Morando em Uberlândia, tive oportunidade de conhecer, pessoalmente o "menino" Maurício Ricardo, em que vi um artista, desde então. Espirituoso e hábil, criou dois personagens amigos, Uru e Bu, publicando-os em tirinhas no jornal "Correio de Uberlândia". Achava que ele deveria "ganhar o mundo", com o talento que tinha. Achei ótimo quando o reencontrei na internet, charges.com.. Estava no mundo, sem sair de Uberlândia. Tendo estado com ele, há algum tempo, perguntei-lhe pela dupla. Vejo que acabou sendo substituída por novas ideias e novas ações.
Mais do que oportunidade, obtive a graça de Maurício Ricardo de ilustrar alguns escritos meus e uma ideia de charge (passo muito longe de desenhistas), "comemorativa" do aniversário da independência do Brasil, 1989. A moeda (preço do jornal) era o NCZ$ (Cruzado Novo, mil Cruzados, um tempinho antes mil Cruzeiros novos... símbolos daquela inflação terrível). Reproduzo-a aqui, sempre com agradecimentos pela generosidade do chargista, cartunista, músico, dublador... penso que se apertar ele celebra missa.
28 de jun. de 2018
27 de jun. de 2018
MEU PERSONAGEM NA COPA DE 2018 - UM SENHOR CAPITÃO
Impressionou-me muito uma atitude do capitão da seleção da Argélia - Yacine Brahimi - no jogo, ontem, contra a da Argentina. Nascido em Paris, tem dupla nacionalidade: francês e argelino, segundo informação que colhi na rede (pesquisa pelo nome).
Os argelinos haviam conseguido empatar o jogo. O empate era bastante mas um gol a mais afastaria o risco da desclassificação (que acabou vindo). Aí foi que um zagueiro argentino cabeceou uma bola dentro da área e da cabeça a bola tocou no braço. O argelino que participava da jogada partiu para cima do árbitro. Yacine avançou resoluto, afastou o companheiro e encarou o árbitro, com atitude serena. Algumas vezes teve de afastar, com o braço, o companheiro que insistia em discutir com o árbitro. Yacine mostrou a autoridade de Capitão da seleção argelina. Afastou delicadamente o companheiro, como quem diz: quem trata disto é o capitão do time. Com a mesma autoridade, pôs-se na frente de Mascherano, que se aproximava por trás, para parlamentar com o árbitro. Mascherano não insistiu. Pareceu entender: "isto é assunto para os capitães dos times". Messi, que era o capitão, não se aproximou. Yacine conversou calmamente com o juiz e, depois da negativa do pênalti, conformou-se.
Um senhor Capitão! Fez uma coisa que não se vê no futebol de hoje: apenas um atleta aproximar-se do juiz, para reclamar.
Impôs sua autoridade perante todos e foi respeitado pelo árbitro.
Elegi-o meu personagem da copa 2018. Poderá surgir, até o final, alguma outra atitude que engrandeça o atleta e o esporte. Mas não irá diminuir a grandeza da atitude do Capitão Yacine.
Foto: BRASIL GLOBAL TOUR.
http://www.goal.com/brasilglobaltour/en-ie/news/3908/main/2018/06/09/45407312/algeria-coach-madjer-and-captain-brahimi-hail-portugal-for-world-
Os argelinos haviam conseguido empatar o jogo. O empate era bastante mas um gol a mais afastaria o risco da desclassificação (que acabou vindo). Aí foi que um zagueiro argentino cabeceou uma bola dentro da área e da cabeça a bola tocou no braço. O argelino que participava da jogada partiu para cima do árbitro. Yacine avançou resoluto, afastou o companheiro e encarou o árbitro, com atitude serena. Algumas vezes teve de afastar, com o braço, o companheiro que insistia em discutir com o árbitro. Yacine mostrou a autoridade de Capitão da seleção argelina. Afastou delicadamente o companheiro, como quem diz: quem trata disto é o capitão do time. Com a mesma autoridade, pôs-se na frente de Mascherano, que se aproximava por trás, para parlamentar com o árbitro. Mascherano não insistiu. Pareceu entender: "isto é assunto para os capitães dos times". Messi, que era o capitão, não se aproximou. Yacine conversou calmamente com o juiz e, depois da negativa do pênalti, conformou-se.
