Clique para aumentar Fonte: Asterix e a volta às aulas. Texto: René Goscinny. Desenho: Albert Uderzo |
Nem quando o pau quebra alguém desenterra os chingamentos havidos entre os senadores Renan Calheiros e Jorginho, em sessão da CPI da Covid e foi narrado em 25/09/2021, em https://cadikimdicadacoisa.blogspot.com/2021/09/troca-de-gentilezas-na-cpi-da-covid.html.
Poisé, como dizia o Wander Porto: aconteceu nada. Renan Calheiros segue sendo senador prestigiado e o então senador Jorginho renunciou ao mandato para candidatar-se, foi eleito e hoje é governador do Estado de Santa Catarina.
Não é que o plenário da Câmara de Deputados, presente o presidente Lula, foi palco de um baita charivari entre deputados? Em gritaria danada, uns exaltavam a promulgação da reforma tributária, outros referiam-se a Lula com expressões agressivas. Daí para empurra-empurra foi um nada. O deputado Washington Quaquá dirigiu-se a um colega com expressões ditas homofóbicas, chamando-o "veadinho", partindo para briga com um outro colega (https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2023/12/20/vice-presidente-do-pt-da-tapa-na-cara-de-deputado-durante-sessao.htm), e acabando por dar um tapa na face desse outro deputado.
Nada de mais, gente! O estapeado já está providenciando requerimento para a Comissão de Ética. E ali o problema irá ficar, como as brigas de jogadores de futebol ficam dentro das quatro linhas.
Aproveitam-se os senhores parlamentares das imunidades que possuem. Em nome delas, ofendem colegas, autoridades e quem mais vier, que taxam de ladrões e outra perolazinhas menores. Sabem que a questão morrerá por ali.
Não denunciam de verdade, não batalham para tentar que aqueles que acusam sejam extirpados da vida pública, se se confirmarem as veementes acusações que lançam. Pra que botar polícia e justiça nisso, gente? Vamos lavar em casa a roupa muito suja. A televisão mostra, as reportagens mostram, a gente aparece e continua deputado, senador...
E juram de pés juntos que querem um Brasil lindo, educado, respeitador, de paz... seilámaisoquê...
Demais pros meus sentimentos, tá sabendo? (Chico Anysio).
Foto: PODER 360
- Hoje vai ter! Vou forrar o ninho com plumas!...
Imagem: Blog BOITEMPO.
https://blogdaboitempo.com.br/2012/06/29/observador-de-passaros/
Crianças pobres "higienizando"-se. |
Semana passada, passei um perrengue: sucessivas notificações de vírus, que se amontoavam impedindo-me de sequer ver o que precisava ser feito. Não consegui socorro técnico apto e acabei tendo de me virar. Resultado: pude seguir trabalhando mas perdi alguns aplicativos. Meus amigos do feicebuque desapareceram todos. Já consegui ver uma coletânea mas ainda não tive tempo para recuperar. Repassando o "pessoas que você talvez conheça", encontrei-me lá. Com a sugestão "Adicionar amigo" e a anotação "1 amigo em comum" (foi o primeiro que recuperei, o que levou a pensar um modo mais coletivo de recuperação).
Deus do céu! Então, estou entre as pessoas que eu "talvez conheça". Já disse por aqui que não quero conhecer-me. Tenho medo de me decepcionar. Quem sabe a IA saiba disto?Mas pensei: será que a IA achou um modo de tornar-me eu amigo de mim mesmo? Bacana demais! Poderei, pelo menos, aconselhado e seguido de perto por meu novo amigo, parar de fazer besteiras que me desgastam, uai! Amigo é pr'essas coisas!
Cliquei em "Adicionar amigo". Foi daí que me apareceu uma mensagem que, se não estivesse preparado, talvez me tivesse apavorado. Só que é verdadeira e já conhecida de mim: talvez não me conheça (para mim, não é talvez; é de verdade).Ah! Essa tal de IA!
