1 de jun. de 2014

DIÁRIO DE UMA POMBINHA

Querido diário,

De manhãzinha, quando passei na árvore na qual meus garotos dormiram, não os vi lá. Deveriam estar procurando insetos para o café da manhã. Fui dar uma voltinha, porque não quero que se sintam vigiados. Têm de estar preparados para a liberdade.
Mais tarde, encontrei um sozinho, esperando pelo irmão. Devia estar já com o papinho cheio. Não demorou muito e o mais novo chegou. Ficou empoleirado perto do outro. Passaram os dias juntos, ora pertinho
ora separados por alguns ramos. Muito legal ver meus pimpolhos saudáveis e bem amiguinhos. Foi nessa hora que fiquei pousada no telhado, fingindo que dormia, mas com o olho muito aberto, curtindo meus filhotes. Enquanto não se soltarem de vez, não arredarei pé. Quero sentir que ainda sou útil e que posso protegê-los, mesmo desejando muito que se libertem e que saiam procurando uma companheira  cada um, para eu, um dia, curtir meus netinhos.



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