Um senhor Capitão! Fez uma coisa que não se vê no futebol de hoje: apenas um atleta aproximar-se do juiz, para reclamar.
Impôs sua autoridade perante todos e foi respeitado pelo árbitro.
Elegi-o meu personagem da copa 2018. Poderá surgir, até o final, alguma outra atitude que engrandeça o atleta e o esporte. Mas não irá diminuir a grandeza da atitude do Capitão Yacine.
Foto: BRASIL GLOBAL TOUR.
http://www.goal.com/brasilglobaltour/en-ie/news/3908/main/2018/06/09/45407312/algeria-coach-madjer-and-captain-brahimi-hail-portugal-for-world-
24 de jun. de 2018
FUTEBOL FATOR DE MISCIGENAÇÃO: NÃO IMAGINAVA QUE CHEGARIA A TANTO!
Observando a copa do mundo 2018, vejo que há, no elenco da seleção francesa, mais pretos do que brancos. Lembrei-me da copa de 1958: nenhum preto na seleção francesa e, na brasileira, no início, um único, Didi, cujo reserva era Moacir, também preto. Não havia como escapar. A memória lembra a escalação: Gilmar, De Sordi, Belini, Orlando e Nilton Santos; Dino Sani e Didi; Joel, Mazzola, Dida e Zagalo. No andar da carruagem, a equipe foi sendo tingida: Zito no lugar de Dino Sani; Garrincha no lugar de Joel; Pelé no de Mazzola (Dida foi substituído por Vavá, no segundo jogo, tendo permanecido Mazzola); e para coroar, entrou Djalma Santos, no último jogo, no lugar de De Sordi. Deu no que deu! Lembro que Djalma Santos, que só participou do último jogo, foi para a seleção da FIFA como o melhor lateral direito da copa.
Fiquei observando as seleções europeias atuais. Todas com pretos nos times: alemã (!!!!), inglesa, belga, portuguesa, suíça. Poderá ter-me escapado alguma.
Fui pesquisar um pouco e achei: "Pela 1ª vez, jogadores negros serão maioria na final da Eurocopa" BLOG DO RAFAEL REIS (https://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2016/07/08/pela-1a-vez-jogadores-negros-serao-maioria-na-final-da-eurocopa/).
Comecei a conjecturar: terá sido esse processo de miscigenação, nas equipes europeias, tão doloroso como ocorreu no Brasil? Leio em "OS SUBTERRÂNEOS DO FUTEBOL", de João Saldanha:
Parece que a miscigenação no futebol, na Europa, não foi dolorosa como foi no Brasil. Não se vê notícia, em um tempo em que o alcance das notícias é muito maior do que em 1958. Vê-se que a situação mudou muito, a ponto de ocorrer o que se viu na Eurocopa: maioria de pretos.
Mas, realmente, não achava que chegaria a tanto, como vi nesta copa de 2018: argentinos (sem o concurso de um preto sequer em sua seleção) torceram para a seleção da Nigéria e comemoraram a vitória desta.
Procurei imagem da comemoração argentina e achei nenhuma! Mas vi pela tv, inclusive em luminoso. E encontrei texto de origem fidedigna:
Texto jornalístico: globo.com
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2018/06/vitoria-da-nigeria-contra-islandia-da-sobrevida-argentina.html
Imagem: UOL.
https://esporte.uol.com.br/futebol/copa-do-mundo/2018/noticias/2018/02/25/nigeria-longe-da-nigeria-selecao-tem-base-que-nunca-jogou-em-seu-pais.htm
Fiquei observando as seleções europeias atuais. Todas com pretos nos times: alemã (!!!!), inglesa, belga, portuguesa, suíça. Poderá ter-me escapado alguma.
Fui pesquisar um pouco e achei: "Pela 1ª vez, jogadores negros serão maioria na final da Eurocopa" BLOG DO RAFAEL REIS (https://blogdorafaelreis.blogosfera.uol.com.br/2016/07/08/pela-1a-vez-jogadores-negros-serao-maioria-na-final-da-eurocopa/).