Ouvi e li em rodapé hoje, pela CNN, um conceito que me incomodou muito. Estava lá com todas as letras (fui conferir na página eletrônica da emissora e lá encontrei):
"Silêncio de comandantes não significa apoio a golpe".
Andei revisitando meu próprio passado e percebi vários momentos de alguns silêncios que foram muito eloquentes. Dispenso-me de enumerar.
Prefiro abordar fatos ocorridos no governo passado (para apressadinhos: não significa que tenho qualquer ligação ideológica, afetiva, devocional ou qualquer outra com o atual).
Pois não é que, quando de visita ao Comando Militar do Sul, em Porto Alegre, em abril de 2020, o ex-presidente Bolsonaro cumprimentou estendendo a mão e recebeu o cumprimento pelo cotovelo de dois militares - o general Edson Pujol, comandante do Exército e o general Antônio Mitto. O vídeo divulgado pelo UOL, mostrando a cena, está em https://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2020/04/30/bolsonaro-tenta-apertar-a-mao-de-militares-e-recebe-toque-de-cotovelo.htm.
E olha que eu aprendi, com o Tenente Domingos, em 1954, aos 14 anos de idade, no Batalhão de Guardas, Belo Horizonte, PMMG, que, quando um superior oferece aperto de mão a um subordinado, este não pode recusar o aperto de mão, mesmo que pense: "é o primeiro pé de porco que pego hoje".
Aprendi, também, com o Coronel PMMG Walter Rachid Bittar que qualquer que detenha algum grau de autoridade, deve ser capaz de usar essa autoridade de cima para baixo e, sem embargo, de baixo para cima.
Não terão sido grandiloquentes esses dois silêncios feitos pelos referidos militares do Exército, em face do Comandante em Chefe das Forças Armadas?
Explico-me: se o silêncio é grandiloquente, como foi aquele em Porto Alegre, significa repulsa a algo. No caso, ao menosprezo do ex-presidente pelas medidas preventivas contra covid. Se o silêncio é subserviente, no mínimo não significa repulsa. Miro o ensinamento de Deepak Chopra: o não revelado é o campo de todas as possibilidades. Posso pensar o que quiser.
Tenho pensado muito: estamos girando em um mundo que oferece muitas dificuldades para uma vida racional, psicológica, lógica, etc., razoavelmente saudável. Não sendo assim, estarei absolutamente desconectado de toda racionalidade do mundo. "Disonlaine", como ouvi de um desses gozadores que a rede nos apresenta.
Imagem: Silêncio ensurdecedor.
https://www.facebook.com/osilencioensurdecedor/
A CBF admitiu. Errou o var quando "decidiu" que não foi pênalti a mão de Yuri Alberto na bola, dentro da área, braço aberto... e mais...
O "juiz humano"? Nem aí!
É! A coisa tá russa!
Não dá mais pra confiar nem no var... Meu Deus!
Imagem: a crítica.
Não posso discutir o mérito. Não conheço o processo, não conheço os argumentos e não sei se, conhecendo, teria capacidade intelectual para entender. Mas não deixo de observar:
Sinto-me como se tivesse assistido a um filme de ficção científico-jurídica, pensando que assistia a um documentário. O Japonês da Federal é o elemento folclórico da trama.
Imagem: envato elements.
https://elements.envato.com/pt-br/wooden-judges-gavel-on-table-in-a-courtroom-or-enf-ZXR6VZJ
"Mas se quiserem estragar meu feriado,
é só me carregar para ver soldado."
De Haroldo Barbosa (D) e Luiz Reis (E), "Só vou de mulher".
Para ouvir com Miltinho: YouTube.
https://www.youtube.com/watch?v=zAgkoBJE27g
Imagem: História do Rádio.
https://aeradoradioteatro.blogspot.com/2015/03/cem-anos-de-haroldo-barbosa.html
"O amor será eterno novamente."
Para ouvir com Nelson Cavaquinho: YouTube.
https://www.youtube.com/watch?v=lU8j7lj4RdU&list=RD5Yg_cPj0o-c&index=12
Imagem de Nelson Cavaquinho: Mário Mendez, caricaturista e pintor.
