29 de abr. de 2013

"RECONHECE A QUEDA E NÃO DESANIMA. LEVANTA, SACODE A POEIRA, DÁ A VOLTA POR CIMA"

Com Adoniran Barbosa, companheiro
de sambas e de boemia.







Nesta hora, Paulo Vanzolini estará confraternizando com Adoniran Barbosa e com outros grandes da Música Popular Brasileira. Se estiver certo Billy Blanco - que estará por perto, com certeza:



"Quando morre um sambista, no céu é motivo de festa
Porque os anjos que são da seresta se alegram também.
Todo o céu vira um enorme terreiro,
os clarins dão lugar ao pandeiro
que marca a chegada de alguém.
O Noel, que morreu e chegou lá primeiro,
é o chefe do Santo Terreiro de Nosso Senhor."



Nota: Não sei se o texto da parte transcrita do poema está absolutamente correto. Recorri só à memória para postar esta notícia. São lembranças de juventude que pude rever no livro "Tirando de Letra e Música", do Billy. Estou fora do ninho, onde tenho algumas estorinhas guardadas. Tenho um texto lindo sobre o biólogo - compositor - boêmio Paulo Vanzolini, colhido na capa de um vinil (que o Antônio Saccho me emprestou e que não devolvi até hoje). Da próxima vez em que for a Uberlândia, procuro-o e devolvo. Peças raríssimas! (o vinil e o Saccho). Prometo, também, postar o texto lindo.



Paulinho acaba de chegar lá. A Ana - minha mulher - telefonou-me há poucos minutos, para dar-me a notícia. Sabe como gosto de Paulo Vanzolini. Ainda lembranças da juventude. Nunca o vi pessoalmente, mas tenho muita notícia dele, que ele mesmo deu, em obras que conheço, e pinçadas em algumas publicações, principalmente o texto referido.
Paulo Vanzolini formou-se em medicina. Nunca exerceu. Zoologia foi seu roteiro profissional, reconhecido além das fronteiras do país. Boêmio conhecido de poucos. Segundo o autor do texto lindo (quando postar, é claro que darei o nome; não tenho na memória), Paulinho não queria gravar suas composições. Queria que sua obra artística ficasse conhecida por tradição oral. Acabaram convencendo-o a gravar. Tenho uma gravação por Paulo Marquez e Carmem Costa.
O samba mais famoso é "Volta Por Cima":

Chorei. Não procurei esconder.
Todos viram.
Fingiram pena de mim
não precisava.
Ali, onde eu chorei,
qualquer um chorava.
Dar a volta por cima,
que eu dei,
quero ver quem dava.
Um homem de moral
não fica no chão.
Nem quer que mulher
lhe venha dar a mão.
Reconhece a queda
e não desanima:
levanta, sacode a poeira, dá a volta por cima.

Renowned sambista and zoologist Paulo Vanzolini. Photo via VejaSP.Também não sei se corresponde ao original. Só memória. "Ronda" é outra obra muito conhecida, principalmente nas rodas boêmias.
Gosto mais, porém, de "Capoeira do Arnaldo", em que Paulo Vanzolini indica o poder da educação (sem falar nisto).
Quando voltar ao ninho, trarei o tal "texto lindo" e "Capoeira do Arnaldo". Mas a rede contém muita informação, letras e músicas. Os interessados apressadinhos encontrarão.
Pode ser que, enquanto estou fora, poste algumas outras composições dele. Muita poesia, muita graça.

Foto com Adoniran: Zeca Blog - UM CANTINHO... jornalístico, cultural e de lazer (com um texto que vale a pena ler).

http://zecabarroso.blogspot.com.br/2011/03/alma-e-o-humor-de-adoniran-e-vanzolini.html

Foto de brinde: Brazilian Lyirics in English
http://lyricalbrazil.com/category/paulo-vanzolini/

27 de abr. de 2013

CHATO E BURRO: SEMPRE TEM UM

Fui assistir a uma apresentação do cavaquinista Ausier Vinicius, em espaço público, integrando o programa Semana Nacional do Choro e Samba, em Belo Horizonte. O tema do espetáculo foi "Waldir Azevedo". Ausier tocou tudo o que sabe e mais alguma coisa. Espetáculo!
Onde fica o chato e burro? Vamos lá.
Um rapaz (nem tanto, mas rapaz, ainda) pediu a Ausier que tocasse uma música (não ouvi o nome da música pedida). No pedido: "Toca para Fulana!".
Delicadamente, Ausier explicou que o espetáculo era dedicado a Waldir Azevedo e que o roteiro só continha composições do mesmo e apenas uma de outro autor, que Waldir gravara.
Imprudentemente, o rapaz assinalou: "Mas é para Fulana!", como se tal circunstância pudesse ser considerada para mudar o roteiro.
Esses aí não foram nem chatos nem burros:
tomaram cerveja de Diretoria.
Ainda delicadamente - como é de seu feitio - Ausier repetiu sobre a dedicatória do espetáculo e disse, então, que iria tocar a música que não era composição de Waldir, mas que este gravara. O rapaz insistiu: "Mas fala que é para a Fulana!".
Já estava rindo e não contive um riso mais explícito. Mocinha que estava perto de mim ria também. Observei para ela que, além de chato, o mala-sem-alça era burro. Disse que, se em vez de ficar jogando para a torcida e fosse ao pé do ouvido da tal Fulana, dissesse, baixinho: "Meu bem, pedi para tocar para você", poderia render muito mais.Chato só? Não! Burro também. Muito!


25 de abr. de 2013

COMENTANDO COMENTÁRIOS

Revista Veja, edição nº 2318, 24/04/2013, pág. 58:

" 'Acho lindo engarrafamento.' GRAÇA FOSTER, presidente da Petrobras, fazendo graça sobre o fato  de que o aumento da frota de veículos leva ao crescimento da demanda por combustíveis".

