredido-admite-ser-corintiano-mas-nega-cera.htm
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