Nota do cadikim: Não encontrei uma foto de Élcio Soares. Encontrei várias referências a ele, como compositor escoteiro e com parceiros, no IMMuB (Instituto Memória Musical Brasileira). Década de 1950.
A frase me foi dita por Dona Ephigenia, filha de imigrantes italianos. Significa fazer e desmanchar tudo é trabalhar.
Os governos costumam ir muito além do conceito. Costumam dedicar-se à prática mesmo, no sentido negativo.
Uma prática deletéria!
Radical? Posso até aceitar o argumento. Mas não é a intenção, que é diversa: indicar tipos do fazer e do gastar político, quando, não raro, ficam num vai e vem que gera insegurança, despesa desnecessária e outras contrariedades.
Não foi à toa que cadikim publicou, em fevereiro de 2013, um texto referente a um dos modos de gasto do dinheiro alheio: "Vocação Precoce" (https://cadikimdicadacoisa.blogspot.com/2013/02/vocacao-precoce.html). É descrição de um fato acontecido. Quem quiser pelo menos imaginar a aprendizagem de um dos modos de gastar o dinheiro público poderá até encontrar mais motivos do que o relacionado aqui. Só procurar.
Por que esse papo todo?
Vou começar falando dos conjuntos de materiais de primeiros socorros. O legislador brasileiro introduziu no CTN a obrigatoriedade de manter em cada veículo um desses conjuntos de materiais.
Como vendeu!
Algum tempo depois, verificou-se que quem não tivesse um mínimo de informação sobre atendimento a feridos. Foi a conta de revogarem a lei e mandar para o lixo uma enorme quantidade de dinheiro gasto com a aquisição dos produtos.
A obrigatoriedade (revogada) de portar extintor de incêndio em veículos automotores foi pelo mesmo caminho, tornando-se elemento facultativo.
Agora, vejo a notícia, pela tv e fui conferir. Poderão retornar à vida as placas indicativas dos veículos nacionais, Brasil interim! (não é ínterim, não, gente! é interim messs...).
Pois não é que encontrei o PL - Projeto de Lei - nº 3214/2023, de autoria do senador Esperidião Amin (transcrição integral, para que cada um possa avaliar e concordar com o cadikim ou não):
PROJETO DE LEI Nº , DE 2023 Altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito Brasileiro), para prever que as placas veiculares informem o município e o estado no qual o veículo está registrado. O CONGRESSO NACIONAL decreta: Art. 1º O art. 115 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, passa a vigorar com a inclusão do seguinte § 11: “Art. 115. ...................................................... ..................................................................... § 11. As placas conterão a informação do município e estado no qual o veículo está registrado.” (NR) Art. 2º Esta Lei entra em vigor 365 dias após sua publicação oficial, produzindo efeitos apenas para os emplacamentos ocorridos após essa data.
LINK DO TEXTO: https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-/materia/158381
Um trabalhão danado para o povo; uma despesa considerável desnecessária para milhões de cidadãos; negócios e lucros para quem confecciona e fornece as tais placas; eventuais receitas para os Estados, de taxas de emplacamento e/ou multas para quem não atualizar em prazo que venha a ser estabelecido (não está no PL mas não faltará alguém que a regulamente, estabelecendo prazo, se isso não vier a ser feito através de emendas).
Os legisladores, se aprovarem, deveriam pagar todas essas despesas. Afinal, o povo é consumidor dos serviços dos legisladores. Não podem ficar por aí fazendo e desfazendo, ao sabor de seus achares. Ou, se ficar provado que a lei que criou as placas só com o nome "BRASIL" foi quem trabalhou mal, e fazê-los pagarem por "defeitos nos seus serviços" (Código de Defesa do Consumidor). Acho que um ou outro está errando.
Ou, possivelmente, os dois. Porque não me assustarei se, daqui a algum tempo, os brasileiros que pretenderem viajar de carro ao exterior, tenham de colocar uma placa extra no carro, escrito "BRAZIL".