Comecei a conjecturar: terá sido esse processo de miscigenação, nas equipes europeias, tão doloroso como ocorreu no Brasil? Leio em "OS SUBTERRÂNEOS DO FUTEBOL", de João Saldanha:
"Quantas vezes, no Botafogo, e isto também acontece em outros clubes brasileiros, fui surpreendido por um diretor me pedindo: 'João, vê se dá um jeito nisto e manda esses crioulos saírem da sede. Não pode, não é?' ... Lembrava, também, que aquele diretor que falava muitas vezes entrava em campo depois da grande vitória e abraçava-se a todo o time, brancos ou pretos, que tinham terminado o jogo suarentos e fedidos. Tais contrastes são uma constante na política de alguns clubes e influem até nas contratações (menciona um caso).
..................................................................
Alguns clubes resistiam. No Rio de Janeiro, Fluminense, Botafogo e Flamengo não admitiam de forma alguma que negro vestisse sua camisa. Mas o Vasco, representando o espírito do comércio de secos e molhados, comércio em contato permanente com o público em geral, já desde 1923, surgira como grande potência e não fazia restrição de espécie alguma. Fazê-las seria a própria ruína do comércio que lida com o povo. Bangu, Andaraí (Fábrica Bangu e Fábrica Confiança) tampouco o faziam. O Sírio-Libanês, também de comerciantes em contato com o público, e os clubes suburbanos não faziam restrição alguma. § Em São Paulo, o Palmeiras resistia. O Paulistano, clube do Jardim Paulista, preferiu fechar sua seção de futebol a ter de aceitar preto em seu time. No Rio Grande do Sul, o Grêmio Porto-Alegrense também era intransigente. No Paraná, o Atlético e o Coritiba não aceitavam negros. Em Minas, Atlético e América; na Bahia, o Baiano Tênis, que procedeu como o Paulistano: fechava mas não transigia. Em Pernanbuco, o Náutico; no Ceará, o Manguari; no Pará, o Remo, e assim por diante: em cada Estado da Federação havia clubes aristocráticos que não deixavam os pretos jogarem. § A única forma de contornar a questão era adotar o profissionalismo. Os jogadores seriam empregados dos clubes, tratados como tal e não haveria mistura." (itálicos no original).
Parece que a miscigenação no futebol, na Europa, não foi dolorosa como foi no Brasil. Não se vê notícia, em um tempo em que o alcance das notícias é muito maior do que em 1958. Vê-se que a situação mudou muito, a ponto de ocorrer o que se viu na Eurocopa: maioria de pretos.
Mas, realmente, não achava que chegaria a tanto, como vi nesta copa de 2018: argentinos (sem o concurso de um preto sequer em sua seleção) torceram para a seleção da Nigéria e comemoraram a vitória desta.
Procurei imagem da comemoração argentina e achei nenhuma! Mas vi pela tv, inclusive em luminoso. E encontrei texto de origem fidedigna:
"Em Buenos Aires, parecia até que era jogo da Argentina. Do lado de fora do treino da seleção, na Rússia, os jornalistas argentinos vibraram pela televisão. § A festa é porque o resultado ajudou a seleção argentina no Grupo D".
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2018/06/vitoria-da-nigeria-contra-islandia-da-sobrevida-argentina.html
Imagem: UOL.
https://esporte.uol.com.br/futebol/copa-do-mundo/2018/noticias/2018/02/25/nigeria-longe-da-nigeria-selecao-tem-base-que-nunca-jogou-em-seu-pais.htm
23 de jun. de 2018
POR TRÁS DA TECNOLOGIA. VAI RESOLVER NO FUTEBOL?
A tecnologia veio para resolver tudo. Estará resolvendo tudo? Vamos lá.
No trânsito, temos multas aplicadas por "pardais". Substituem o guarda? Só para multar, nunca para proteger o cidadão (dupla função do guarda). No Judiciário, resolve? Parece que dá maior celeridade: o advogado pode estar na China e peticionar em Minas Gerais. É o máximo? Ainda não. As coisas andam depressa até chegar em um camarada chamado juiz. Acumula tudo ali, porque juiz não é robô.
Vamos ao futebol: vários pênaltis foram marcados com ajuda do (ou a?) tal VAR. Acabou desagradando brasileiros que viram anulado o que todos acharam pênalti no Neymar. Não vou discutir este. Reservo-me para o próximo.
