24 de jul. de 2013

CRÍTICA SÉRIA NÃO É HUMORISMO. ACHO QUE HUMORISMO É COISA SÉRIA

Insurgi-me, hoje, contra um comentário jocoso sobre as manifestações de rua, que recebi de uma amiga, com pergunta irônica sobre "quando será a próxima". Objetei que os manifestantes têm atividades diferentes da militância diária e que, por isto, precisam continuar sua vida normal, seu trabalho, seus estudos, suas andanças em transportes lotados, lentos, desconfortáveis, sua incessante busca por assistência à saúde (que, pelas imagens que vejo, são extremamente precárias)... Montão de coisas que todo mundo conhece. Tudo o que o cidadão passa. Ao contrário, os administradores públicos de alto/altíssimo escalões são pagos por esses mesmos cidadãos aí de cima, para exercerem suas atividades, dedicando um enorme tempo para as político-partidárias, podendo gastar todo o tempo para suas maquinações, uns jogando culpas sobre outros... naquela base do "POLÍTICOS CONTRA O RESTO", em http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2013/04/politicos-contra-o-resto.html. Fazem isto recebendo salários e vantagens acima dos pobre mortais, com assessores - que os ajudam a pensar e executar maldades - instalados em gabinetes elegantes e confortáveis, deslocando-se em carros luxuosos - quando não em aviões e helicópteros - sempre servidos por condutores muito bem remunerados - desde o elevador do congresso e do planalto até os helicópteros.
Enorme desigualdade!
Não dá para ser irônico. Acho falta de seriedade e de comprometimento com a legitimidade dos movimentos de rua, dos quais participaram, sempre com grande estardalhaço, pessoas que estão exercendo cargos no governo.
Ora direis: vá ser pessimista no inferno.
Pode ser. Mas não consigo ficar feliz com o Brasil! Do jeito que não gosto de mirar o governo sob o prisma da galhofa, também não gosto de ver um povo que se mostra insatisfeito ser levado na troça.



Imagem: Sala de Moral.
http://salademoral.blogspot.com.br/2010_09_01_archive.html

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