Lembrei-me do livro "Uma Era de Descontinuidade", de Peter F. Drucker. Não li nem preciso. São quase 84 anos vivendo na tal "Era".
Precisamos de abandonar o conceito de que "fazer e desmanchar tudo é trabalhar".
Melhor trabalhar direito e colocar no mercado alguma coisa sustentável, que ofereça segurança ao cidadão.
Um sistema inaugurado em setembro de 2018 está sendo mudado apenas cinco anos depois (WikipédiA, mesmo link abaixo, contando a História das placas).
Imagem: WikipédiA.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Placas_de_identifica%C3%A7%C3%A3o_de_ve%C3%ADculos_no_Brasil
CTL + para aumentar e facilitar a leitura |
Sim! No jogo do bicho, o número do galo é 13. E o Galo está no 13º lugar no brasileirão.
E por que cargas dágua estará o Atlético
Deu galo na cabeça!... |
É! deve ser por isso!
Imagem: ObservO.com.br
https://www.observo.com.br/deu-galo-na-cabeca
Ouvi, hoje, pela tv, que Simone Tebet declarou que os juros fixados pelo BC em 13,65% são a causa do endividamento de grande parcela da população (não posso afirmar que a fala foi dela, porque ouvi de narrador de tv; e acredito em aforismas: "quem conta um conto aumenta um ponto).
Não sou economista. Não vou falar do que não conheço.
Acostumado a ver economistas fracassarem nos governos brasileiros, desde Collor, sempre achei que economista dá certo nas empresas privadas mas não dá certo nos governos. Atribuo isto ao fato de presidentes quererem determinadas coisas e os economistas oficiais terem de buscar uma solução com justificativa.
Aproveito para repetir a frase que ouvi no filme "A Mãe": "os poderosos gostam de coisa que não tem no cardápio". Não me lembro do nome de quem cunhou essa frase no filme. Fico devendo o crédito.
Não entendo de economia mas tenho boa memória (o HD é muito bom; a memória ram também; o processador é que, algumas vezes, rateia mas acaba resolvendo). Tenho lembranças antigas de endividamentos. Além disto, tenho alguma vivência com o Código de Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078, 11/09/1990).
Está lá no Código:
Art. 4º A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde, segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendendo aos seguintes princípios:
.......................................................................
IX - fomento de ações direcionadas à educação financeira e ambiental dos consumidores; (Incluído pela Lei nº 14.181, de 2021)
X - prevenção e tratamento de superendividamento como forma de evitar a exclusão social do consumidor. (incluído pela Lei nº 14.181, de 2021).
Pelo jeito, acho que alguém pensou, no elaborar o acréscimo à Lei, que uma das causas do endividamento do consumidor poderá ser a falta de educação financeira e ambiental. Penso que poderá haver outras, como, por exemplo, frequente modo de publicidade de agentes financeiros, com mensagens explicitas no sentido de "sem consulta a SERASA e SPC). Acho isso um baita anzol que pega sem isca. E acho que se alguém se debruçar realmente sobre o assunto, encontrará outras ideias.
Imagem: PROCON MS.
Difícil a saga do América Mineiro. Amarga a "lanterna" no Brasileirão 2023, enquanto disputa as quartas de final na Copa do Brasil. Toma dois gols, faz um, sobrevivendo para os pênaltis. Toma o terceiro, o que dá a vantagem ao Corinthians. Marca o segundo, voltando a habilitar-se aos pênaltis.
Nas cobranças, o América não foi bem. Ainda se segurava quando Cássio defendeu a penalidade cobrada por Benitez.
Foi aí que repetiu São Victor: saltou para a sua direita, bola no meio do gol, rebateu-a com o pé esquerdo. Do mesmo jeito que fizera São Victor, na Libertadores de 2013.