Hoje, no jogo Suécia x Alemanha, voltou a desagradar. Achei (como os comentaristas brasileiros) nítido o empurrão do zagueiro alemão, com o braço nas costas do sueco. Os comentaristas e o Gaciba (desembargador de lances duvidosos) só denunciaram isto. Gaciba achou que, por baixo, o alemão buscou a bola. Mas achei que a bola estava no pé direito do sueco e o alemão tentou buscá-la pelo lado da perna esquerda do adversário. Fisicamente impossível a tentativa, portanto. Penso que foi pênalti por cima e por baixo.
Apesar de todos esses achares, nem o juiz nem o (a) VAR achou. Lance normal.
O que está atrás da tecnologia é um ser humano, que os tecnólogos buscam substituir, em nome da perfeição. Que, a meu ver, ainda não está dando as caras.
Nota: acho tecnologia o maior barato. Acho extraordinário o cara tirar uma foto aqui e ela estar na China em poucos segundos. Mas ainda não me consegui conformar à substituição do ser humano. Que tal tentar aperfeiçoá-lo? Ou será "missão impossível"?
Imagem: TORCEDORES.
https://www.torcedores.com/noticias/2017/04/europa-arbitro-de-video?enable-feature=new_layout
No trânsito, temos multas aplicadas por "pardais". Substituem o guarda? Só para multar, nunca para proteger o cidadão (dupla função do guarda). No Judiciário, resolve? Parece que dá maior celeridade: o advogado pode estar na China e peticionar em Minas Gerais. É o máximo? Ainda não. As coisas andam depressa até chegar em um camarada chamado juiz. Acumula tudo ali, porque juiz não é robô.
Vamos ao futebol: vários pênaltis foram marcados com ajuda do (ou a?) tal VAR. Acabou desagradando brasileiros que viram anulado o que todos acharam pênalti no Neymar. Não vou discutir este. Reservo-me para o próximo.
Hoje, no jogo Suécia x Alemanha, voltou a desagradar. Achei (como os comentaristas brasileiros) nítido o empurrão do zagueiro alemão, com o braço nas costas do sueco. Os comentaristas e o Gaciba (desembargador de lances duvidosos) só denunciaram isto. Gaciba achou que, por baixo, o alemão buscou a bola. Mas achei que a bola estava no pé direito do sueco e o alemão tentou buscá-la pelo lado da perna esquerda do adversário. Fisicamente impossível a tentativa, portanto. Penso que foi pênalti por cima e por baixo.
Apesar de todos esses achares, nem o juiz nem o (a) VAR achou. Lance normal.
O que está atrás da tecnologia é um ser humano, que os tecnólogos buscam substituir, em nome da perfeição. Que, a meu ver, ainda não está dando as caras.
Nota: acho tecnologia o maior barato. Acho extraordinário o cara tirar uma foto aqui e ela estar na China em poucos segundos. Mas ainda não me consegui conformar à substituição do ser humano. Que tal tentar aperfeiçoá-lo? Ou será "missão impossível"?
Imagem: TORCEDORES.
https://www.torcedores.com/noticias/2017/04/europa-arbitro-de-video?enable-feature=new_layout
22 de jun. de 2018
O NEYMAR FOI BEM. MAS O TIME SE MEXEU O QUE NÃO TINHA MEXIDO CONTRA A SUÍÇA
Não foi resultado só das substituições. De fato, Douglas Costa entrou muito bem, fez o time mais agressivo. Observe-se, entretanto, que, em vários momentos, foi visto pelo meio, desde o seu campo, enquanto que Philippe Coutinho fazia o lado direito. Nessa onda, até Neymar deslocou-se mais para o centro, de onde chutou algumas vezes.
Tudo diferente do que ocorrera contra a Suíça: Neymar correndo no mesmo setor do campo, sem sucesso.
Voltei a lembrar-me do bordão de Fernando Sasso: "quem pede recebe; quem desloca tem preferência". Devia ser considerado uma máxima do futebol bem jogado.
Imagem: O DIA.
https://odia.ig.com.br/esporte/2018/05/5542784-alem-de-fagner-douglas-costa-sente-a-coxa-e-e-duvida-para-amistoso-contra-croacia.html
Tudo diferente do que ocorrera contra a Suíça: Neymar correndo no mesmo setor do campo, sem sucesso.
