3 de abr. de 2013

MOZART HAMILTON CRONISTA

CADÊ O "CHULÉ"?



O Cabo Tovar tocava bombo na Banda do Batalhão e também atendia pelo apelido de "Chulé".
Num certo domingo do mês de março de 1956, respondemos chamada no Quartel para uma tocata importante.
Barbacena estava em festa. O Governador do Estado e filho da terra viria para mais uma inauguração.
Banda formada, todos impecavelmente fardados, com os coturnos bem engraxados, sob o Comando do Mestre Dunga.
Saímos marchando e tocando o dobrado "Bombardeio à Bahia", subindo a Rua XV com destino à Sede da Companhia Telefônica.
Em frente ao Cinema Apolo havia uma verdadeira cratera, aberta pela prefeitura para conserto de vazamento na rede de água.
Todos da fileira da direita iam se desviando da cratera, e, justo ali, o Cabo "Chulé", tocador do bombo e último da fila, deveria executar o solo imitativo de disparos de canhão.
E o solo não saiu.
Interrompido o dobrado, o Mestre comandou "alto" à Banda e, olhando para trás, indagou:
"Cadê o Chulé":


 
O Cabo "Chulé" estava caído na cratera, todo arranhado, com a canela esfolada e o bombo amassado.





Foto banda: Videoblog Wolgrand
http://blogdoluisxiv.blogspot.com.br/2012/01/o-desabafo-de-um-integrante-da-banda-de.html 

Foto cratera: ESTADÃO.COM.BR/São Paulo
http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,cet-libera-pistas-da-marginal-do-tiete-apos-cratera-ser-fechada,526474,0.htm

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