G1 ATLÉTICO -MG DEFESA DE "SÃO" VICTOR
https://ge.globo.com/futebol/times/atletico-mg/noticia/disparada-defesa-de-sao-victor
-e-eleita-lance-mais-marcante-do-atletico-mg-na-libertadores-2013.ghtml
Gazeta Esportiva DEFESA DE CÁSSIO https://www.gazetaesportiva.com/times/corinthians/cassio-e-unico-100-veja-quem-mais-jogou-no-corinthians-desde-chegada-de-vp/ |
"Ter que pagar pra nascer, ter que pagar pra viver, ter que pagar pra morrer."
Para ouvir com o autor: Youube.
https://www.youtube.com/watch?v=zE4qLkk208A
Foto: Wikipédia.
Liguei a televisão após o almoço. Estava lá, com todas as letras:
"DEPUTADO BOLSONARISTA PARTE PRA CIMA DE PETISTA APÓS BATE-BOCA NA CÂMARA."
Em seguida cena mostrando o deputado Paulo Guedes, inflamado, dirigindo-se a alguém em tom que achei bastante agressivo.
No desenvolvimento da matéria, pesquisando na rede, vi que o "orador" estava rebatendo referências, que qualificou como absurdas, feitas pelo deputado Gilvan da Federal, referindo-se ao presidente Lula.
Em seguida, ouvi uma voz, imediatamente agregada à imagem do deputado Gilberto Nascimento, que coordenava a sessão, dizendo:
"Senhores deputados,... senhores deputados... senhores deputados... nós estamos numa sessão, inclusive agora recebendo visitantes estrangeiros nesta casa, eu gostaria você... eu sei que isto é do parlamento, mas eu vou pedir... eu pedir aí muita tranquilidade... muita tranquilidade aos senhores... não vamos deixar aqueles que nos visitam levarem esta imagem... eu gostaria... eu gostaria de pedir... senhores deputados... senhores deputados..." (interrompo transcrição porque a balbúrdia impediu-me de ouvir). Fonte: YouTube, https://www.youtube.com/watch?v=PHLiaRLd1Cw. A matéria foi exposta também pelo uol NOTÍCIAS, e vídeo no TikTok.
Não sei por que me veio à mente o filme "Meu tio" ("Mon oncle"), de Jacques Tati (1958; roteiro, direção, ator). Vi quando era jovem e não encontrei minha memória na pequena sinopse que vi na rede (https://www.adorocinema.com/filmes/filme-2614/).
Lembro-me, sim de que nos primeiros vinte minutos, não foi pronunciada qualquer palavra. Lembro-me, também, de que a trilha musical continha uma melodia homônima, de que minha filha Ana sempre gostou muito e que ainda assopro pela flauta, de memória (melodia fácil e expressiva).
Pois bem. Havia uma casa rica, com um grande e lindo jardim na frente, que muros não deixavam ver do lado de fora. No jardim, um lindo chafariz, um enorme peixe "em pé", grande boca aberta, por onde jorrava o
https://elrayoverde.blogia.com/2007/090701-mi-t-o- 1958-de-jacques-tati.-francia.php |
A visita entra e vê o chafariz lá em pleno espetáculo, lindo e inusitado, fora de alcance que está para a maioria das pessoas.
Não sei por que me lembrei disso...
Pralamentar!
"Lá vem o Brasil descendo a ladeira."
PS: Parece que da medalhinha pra cima é canela!
Foto: Folha de São Paulo / UOL.
"Eu saí da minha terra
por ter sina viageira.
Com dois meses de viagem
eu vivi uma vida inteira.
Saí brabo, cheguei manso,
macho da mesma maneira.
Estrada foi boa mestra
me deu lição verdadeira:
coragem não tá no grito
nem riqueza na algibeira."
Paulo Vanzolini é uma das riquezas culturais do Brasil. Cadikim falou nele, por ocasião de sua morte (http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com/2013/04/reconhece-queda-e-nao-desanima-levanta.html); como havia prometido um texto em que Raul Duarte se referia a ele, praticamente definindo-o, cadikim publicou esse texto mais tarde (https://cadikimdicadacoisa.blogspot.com/2013/05/prometi-cumpro-ai-esta-paulo-vanzolini.html). Vale a pena ler o texto de Raul Duarte e ouvir "Capoeira do Arnaldo", seguindo esse último link aí de cima.