Temos visto alguns arroubos de titulares de cargos com poder, não se importando com os sentimentos e até com reações do povo.
Kirsten Dunst como Maria Antonieta em filme de 2006
Kirsten Dunst como Maria Antonieta em filme de 2006
(como na fonte)
Um de que me lembro é de Maria Antonieta, a quem foi atribuída a célebre frase "Não têm pão? Pois comam brioches".
A Revolução Francesa cuidou de mandá-la à guilhotina, como traidora.
Ela negou ter dito e alguns estudiosos acham que nunca pronunciou essas palavras.

Foto: Folha de São Paulo.
http://www1.folha.uol.com.br/livrariadafolha/1072068-conheca-a-historia-da-frase-se-nao-tem-pao-que-comam-brioches.shtml

COMENTANDO COMENTÁRIOS




"Garçon fez uma ponta de Senador para que
Costa não discursasse no plenário vazio."


Está em página eletrônica de Veja, Coluna do Augusto Nunes
 (
http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/o-pais-quer-saber/garcom-faz-ponta-para-que-suplente-nao-discurse-para-ninguem/):





PUBLICADO NO GLOBO DESTA SEXTA-FEIRA
MARIA LIMA

De garçom do Senado a dublê de Senador por meia hora. A pedido do Senador João Costa (PPL-TO), o garçom Johnson Alves Moreira fez uma ponta de Senador para que Costa não discursasse no plenário vazio. Como presidente da sessão, já que não havia parlamentares para ocupar cadeiras enquanto estivesse na tribuna, o Senador do Partido da Pátria Livre fez um discurso de 14 páginas sobre aborto e “direitos do nascituro à luz do sistema do Direito romano e do ordenamento jurídico brasileiro”.
Com a TV Senado focada só em sua imagem, Costa encenou para uma plateia inexistente e gesticulou para o Senador falso, que retribuía com gestos afirmativos de cabeça".


Uma outra publicação fala em "garçom marajá". Pela TV, ouvi que o garçom ganha R$15.000,00 - 20 vezes o piso salarial da categoria.


COMENTÁRIO

Primeiro que tudo, teríamos de ter informação sobre se o garçom "senador" é concursado ou faz parte daquela turma que ocupa cargos "de confiança" - como se nós outros pobres mortais não merecêssemos a confiança dos governantes para ocupar cargos públicos, e, principalmente, como se não valesse o preceito constitucional, do artigo 37, que prescreve o princípio da impessoalidade para a administração pública (afinal, quando a administração deposita confiança em uma única pessoa, para ocupar um determinado cargo público, está mandando às favas o tal princípio).
Segundo: para ganhar R$15.000,00 para servir cafezinho, eu até celebrava missa para o parlamentar que me tivesse dado o emprego, de modo que me mantivesse no mesmo. Principalmente se exercesse cargo "de confiança" (não sei se é o caso, a notícia não informa). E, defendendo "o meu",  trabalharia - como trabalharia! - para que esse parlamentar fosse reeleito, ("o povo que se dane! eu quero é me arrumar!", bordão de Justo Veríssimo, por voz de Chico Anysio).
Terceiro: a ação é típica de 171, em co-autoria. O Senador escaparia de uma CPI, claro, se alguém inventasse de promover. Quanto ao garçom, não sei se aguentaria a capa de um processo administrativo. Mas escaparia, também, provavelmente, sob a justificativa de que agira por impulso de temor reverencial, já que, se se tivesse negado a participar, teria sido posto no olho da rua - "de confiança" ou não.
Quarto - e pior que tudo: muita gente - mas muita gente mesmo - ainda acredita que o Ministro Joaquim Barbosa mudou o Brasil. Se alguém publicou isto, deve ser verdade. O povo quer manter uma esperança desesperada.
Ah! O Senador pertence ao PPL-TO. Segundo está na matéria-fonte, PPL é Partido da Pátria Livre.
Para alguns poucos, LIVRE DEMAIS!

24 de abr. de 2013

PRECONCEITUOSOS, HEIN?


Sou freguês de caderno do "Alvorada Mineira", programa que a Rádio Clube, Patos de Minas (www.clubefm99.com.br, na linha), leva ao ar, de 2ª a 6ª, de 6 às 9 horas, pelas vozes e gracinhas de Bernardo Franco - o Negão - e Marquinhos Massa - o Cabeçudinho. Acho muito divertido. Não fico "garrado" das 6 às 9 porque tenho mais o que fazer, do que ficar ouvindo as besteiras dos dois (bem que gostaria, mas tenho de cuidar do corpinho, para não enferrujar). Para quem ouve, parece que os dois trabalham lado a lado. Mas um fica em uma sala e outro no estúdio, sem qualquer contato físico (nem ficava bem, né?). Lembram-me uma dupla famosa do rádio antigo, Lauro Borges e Castro Barbosa, na sensacional PRK-30. Pois não é que, hoje, pela manhã, ambos atacaram de preconceituosos. Marquinhos, que gosta das notícias esdrúxulas, mandou que uma griffe australiana lançou coleção de lingerie para homens.
Meu Deus!!! Esbravejou o Cabeçudinho. Daí, começaram a meter o pau: absurdo! Muito feio homem de lingerie! (vendo imagens); como é que pode???!!! E daí por diante.
Mas que falta de sensibilidade, sô! Será que nunca irão acostumar-se com as diferenças e tolerá-las, mesmo que não gostem nem aprovem? Será que não pensam que, em um mundo de diversidades infinitas, é saudável conviver com elas (sei que o Negão irá dizer que "isto nunca!").
Respeito-os a ambos. Mas os noticiaristas precisam ir além da notícia e colocar a imaginação para trabalhar sobre todas as hipóteses. Por exemplo: se qualquer deles não tiver a mínima simpatia por uma relação homoafetiva, não acharão menos mal olhar para um do tipo de que não gostam, vestido com lingerie do que vê-lo nu ou de cuecão? Será que não imaginam um casal fantasioso, querendo que ela se apresente vestida como um valentão do faroeste, ou um lutador de MMA, e ele apresentando um look vestindo calcinha, com cinta-liga, soutien, bustier e outros adereços femininos? (tem gente que gosta, uai!). Sendo excelentes propagandistas dos produtos que apregoam, devem saber que quem produz pensa em todas as possibilidades de consumidores.
No frigir dos ovos, dá de tudo, uai!







