CRÔNICA DE REPÓRTER:
Bicho grilo
Um inseto chamado “Esperança” é a narração deste texto. Existe um
bichinho verde da família dos grilos e gafanhotos que os antigos chamavam de
“Esperança” ou grilo folha verde, pois parece uma folha mesmo. Ninguém podia
matar ou machucar o inseto. Essa era uma prova que a esperança traria sorte
àquela família onde o bicho pousava. Outro dia, um desses insetos pousou em meu
ombro dentro do quarto. Já era tarde da noite. Fiz minha parte numa boa.
Acreditando ser essa tal liberdade, essa tal esperança, que dizem, que é a
última que morre, peguei com cuidado o bichinho pelas asas e levei até o
quintal e soltei a Esperança no meio das plantas para que ela sobreviva, como a
nossa emoção de salvar vidas. Mesmo vidas minúsculas como a vida dos insetos,
tão importantes para a biodiversidade.
Não sei se a esperança da noite sobreviveu no meio das folhas das
plantas do jardim. Mas com diz o ditado popular que não se deve matar o grilo
chamado esperança, tive esperança. Um inseto que traz pura sorte onde pousa.
Foi assim que segui a tradição e cuidei bem do bicho que pousou em mim como se
quisesse anunciar algo de bom. E, “tava tão bom que eu estava até acreditando”.
E, assim, cuidei da minha esperança, como se cuida de um filho. Como se cuida
de algo de muito valor. O valor supremo da vida.
A esperança é verde. A paz é branca. A liberdade mora nas asas dos
grilos que cantam anunciando o silêncio da noite e o amanhecer do dia. O dia
que pode nascer cheio de sonhos e de boa esperança. Algo que nunca vai morrer
dentro de nós.
Os
nossos grilos, os nossos problemas, as nossas loucuras, os nossos defeitos,
podem ser curados com um simples gesto de carinho e capricho com os insetos que
pousam em nossas vidas, para nos dizer alguma coisa. Que a vida pode ser
maravilhosa. Que a vida pode ser vitoriosa. Que tudo pode ser um canteiro de
rosas. As rosas também falam...
2 comentários:
Verdade ou lenda, entrou uma " Esperança" idêntico a esse da sua foto na cozinha daqui de casa, e eu morro de medo de qualquer tipo de inseto, mas achei aquele até que simpático e frágil, então deixei ele ficar no cantinho dele. Quando meu marido chegou do serviço, eu mostrei pra ele, ele me disse que era sorte.
No outro dia pela manhã, eu fui fazer um teste de gravidez pois eu estava desconfiada, pois bem, meu teste deu positivo. Se foi ele quem trouxe sorte a minha família foi muito bem vindo. E continua lá, vou deixa-lo até quando quiser partir, e levar alegrias para outros lares.
Muito legal, Vanessa! A sorte passa por perto e a gente, muitas vezes, nem percebe. Que a acompanhe e que lhes traga uma criança saudável e alegre. O Civuca vai conhecer seu comentário.
Abraços! cadikim.
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