Deu-se que jovem minerim fiel do sul das Minas Gerais achou de levar uma galinha caipira para oferecer ao Papa. Escolheu a mais linda que possuía e levou para o Rio de Janeiro. Peripécias daqui, engana segurança de lá, acabou por conseguir entregar a galinha a Sua Santidade, que se preparava para subir os degraus da escada de acesso à aeronave em que retornaria ao Vaticano. A mídia não mostrou a cena, para não dar moral ao minerim, que, em situações prosaicas já se acha demais. Certo é que o Sumo Pontífice recebeu o presente. Descuidou-se um pouco e a galinha caipira saiu-lhe do controle e assumiu o primeiro degrau da escada. O Papa, sem lhe dar a mínima, avançou para subir e disse um "xô galinha" bem baixinho. A galinha caipira, acostumada a "xôs", pulou para o segundo degrau. O Papa avançou, dizendo um "xô galinha" pouquinho mais alto (não me lembro se disse em italiano, em argentino ou em portunhol). A galinha caipira, tinhosa como minerim, pulou para o terceiro degrau. Já um pouco exasperado (Papa também fica, conforme as circunstâncias), o Papa aumentou o tom do "xô galinha". Galinha caipira não se manca. Pulou para o quarto degrau. O Papa gritou um "xô galinha" e parece até que acrescentou alguma coisa como "porca miséria", em tom mais baixo (tanto que nenhum equipamento de som captou). A galinha caipira nem aí: pulou para o quinto degrau. O Papa perdeu a paciência, subiu o degrau rapidamente e deu um pontapé na galinha caipira, jogando-a bem longe (por coincidência das mais milagrosas, foi cair exatamente no colo do minerim).
CONCLUSÃO: De degrau em degrau a galinha enche o Papa.
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