De coraçãozinho, fica muito mais charmoso!
Mas observem: parece que o cara está só
fantasiando. Olha só a gatinha de primeiro
time brincando com ele.



PS.: ri muito por o Negão ter usado um pouquinho de imaginação e imaginado um personagem externo do programa usando soutien (não me lembro quem): "já pensou o tamanho do soutien dele?!", disse o Negão.


Imagem: Petiscos.

23 de abr. de 2013

O GALVÃO FALA SIM






Há alguns dias, postei "Será que o Galvão fala bobagens, mesmo?" (http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2013/03/sera-que-o-galvao-fala-bobagens-mesmo.html). Sei que é muito difícil fazer ao vivo. Mas o Galvão tem estrada, conhece o mundo inteiro e naquele "Bem Amigos" vê-se que gosta de que todos saibam disto.
Tenho segurado algumas implicâncias que tenho com ele. Acho que se contradiz, freqüentemente. Assistindo a um "Bem Amigo", ouvi-o bradando que não se podia tratar de um jeito que falou (não me lembro) "...o melhor futebol do mundo". Mas que melhor futebol do mundo, Galvão? Não estamos com essa bola toda e os resultados dos jogos da seleção brasileira estão aí a incomodar muita gente. A contradição veio depois. No mesmo programa, o moço disse que não temos grandes nomes brasileiros em atividade, e que aqueles que jogam no exterior, em grandes clubes, não são as referências, nos respectivos times. Então, que melhor futebol do mundo?
Pois bem. Hoje, assisti a alguns trechos do jogo Bayern contra o Barcelona, que perdia por três a zero (depois, levou o 4 x 0). Aí, vem o Galvão: "Quem acreditaria nisto?"
Primeiro: acho que já passou da conta essa idolatria pelo Barcelona. Há algum tempo, falei o que pode ser considerado uma grande heresia futebolística: o Barcelona era time de uma jogada só.
Era aquela de "alugar meio campo", prensar o adversário. No jogo contra o Santos, achei que o esquema era vulnerável. Um contra ataque pegaria o goleiro sem defesa. Por duas vezes, o Neymar recebeu bola, ainda fora da área, com o goleiro, apenas, pela frente, em condição regular. Achei que Neymar tremeu. Não conseguiu executar aquilo que, jogando contra time brasileiro, teria feito com grande facilidade. Mas pareceu-me que havia um temor reverencial em face do Barcelona e de sua estrondosa fama.
Nos jogos a que assisti, achei o Barcelona desleal: se algum adversário tomava a bola, na intermediária, era parado com falta. Exatamente porque havia nenhuma cobertura (hoje o Galvão classificou de "falta tática" uma infração de jogador do Barcelona, impedindo a evolução de jogada em direção ao gol. Acho que "falta tática" é eufemismo de anti-futebol).
Na final Barcelona x Chelsea, que venceu por um a zero, um defensor deste tomou uma bola no lado direito da intermediária. No mesmo momento, Ramires disparou para o campo adversário, pela esquerda. Ninguém poderia tê-lo parado com falta, porque a concentração de jogadores estava do outro lado. O jogador que tomou a bola lançou rápido para a esquerda, Ramires avançou e, quando saíam no seu encalço, deixando livre a direita, cruzou. Deu no que deu: 1x0 Chelsea campeão. Terá o treinador do Chelsea pensado o que pensei? Achou a solução (em que não pensei).
Voltemos ao Galvão, no jogo de hoje. Depois de dizer "quem acreditaria?", informou que o Bayern havia ganho do adversário italiano (não me lembro), em etapa anterior do mesmo campeonato, e fizera um somatório de quatro gols nos dois jogos. Contradição ou estou sendo um chato?
E porque "quem acreditaria"? Afinal, o Chelsea é tão semifinalista quanto o Barça. Que vai ter de penar, em seu terreiro, para desfazer uma diferença de quatro gols. O que não acho impossível. Mas que vai ter de penar, isto vai!

Imagem: Live Tips For Sports Trading
http://livesportips.blogspot.com.br/2012_04_01_archive.html

DIA NACIONAL DO CHORO. PARA BH, SEMANA NACIONAL DO CHORO.

O dia 23 de abril abre um belo painel: nasce uma estrela que brilhou intensamente em vida, e que segue brilhando, enquanto passeia pelos redutos românticos do choro: Alfredo Viana da Rocha (Filho) - o Pixinguinha - que, segundo nos conta Sérgio Cabral, até 1933 era registrado apenas na pia batismal e, indo registrar-se em cartório, repetindo o nome do pai, esqueceu-se do "Filho", que deveria compor seu nome; enganou-se também quanto à data do próprio nascimento e informou errado no nome completo da mãe. Sérgio Cabral assinalou que, para certas coisas da vida prática, Pixinguinha não era muito eficiente. Mas - é ainda Sérgio Cabral quem informa, citando Ari Vasconcelos, crítico e historiador:

“Se você tem 15 volumes para falar de toda a
música popular brasileira, fique certo de que é pouco. Mas
se dispõe apenas do espaço de uma palavra, nem tudo
está perdido; escreva depressa: Pixinguinha.”
 