Voltei a lembrar-me do bordão de Fernando Sasso: "quem pede recebe; quem desloca tem preferência". Devia ser considerado uma máxima do futebol bem jogado.
Imagem: O DIA.
https://odia.ig.com.br/esporte/2018/05/5542784-alem-de-fagner-douglas-costa-sente-a-coxa-e-e-duvida-para-amistoso-contra-croacia.html
21 de jun. de 2018
QUAL NEYMAR TEREMOS AMANHÃ?
Pinimba com o Neymar? Tenho sim, uai! Não vou desfiar aqui, mas penso que
desde aquele ato público de indisciplina com Dorival Júnior, por causa de um pênalti que o treinador não o deixou bater, culminando com a dispensa do treinador, porque queria punição, até agora, tenho visto comportamentos públicos em campo nada animadores de Neymar. Daí, penso que craque não é o cara que "sabe tudo de bola", mas aquele que sabe, além disto, tudo de futebol, de regras de disciplina, de convivência e de comedimento, etc, etc...
Nem vou discutir a atuação de Neymar nem o seu novo visual no jogo contra a seleção da Suíça. Acho que Tite tem um quê de responsabilidade na má atuação de Neymar. Todo mundo viu que nada estava rendendo e o atleta seguiu jogando do mesmo jeito por que começou. Mostrada a parte do campo em que foi registrada a maior frequência da passagem dele, durante o jogo, viu-se que andou sempre pelo lado esquerdo, entre área delimitada pela grande área brasileira e a zona de ataque. Não vi orientação que pudesse mudar as coisas.
Por que, então, a dúvida sobre "qual"?
Não vou cair na asneira de dizer que Neymar não sabe jogar muito bem. Mas, pelo que tenho visto dele, em campo e fora, penso que é instável. E acho que isto é determinante na seleção brasileira.
Mas não acho que a seleção joga mais com Neymar do que sem ele. Penso que Neymar tem potencial para os opostos: se joga bem, se é produtivo, o time ganha muito com a presença dele; se joga mal, se é improdutivo, o time perde muito com isto.
Para mim, a equação é esta. Tanto poderá ocorrer grande ganho quanto grande perda.
Vejamos qual Neymar teremos amanhã.
Imagem: TORCEDORES.
https://www.torcedores.com/noticias/2018/06/brasil-x-costa-rica-online?enable-feature=new_layout
desde aquele ato público de indisciplina com Dorival Júnior, por causa de um pênalti que o treinador não o deixou bater, culminando com a dispensa do treinador, porque queria punição, até agora, tenho visto comportamentos públicos em campo nada animadores de Neymar. Daí, penso que craque não é o cara que "sabe tudo de bola", mas aquele que sabe, além disto, tudo de futebol, de regras de disciplina, de convivência e de comedimento, etc, etc...
Nem vou discutir a atuação de Neymar nem o seu novo visual no jogo contra a seleção da Suíça. Acho que Tite tem um quê de responsabilidade na má atuação de Neymar. Todo mundo viu que nada estava rendendo e o atleta seguiu jogando do mesmo jeito por que começou. Mostrada a parte do campo em que foi registrada a maior frequência da passagem dele, durante o jogo, viu-se que andou sempre pelo lado esquerdo, entre área delimitada pela grande área brasileira e a zona de ataque. Não vi orientação que pudesse mudar as coisas.
Por que, então, a dúvida sobre "qual"?
Não vou cair na asneira de dizer que Neymar não sabe jogar muito bem. Mas, pelo que tenho visto dele, em campo e fora, penso que é instável. E acho que isto é determinante na seleção brasileira.
Mas não acho que a seleção joga mais com Neymar do que sem ele. Penso que Neymar tem potencial para os opostos: se joga bem, se é produtivo, o time ganha muito com a presença dele; se joga mal, se é improdutivo, o time perde muito com isto.
Para mim, a equação é esta. Tanto poderá ocorrer grande ganho quanto grande perda.
Vejamos qual Neymar teremos amanhã.
Imagem: TORCEDORES.
https://www.torcedores.com/noticias/2018/06/brasil-x-costa-rica-online?enable-feature=new_layout
20 de jun. de 2018
UM ÁRBITRO DE RESPEITO. OU QUASE!
