Votar limpo! É a melhor de todas as promessas com que a Justiça Eleitoral quer atrair o eleitor para as próximas urnas, na peça publicitária que está nos chamando a toda hora. Como na maioria das peças publicitárias, não pode garantir a promessa do benefício. Muita gente que "estava limpa" está enrolada. Demóstenes Torres é só um exemplo. Imaculado, até pintar o Carlinhos Tsunami na parada.
Mais montão de gente impoluta, importante, etc., está às voltas com o Supremo Tribunal Federal.
O deputado Feliciano, em vez de recolher-se, no tumulto em que se envolveu, decidiu atacar artistas que não concordam com que seja presidente da Comissão de Direitos Humanos, dizendo que vivem em um mundo paralelo ao mundo cristão, ao mundo evangélico.
Disse que "... o mundo evangélico nosso é um mundo nosso, é um mundo diferente" (credo! só eles estarão salvos?).
Dois deputados trocaram farpas de arame enferrujado. Segundo a revista Veja (edição 2317, página 47), um disse: "Você é torturador, deveria estar na cadeia, bandido." O outro: "Infelizmente eu não participei daquele regime. Se tivesse participado, você estava no saco, imbecil".
Tudo limpo!
Infelizmente, acho, ainda, que "votar limpo" é a melhor promessa que a Justiça Eleitoral pode fazer. As demais - a peça publicitária tenta dourar a pílula - escondem ameaças. Vamos lá:
"...assim você pode tirar passaporte, tomar posse em cargo público, fazer a matrícula na faculdade, e, claro, votar limpo".
Ou seja: se você não se acertar com a Justiça Eleitoral, não poderá tirar passaporte, nem tomar posse em cargo público, nem fazer a matrícula na faculdade. Nem mesmo estudar, atividade que deveria ser o sonho de consumo de qualquer governo que pudesse merecer um "G" maiúsculo.
Quanto a votar limpo, não sei se, não estando em dia, o eleitor ficará impedido de votar, limpo ou sujo. Acho que não. Do contrário, um montão de gente, que vota nulo ou em branco, facilitaria a tarefa. Simplesmente não ficaria em dia, pagava multas (acho que vale o conforto) e estaria liberado... digo, impedido de votar. Não precisaria mover uma palha.
Ora direis: mas se isto acontecer, os políticos irão fazer o que quiserem.
Desculpem-me, mas já estão fazendo.
Para continuarem assim é que têm de ter um baita medo de o eleitor não querer ir às urnas. Por isto o voto é obrigatório. Mediante ameaças (em outras informações, buscadas no googleI, estão explícitas): "não pode... não pode...".
Imagem: Meu Mundo Fitness.
http://doceeexplosiva.blogspot.com.br/2012/05/noticia-bombastica.html
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