Por isso aí e por muito mais, Pixinguinha é homenageado com a marca do dia de seu aniversário - não do dia em que foi dado à luz, mas no dia em que veio trazer luz. É considerado pelos aficionados como o Pai do Choro. Com toda razão!
Pois bem. Em algumas cidades do Brasil, a efeméride é comemorada como o Dia Nacional do Choro. Em Belo Horizonte, é a Semana Nacional do Choro, comemorada com um Festival de Choro e Samba.
Meu amigo Ausier Vinicius - que, no Pedacinhos do Céu (www.pedacinhosdoceu.com.br) ora ataca de cavaquinhista, ora de cozinheiro (veja-se em http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2013/02/pedacinhos-do-ceu-onde-ate-o-cozinheiro.html), meu amigo Ausier Vinicius - repita-se, apresenta-se, durante o Festival, no seu reduto artístico - Pedacinhos do Céu - no dia 26 - e na Feira Tom Jobim, no dia 27. Na programação, muitas feras do Samba e do Choro. Vale a pena conferir.
Cartaz e programa estão aí "...pra surdo ouvir, pra cego ver...". É claro que estarei lá.

Imagens reproduzidas do programa que o Ausier me ofereceu.

20 de abr. de 2013

MOZART HAMILTON CRONISTA

"PISA NO BOMBO, RECRUTA!"


Departamento de Instrução (D.I.), hoje Academia de Polícia Militar. A Escola de Recrutas estava se preparando para a solenidade de Juramento à Bandeira.
A Banda de Música se postara, sob o Comando do Tenente Merovínio, abaixo da sacada do gabinete do Comando e Escola de Recrutas, ao som do dobrado "Traidor", fazia as evoluções necessárias, sempre orientada pelo Tenente Instrutor e pelo Sargento Monitor.
Da sacada, o Major Sub Comandante observava o treinamento e já estava irritado com o recruta "Jacaré", que não conseguia acertar o passo, apesar da insistência do Sargento Monitor.
A cadência adotada na PMMG é a 1/120 e em marcha, o pé direito toca o solo na batida forte do bombo.
Em dado momento, o Major Sub Comandante desceu ao pátio e, emparelhando-se com o recruta "Jacaré", gritou-lhe:
"Ô recruta burro... para acertar o passo, pisa no bombo com o pé direito".
Ordem bem dada... melhor executada.
Ao passar pela Banda de Música, o recruta "Jacaré" meteu o pé direito no bombo, furou a pele do instrumento e ainda derrubou o
músico que o tocava.


Foto: dreamstime
https://pt.dreamstime.com/fotos-de-stock-crocodilo-dos-desenhos-animados-image28415643

19 de abr. de 2013

SABIÁS FAZENDO AMOR

Quando pensei no assunto, tive medo de escrever. Alguém poderia pensar que só penso naquilo e isto me incomodaria muito, no auge dos meus setenta e três anos. Chamariam a isto "lubricidade senil".
Não fotografei casaizinhos.
Meu voyeurismo não vai a tanto.
Felizmente, ouvi uma música que levou-me ao tal assunto pensado. Parecia coisa do Tom Jobim. Pareceu-me que falava em "sabiás fazendo amor".
Epa! Pensei, imediatamente: posso falar, sem medo, no que vi e pensei. Pelo menos estarei em boa companhia, pensem o que pensarem.
Pode parecer que tenha nada a ver, mas já postei no cadikim algo sobre as pombinhas que pululam nas minhas redondezas. Está em http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2012/07/convenios-incomodam.html. Fala da urbanização das pombinhas rurais. Aquelas que pessoas chamam de "caldinho de feijão".
Pois é. Montão de pombinhas passando pela minha janela, voejando pelas palmeiras em frente, pousando em telhados e onde podem.
E, pasmem! Transando em cima de fios elétricos.
Não pude deixar de pensar: deve ser o maior barato fazer aquilo tendo de equilibrar-se sobre um fio elétrico. Será que faz diferença para as pombinhas? Pela frequência com que se acasalam por ali, parece que sim. Será que com o fio elétrico em carga dá uma tremurazinha?
Gente! Como é que pode? Não vivo pensando naquilo. Mas quando olho o mundo, procuro vê-lo por mais que um ângulo só.
Salve as pombinhas "caldinho de feijão" que voejam por aqui!

Foto: http://www.vivaterra.org.br/aves_5.htm

POR QUE NÃO CONVIDAR OS ÍNDIOS?

Antes de ontem, postei comentário sobre a invasão do plenário da Câmara dos Deputados, por índios (http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2013/04/as-coisas-nao-andam-boas-no-youtube.html). Disse que poderão ter aprendido com um certo Pedro Álvares Cabral e pósteros. Poderá parecer a alguém que sou a favor da invasão. Contrário. Sempre afirmei que adoro subversivos mas não me agradam os agitadores. Entendo por subversivo quem quer mudar o estado de coisas, e que isto deve ser feito de modo democrático, sem violência, nem abusos, nem proselitismos políticos. Sei que não é fácil. Mas há exemplos, na história, de conquistas pacíficas. Sempre pensei, também, que ninguém - mas ninguém mesmo - trará para mim, na bandeja, a parcela de poder que me pertence por direito. É preciso ir buscá-la. O conflito é inevitável. Índios invadem Plenário da Câmara durante votação Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
Repito. A invasão pode não ter me agradado. Mas no embate de forças, poderá ter sido a única alternativa.
Acredito que os deputados e os dirigentes da Câmara tivessem tido informações sobre a iminência da manifestação dos índios. Se não tinham, a coisa anda pior do que a gente pensa. Não teria sido possível uma medida preventiva pacífica?
Acho que a invasão dos índios poderia ter sido evitada, se tivessem eles sido convidados a participar em plenário. Afinal, são os interessados no assunto que estava para ser debatido ali. Eventual convite não estaria discriminando os não convidados. Os simpatizantes das causas indígenas são interessados indiretos. Os interessados diretos são os índios. Poderia mesmo ter-lhes sido oferecida uma tal de tribuna livre (não sei se existe, na Câmara). Voz, simplesmente, talvez oferecendo oportunidade de falar por último, depois de conhecerem todos os argumentos de quem iria decidir.
Viagem minha? Pode ser.
Mas, pelo menos, teria sido evitada aquela cena grotesca, constrangedora, de parlamentares em pânico, parecendo disputarem o direito de abandonar o barco em primeiro lugar.
Para mim, ficou muito feio!