Foto: Ser-Tão Paulistano.
http://www.sertaopaulistano.com.br/2013/04/paulo-vanzolini.html
Celina Blanco Hermes era irmã de Billy Blanco (William Blanco Trindade), compositor e cantor, um de meus preferidos. Contou-me ele - no livro de sua autoria "Tirando de Letra e Música", Editora Record - que Celina era poeta. Recusava-se a publicar seus poemas, alegando que só produzia para uso doméstico. Assim relatou Billy Blanco, páginas 122/123:
"Minha saudosa e querida irmã Celina Blanco Hermes, grande pessoa, grande mãe, amiga perfeita, era poeta das melhores, mas em regime fechado. Só para uso interno. A duras penas, consegui que me entregasse uma letra puxada ao lado hilário da vida doméstica, a qual musiquei. A condição para ir ao disco era ela não aparecer, o que foi devidamente respeitado, neste desabafo maternal que só mesmo uma inteligência privilegiada de uma mulher sensível poderia extravasar, dizendo assim:...".
E mandou a letra em seguida. Melhor que ler será ouvir na voz de Inezita Barroso.
Nota do cadikim: em publicações que se dedicam a divulgar músicas, é comum aparecer, junto com o título, o nome de quem canta. No caso, "letras" publica a letra junto com o nome de Inezita. No YouTube (vale a pena ouvir em https://www.youtube.com/watch?v=R8iHGlsbxPY&t=95s), são citados os nomes de Billy Blanco e de Celina Blanco Hermes, ano de 1956. Já naquela época, alguém se preocupava com o "papel social da mulher". Aproveitando o embalo, rendo homenagem a Billy Blanco que, pela mesma época, espalhava na praça um samba antirracista: "A Banca do Distinto". Quem quiser poderá ouvir com Dolores Duran, em https://www.youtube.com/watch?v=o6o9PJXTFn8. Grande compositora negra e pivô da música, falou para o amigo Billy do comportamento de um "distinto" que frequentava o restaurante aonde ela se apresentava.
Encontramos mais um ponto de convergência: meu amigo também admira e guarda boas recordações artísticas de Cauby Peixoto, voz e interpretação admiráveis!
BASTIDORES
José Manoel Caixeta
De quando eu verso.
Ego
Canto o canto no canto
Acuado, como presa frente à fera
Grito alto profano mas livre
Das amarras vivazes que torturam e alucinam.
Pinto calma o quadro da vida
Solenemente intento vejo
Tudo e nada cada qual a seu tempo
E não me envergonho de mostrar a todos
Tal qual o Tejo
O terno embalo da felicidade que me acaricia.
Dito o fato verdadeiro vivido
Trago no peito a honra do soldado que volta da guerra
Medalhado na vitória feliz,
Dos sofrimentos, o posto,
Das dores da vida, o pranto, o preço e o custo.
"O mundo tem muitos canalhas mas, felizmente, estão todos nas outras mesas.
CONVERSA NO BAR VELOSO, COM TOM JOBIM, MÚSICO. 1962"
Fonte: O Livro Vermelho dos Pensamentos de Millôr, pág. 51.
"O voto não resolve nada. A ausência do voto destrói tudo. O direito divino é uma hipocrisia. O poder pela força é uma violência. O problema político continua em aberto.
CONVERSA COM EDSON SILVA, ATOR. 1960."
Fonte: O Livro Vermelho dos Pensamentos de Millôr, pág. 53.
Daqui a pouquinho, estará acima do prédio exibindo escandalosamente seu esplendor.
"Pouco a pouco a máquina vai substituindo o homem em todas as suas atividades. Como, porém, necessita-se de recursos financeiros cada vez maiores para fabricar máquinas, é seguro afirmar que elas nunca conseguirão substituir o homem no seu mais importante papel social - o de contribuinte".
Recado ao Deputado José Sarney, 1971.
Fonte: O Livro Vermelho dos Pensamentos de Millôr, pág. 97.