Imagem: Terra.
http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/em-protesto-indios-invadem-plenario-da-camara-e-suspendem-votacao,759014f57b41e310VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html

18 de abr. de 2013

POLÍTICOS CONTRA O RESTO

Plenário da Câmara dos DeputadosDe fato, não me parece que políticos discutam ideias e ações para melhorar a vida de nós outros - que somos o resto. Discutem, digladiam, ofendem-se mutuamente, não raro, fazem o diabo para levantar informações sobre defeitos, uns dos outros, sempre com o objetivo de conquistarem poder ou manterem-se no poder. O povo é como gol, no conceito Parreira: "um detalhe".
Acompanho a saga do deputado Feliciano - mais infeliciano do que qualquer outra coisa, no momento - para enfrentar oposições a pronunciamentos que tem feito, e, principalmente, propostas esbravejadas para que deixe a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara - muitos querem-no mesmo é fora da Comissão.
Sucede, agora, que o Deputado Feliciano resolveu admitir a renúncia ao cargo, desde que igualmente renunciem a cargos em comissão José Genoíno e João Paulo Cunha, também deputados, ora considerados culpados, pelo Supremo Tribunal Federal, de participação no escândalo denominado "mensalão". Então, o R7 NOTÍCIAS informa:

"A proposta não foi levada a sério pelos líderes. O presidente da Câmara alegou que a questão não estava em debate porque ainda cabe recurso da decisão do STF (Supremo Tribunal Federal), uma vez que o resultado do mensalão ainda não foi publicado. A publicação do acórdão — o resultado final — deve ser feita pelo STF até sexta-feira (12)."

Uma gracinha! Pois não é que o Deputado Feliciano nem está processado pelo STF, pelo que entendo? Pesquisei e encontrei, em "Marco Feliciano", "Marco Antônio Feliciano", citando inquérito, sem notícia de recebimento de denúncia. O investigado é MAF (segredo de justiça). Como se trata de coisa muito recente, acho que é com ele mesmo. Se vier a ser recebida a denúncia, será processado, podendo vir a ser condenado.
Então, a situação dele é menos má do que as daqueles a cujas renúncias Feliciano condiciona a sua. Estão condenados. Poderão recorrer, sim. Mas recorrer de condenação. O "MAF" ainda nem chegou nas alegações finais.
Por que é, então, que o líder do PT apelou para que Feliciano renunciasse e, depois que ele "pôs seis", o presidente da Câmara veio com a leréia de que os dois do PT ainda podem manejar recurso?
Pior: não levando a sério.
Acho isto muito sério!

Foto: BRASILIATOUR.
http://brasiliatour.com.br/?page_id=645

17 de abr. de 2013

AS COISAS NÃO ANDAM BOAS... NO YOUTUBE ESTÁ QUE "ÍNDIOS PÕE DEPUTADOS PARA CORRER NA CÂMARA" (SIC).

Índios invadem Plenário da Câmara durante votação Foto: Valter Campanato / Agência Brasil
Para mim, talvez um pessimista empedernido, as coisas não andam boas há muito tempo.
Continuo vivendo, apesar de tudo. Mas não gosto do mundo em que vivo.
A invasão de índios ao plenário da Câmara dos Deputados deve fazer as pessoas responsáveis pensarem muito.
Vejo, no noticiário, que os índios dançaram e cantaram no salão verde. Dali, resolveram ir para o plenário, com os seguranças tentando impedir, sem conseguirem contê-los.
Não vi notícia de qualquer segurança ferido ou agredido. Se tivesse ocorrido, estaria em todos os jornais. Pareceu-me que os índios eram em muito maior número.
Realmente, pelo que vi no youtube, muitos deputados (de ambos os sexos) puseram-se a correr, parecendo em pânico. O que, a meu ver, não fica bem para pessoas que se comprometeram com todas as facilidades e dificuldades do cargo (não posso admitir que só se tenham comprometido com as facilidades).
Um deputado, visivelmente revoltado (isto eu vi pela TV), disse que nunca assistira a tão grande desrespeito à democracia.
Imaginei que, provavelmente, os índios teriam aprendido com um certo Pedro Álvares Cabral e com estrangeiros que, em sucessivas gerações, agrediram-nos com arcabuzes e outras armas, escravizaram-nos, dizimaram-nos e foram tomando suas terras até deixarem-nos confinados em espaços reduzidos, que nossos gestores administram como bem entendem, fazendo-lhes o favor de demarcar algumas áreas, sempre ameaçadas.
É explicável que os índios não queiram um grande número de pessoas (poder legislativo), com diversos matizes políticos, passando a administrar seus interesses. Negociar com presidente, ministro e órgãos subordinados é menos arriscado do que ter de negociar com pessoas que negociam entre si, sempre pensando em sustentabilidade política.
Outro deputado - presidente da Câmara, se não me engano - depois de encerrados os trabalhos, por causa da situação, fez discurso inflamado e falou, alto e bom som, que "...o respeito a este plenário é inegociável". Marcou, com forte entonação de voz, e escandindo a palavra "i-ne-go-ciável"
Pode ser que seja. Desde que fosse igualmente i-ne-go-ciável o respeito daquele plenário pela Nação.

Imagem: Terra.
http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/em-protesto-indios-invadem-plenario-da-camara-e-suspendem-votacao,759014f57b41e310VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html

É TUDO?... PARA MIM É MUITO POUCO!

Votar limpo! É a melhor de todas as promessas com que a Justiça Eleitoral quer atrair o eleitor para as próximas urnas, na peça publicitária que está nos chamando a toda hora. Como na maioria das peças publicitárias, não pode garantir a promessa do benefício. Muita gente que "estava limpa" está enrolada. Demóstenes Torres é só um exemplo. Imaculado, até pintar o Carlinhos Tsunami na parada.
Mais montão de gente impoluta, importante, etc., está às voltas com o Supremo Tribunal Federal.
O deputado Feliciano, em vez de recolher-se, no tumulto em que se envolveu, decidiu atacar artistas que não concordam com que seja presidente da Comissão de Direitos Humanos, dizendo que vivem em um mundo paralelo ao mundo cristão, ao mundo evangélico.
Disse que "... o mundo evangélico nosso é um mundo nosso, é um mundo diferente" (credo! só eles estarão salvos?).
Dois deputados trocaram farpas de arame enferrujado. Segundo a revista Veja (edição 2317, página 47), um disse: "Você é torturador, deveria estar na cadeia, bandido." O outro: "Infelizmente eu não participei daquele regime. Se tivesse participado, você estava no saco, imbecil".
Tudo limpo!
Infelizmente, acho, ainda, que "votar limpo" é a melhor promessa que a Justiça Eleitoral pode fazer. As demais - a peça publicitária tenta dourar a pílula - escondem ameaças. Vamos lá:
"...assim você pode tirar passaporte, tomar posse em cargo público, fazer a matrícula na faculdade, e, claro, votar limpo".
Ou seja: se você não se acertar com a Justiça Eleitoral, não poderá tirar passaporte, nem tomar posse em cargo público, nem fazer a matrícula na faculdade. Nem mesmo estudar, atividade que deveria ser o sonho de consumo de qualquer governo que pudesse merecer um "G" maiúsculo.
Quanto a votar limpo, não sei se, não estando em dia, o eleitor ficará impedido de votar, limpo ou sujo. Acho que não. Do contrário, um montão de gente, que vota nulo ou em branco, facilitaria a tarefa. Simplesmente não ficaria em dia, pagava multas (acho que vale o conforto) e estaria liberado... digo, impedido de votar. Não precisaria mover uma palha.
Ora direis: mas se isto acontecer, os políticos irão fazer o que quiserem.
Desculpem-me, mas já estão fazendo.
Para continuarem assim é que têm de ter um baita medo de o eleitor não querer ir às urnas. Por isto o voto é obrigatório. Mediante ameaças (em outras informações, buscadas no googleI, estão explícitas): "não pode... não pode...".

Imagem: Meu Mundo Fitness.
http://doceeexplosiva.blogspot.com.br/2012/05/noticia-bombastica.html

15 de abr. de 2013

AULA DE ENGANAÇÃO NO FUTEBOL

Cena do Fla x Flu de ontem
Assistia ao Arena SporTV, hoje, quando o âncora provocou uma crítica do Edinho - ex-zagueiro do Fluminense e da Seleção Brasileira - a respeito do desempenho de Jorginho, técnico do Flamengo, no Fla X Flu de ontem. Edinho não se fez de rogado: emendou, quase de cabaça (será que alguém saberá o que é isto?), sem deixar cair, e afirmou que o que Jorginho fez de pior foi tirar o Gabriel, que vinha sendo o melhor em campo (mesmo substituído foi eleito o melhor e ganhou um carro como prêmio). Seguiu comentando que foi informado de que Gabriel pediu para ser substituído, porque sentia-se mal, estava gripado. Foi aí que Edinho mandou essa pérola, dizendo que um técnico precisa ser experiente:
"Será que o Jorginho não podia ter sugerido a Gabriel que caísse, para sair de maca?".
Pode parecer implicância minha - pode até ser verdadeira implicância minha, aceitarei qualquer interpretação, que é de quem lê - mas muito da confiança que o apreciador de futebol tinha nas atitudes de dirigentes perdeu-se no emaranhado de enganações desnecessárias.
Se o técnico deve explicações à torcida - e penso que sim, porque o consumidor tem o direito de conhecer as características do produto que lhe é fornecido - nenhum constrangimento para o treinador em dizer que o atleta estava jogando gripado e que, naturalmente, sentiu o esforço.
Enganar é que não é de bom tom.

FOTO: UOL ESPORTE
http://esporte.uol.com.br/futebol/campeonatos/estadual-do-rio/repercussao/2013/04/14/eleito-melhor-em-campo-gabriel-ganha-carro-e-elogios-de-jorginho-no-fla.htm

12 de abr. de 2013

A MODA QUE INCOMODA

Moda é coisa estranha. A cada hora está de um jeito. Não é moda de um tempo, mas de momento. Até pouco tempo, só dava caveirinhas, caveiras e caveironas. Acho coisa horrorosa, mas curvo-me. Muita gente está a fim daquilo que sempre evocou a imagem de piratas. Quem não gosta de uma pirataria? Mas já está passando.
Agora, são os spikes (recorri ao tradutor e encontrei "espigão"). São spikinhos, spikes, spikões... para todo lado: nos sapatos, nos peitorais, na bunda, nos joelhos, nos cotovelos...
Uma pessoa disse-me que, dias atrás, uma senhora mais rechonchuda sentou-se numa cadeira forrada com couro e perfurou o revestimento. Eram os tais spikes.
Não consigo deixar de pensar no pior. Na hora do "pé na bunda" do bofe, aquelas gatas que usam na ponteira no sapato ou na bota devem matar o coitado. E a joelhada? Dá para apontar, sem margem de erro, qual será a vítima daquelas peças ponteagudas. Credo!
Não me agradam as mulheres que aderiram à moda. Não é por medo de vir a ser ofendido, não, uai.
Acho mesmo é que essas mulheres não gostam de amasso. Nem pela frente nem pela retaguarda. Vê lá se vou arriscar o meu! Essas insensíveis!!!!

Foto: Demasia de Tempo.
http://demasiadetempo.blogspot.com.br/2013/01/spikes.html 

DESAPOSENTADORIA RIMA COM NOSTALGIA

Devo estar viajando longe! Desaposentadoria? Tudo bem! Voltar ao mercado de trabalho para aumentar a renda e buscar recursos para melhorar a vida? Ótimo! Acho até que o governo deveria isentar aposentados que pretendam voltar à ativa de qualquer tributação ou cobrança, sobre essa nova remuneração: imposto de renda, INSS, ..... tudo! Voltar ao mercado de trabalho para manter-se em atividade, atualizar conhecimentos, estar sempre ligado nesse mundão de Deus? Maravilha! Mas o que ouvi (ou acho que ouvi), há dois ou três dias, deixou-me boquiaberto e até olhiaberto (neologismo inventado por meu irmão). Um aposentado, em entrevista de rua, afirmou que será ótimo voltar ao mercado de trabalho por causa de direitos do trabalhador. O primeiro direito que mencionou: férias!
Ô sô do céu! Voltar à atividade laboral por nostalgia de férias? Um aposentado voltar ao trabalho só para poder gozar férias?!!!!!!



Foto: Blog da Adri Buch
http://wp.clicrbs.com.br/adribuch/tag/ferias/
Volto a socorrer-me do Chico Anysio: "É demais pros meus sentimentos, tá sabendo?" 










11 de abr. de 2013

CARA DE PAU É POUCO!


Falar de cabeça quente costuma ser "dar bom dia a cavalo". Deve ser por isto que encontramos declarações pós jogo de futebol as mais disparatadas.
Ontem, jogo Grêmio X Fluminense, o Cris
começou batendo "leve" em Sóbis, pelas costas. Sóbis protegia a bola e Cris foi recrudescendo: bateu mais forte, mais forte, até que derrubou Rafael Sóbis. Bateu muito forte, pelo que vi na tela. Cartão vermelho. Não sei se já tinha amarelo ou se foi pela violência da jogada.
Pois não é que o Vanderlei Luxemburgo, logo depois do jogo, falou - alto e bom som, dono da verdade - falou que a expulsão de Cris foi um absurdo.
Podemos torcer, sim, gente! Principalmente aqueles que estão vendo o leitinho das crianças sendo jogado pela janela. Mas daí a apoiar a violência, vai distância muito grande. Acho maior cara de pau!

Imagem: blogdojotace

6 de abr. de 2013

DE ONDE VEM TANTA FORÇA DA FIFA? EDITADO EM JANEIRO DE 2016: AGORA A GENTE SABE!

ImageNão pesquisar mais do que já pesquisei. É o bastante para manter minha opinião de que é um absurdo a fifa vetar o uso do nome de MANÉ GARRINCHA no estádio de Brasília (as maiúsculas e minúsculas representam o valor que atribuo aos nomes com que as escrevo). Pelo que li na página da Folha de São Paulo (http://www1.folha.uol.com.br/esporte/1257621-fifa-veta-nome-de-garrincha-no-estadio-de-brasilia-na-copa.shtml), "Já ciente do desejo da federação de não ter Mané Garrincha vinculado ao nome da arena, Agnelo vetou projeto de lei que assim o batizava. O veto foi derrubado pelos deputados.". Agora, segundo a mesma fonte, o governador do DF encaminhou outro projeto, constando artigo para mudar o nome do estádio. Está lá na matéria referida  um "temporariamente". Não sei se será assim.
Abordei o tema da soberania de um país (discutido em um programa da Sportv), em 29/02/2012, quando se iniciou a discussão do tema "cerveja nos estádios". Está em  (http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2012/02/quando-globo-quer-dura-lex-sed-latex.html). Disse que, em termos de soberania, o povo deveria decidir se quer. Certamente o povo quererá cerveja na copa. Objetei: será que, se o governo abrir brecha para a cerveja, durante os jogos da copa, irá manter a brecha para o brasileirão, os estaduais, etc...? Se for para atender a fifa, e cortar depois, já haverá nada de soberania.
Agora, o Mané Garrincha!!! Por que não usar o nome do craque considerado um dos dois melhores do mundo, em todos os tempos? Um dos fatores da glória da fifa?
A fifa diz que é procedimento comum e cita a copa da África e a da Alemanha. Está na matéria da Folha: "Neste último caso, o exemplo mais específico é a Allianz Arena, moderno estádio do Bayern de Munique, que durante a Copa de 2006 perdeu o nome da seguradora e recebeu um genérico: Arena de Munique.
Ah! Tem negócio da fifa metido nisto!
Meu Deus! De onde vem tamanho poder de uma organização, que se dá o direito de impor o que quer, nos lugares onde pretende pôr a copa? E de onde vem tamanha vontade de sediar uma copa da fifa, a ponto de abrir mão de elementos culturais de suma importância, para não perder a oportunidade?
Gente! A fifa está sediada na Suíça! Se fosse promover campeonatos lá (em 1954 fez isto), não teria espaço para tantos jogos, tantos estádios, tanta população (clientela), tanto público alvo para publicidade... Não tendo isto em seu território, entende de fazer acampamento no matinho dos outros.
Tudo isto rende muito dinheiro e depende da cooperação de dirigentes de confederações, federações, clubes e governos.
Não tem limites. A cultura alheia não interessa à fifa, salvo para permitir espetáculos culturais para os turistas. Sempre levando o dela.
Ah! Mas de dinheiro a Suíça entende. E como!

EDIÇÃO EM 09/01/2016:

AGORA, A GENTE SABE!

Foto: DIREF.
http://www.diref.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=173&Itemid=165

5 de abr. de 2013

OUVIDO NA RUA. QUALQUER SEMELHANÇA...

Foi em uma rápida passagem. Vinha em sentido contrário ao meu uma senhora falando ao celular. Só ouvi: "... eu que pago água, luz, telefone, televisão. Eu pago tudo...".
Foi o bastante para eu rememorasse aquelas legendas freqüentes em filmes: qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas, etc., etc.... Pensei, imediatamente:
O Pescoço existe!

Foto: Momento Verdadeiro.
http://www.momentoverdadeiro.com/2013/03/salve-jorge-depois-de-passar-noite-com.html

4 de abr. de 2013

OS JUÍZES QUE DEIXAM JOGAR. MUITOS COMENTARISTAS GOSTAM.

Ouço isto sempre: Esse juiz deixa jogar. Não apita qualquer faltinha e nem dá cartão amarelo fácil.
Sempre penso que aí mora o perigo. Os jogadores começam a aumentar a intensidade das faltas. Acham que vai dar em nada. Penso que ontem o Arsenal foi mais violento do que o Atlético. Mas houve algumas faltas violentas deste, também. No entanto, vejamos critério: quatro amarelos para o Galo, dois para o Arsenal. Cabia muito mais, desde o início do jogo.
Atlético-MG é o primeiro classificado para a segunda fase da Taça Libertadores
Acharam um modo ótimo de comemorar.
Verdadeira "briga de galo"!
O lance do "pênalti" - Luan estava fora da área - já mereceria vermelho (só vi isto, em princípio de jogo, três vezes, duas em um mesmo jogo). Furch não errou na jogada. Jogou o corpo em cima do Luan, com grande violência, propositadamente, para derrubá-lo. O juiz não deu cartão amarelo. Deu para Leonardo Silva, menos de quatro minutos depois.
O erro, quando à marcação do pênalte, pode ter sido mais por influência do auxiliar, que correu para a linha de fundo. A falta foi - visivelmente - fora da área.
Outro fato que pode ter alterado o ânimo dos argentinos: Rever fez um pênalte, quando estava 2 x 0: puxou um argentino pela camisa, durante tempo considerável. Os juízes ainda não inventaram uma forma de vigiar esses entreveros dentro da área, nos escanteios ou nos cruzamentos comuns. O argentino que foi agarrado saiu reclamando e com razão. A tv mostrou.
O árbitro chegou a ser carinhoso com um argentino, abraçando-o afetuosamente. Muito estranho.
Deixou de coibir as reclamações - argentinos partiam para cima dele em bandos, para reclamar. Muita pressão que não foi coibida. E nem prestou atenção em um argentino que provocou o Ronaldinho (acho que estava tentando um blefe para expulsão do cracaço). Passou-lhe a mão no pescoço, apertando-o. Ronaldinho respondeu na mesma moeda, escondido, também. Malandro é malandro, mané é mané.
As omissões e as carícias do árbitro acabaram degenerando em tumulto. Não sei se ficou constrangido por causa do erro no pênalte mal marcado. Mas achei péssima a arbitragem, querendo "administrat" (sempre critico isto).
Valeu a classificação do Galo em primeiro, invicto na Libetadores e no Independência.
Por falar em Independência, vale registrar a cantoria e faixas: "CAIU NO HORTO TÁ MORTO".
Horto - muitos comentaristas já explicaram - é o bairro onde fica o estádio que, nos meus velhos tempos era chamado pelos narradores de Gigante do Horto.

Foto: Placar Ig.
http://placar.ig.com.br/jogo.php?jogo=53113&s=Atletico-MG+Arsenal-de-Sarandi

3 de abr. de 2013

MOZART HAMILTON CRONISTA

CADÊ O "CHULÉ"?



O Cabo Tovar tocava bombo na Banda do Batalhão e também atendia pelo apelido de "Chulé".
Num certo domingo do mês de março de 1956, respondemos chamada no Quartel para uma tocata importante.
Barbacena estava em festa. O Governador do Estado e filho da terra viria para mais uma inauguração.
Banda formada, todos impecavelmente fardados, com os coturnos bem engraxados, sob o Comando do Mestre Dunga.
Saímos marchando e tocando o dobrado "Bombardeio à Bahia", subindo a Rua XV com destino à Sede da Companhia Telefônica.
Em frente ao Cinema Apolo havia uma verdadeira cratera, aberta pela prefeitura para conserto de vazamento na rede de água.
Todos da fileira da direita iam se desviando da cratera, e, justo ali, o Cabo "Chulé", tocador do bombo e último da fila, deveria executar o solo imitativo de disparos de canhão.
E o solo não saiu.
Interrompido o dobrado, o Mestre comandou "alto" à Banda e, olhando para trás, indagou:
"Cadê o Chulé":


 
O Cabo "Chulé" estava caído na cratera, todo arranhado, com a canela esfolada e o bombo amassado.





Foto banda: Videoblog Wolgrand
http://blogdoluisxiv.blogspot.com.br/2012/01/o-desabafo-de-um-integrante-da-banda-de.html 

Foto cratera: ESTADÃO.COM.BR/São Paulo
http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,cet-libera-pistas-da-marginal-do-tiete-apos-cratera-ser-fechada,526474,0.htm