Uma cena inusitada, no jogo Alemanha x México: um jogador alemão foi reclamar com o juiz e "chegou junto". Peito com peito. O juiz, calmo, empalmou as duas mãos no peito do alemão e afastou-o, delicadamente, mas com firmeza, até uma distância mínima de respeito entre pessoas.
Achei que, a partir dali, o juiz seria rigoroso com essas chegadas para reclamar, principalmente, "de turminha". Entendo que, quando avançam "de turminha", o juiz já deve receber todos com o amarelo no alto, fazendo sinal de geral, e com a mão no bolso do vermelho. Não posso conceber o futebol com essas atitudes de jogadores, para reclamações.
Mas não foi bem assim. Embora o jogo não tenha sido tumultuado, houve muita chegança de jogadores, algumas vezes em bolo.
No episódio, achei até que ficou barato: penso que o ato de afastar o atleta reclamão até a distância mínima de respeito deveria ter sido seguido de cartão amarelo. Não é fácil colocar o futebol em nível adequado de educação esportiva.
Imagem: YouTube.
https://www.youtube.com/watch?v=Q2mGBHDA-xE
Não foi essa a cena. Mas dá para ver a frequência das atitudes de reclamações. Andam reclamando até do árbitro de vídeo! |
Mas não foi bem assim. Embora o jogo não tenha sido tumultuado, houve muita chegança de jogadores, algumas vezes em bolo.
No episódio, achei até que ficou barato: penso que o ato de afastar o atleta reclamão até a distância mínima de respeito deveria ter sido seguido de cartão amarelo. Não é fácil colocar o futebol em nível adequado de educação esportiva.
Imagem: YouTube.
https://www.youtube.com/watch?v=Q2mGBHDA-xE
18 de jun. de 2018
O "EMPURRÃO" SOBRE MIRANDA (EDITADO APÓS SÃO PAULO 0 X 0 GALO)
EDITANDO EM 19/07/2022.
Não comentei o jogo no brasileirão porque pensei que poderia ter visto de mais. Atleticanos reclamaram de dois pênaltes. Vi três possibilidades. Comento apenas a que os atleticanos não acusaram. Foi num lance envolvendo Igor Rabelo e Miranda. Bola alta na área, saltam os dois, Miranda com os dois braços sobre os ombros de Igor Rabelo, pressionando para baixo e retirando os braços rapidamente. Igor tenta um "passe de peito" para Zaracho, a bola cai um pouco à frente deste. Ninguém achou falta e um comentarista disse que o agarrão de Miranda não interferiu porque Igor fez o passe. Só que o passe saiu imperfeito e não se pode afirmar que não tivesse saído favorável, se Igor não tivesse sofrido falta (comentaristas acham que a tal disputa por espaço pode ser de qualquer jeito e justificam quando acham que não chegou a deslocar o adversário; remeto-me ao basquete: um simples toque no braço do adversário arremessando vale dois "pênaltes", já que, na mão daqueles caras, são dois pontos). O lance remeteu-me também à crônica que estou editando, lembrava-me que havia escrito sobre o mesmo Miranda praticando falta dentro da área. Observo muito certos jogadores e Miranda é um deles, pelas faltas que faz, no início da jogada, e afastando-se no final, mas conseguindo o efeito de atrapalhar a jogada. Encontrei esta crônica agora e estou comparando as situações.
Meu pensamento imediato: não basta um árbitro e dois ou quatro auxiliares. Arranjaram mais um árbitro para dele também reclamarem os jogadores. Como jogadores reclamam, sô! E os treinadores! Assisti, há alguns dias, em comentários esportivos, uma referência a Mano Menezes, dizendo que, segundo ele, os treinadores modernos preocupam-se muito com os árbitros. Logo o Mano Menezes?!!!! Mas ele não dá sossego a árbitros, uai! Não foram poucas as vezes em que foi advertido, cara a cara e, algumas delas, descartado.
Mas vamos ao tema.
O suíço empurrou Miranda? Empurrou. As repetições do lance mostraram claramente. Empurrão? Não! De leve. Muda tudo? Penso que aí fica polêmico. Miranda foi deslocado. Então o gol não poderia ter sido confirmado? Há controvérsias, pelo menos comigo. As repetições mostraram mais: uma ação de Miranda, antes de ter sido empurrado.
Todos os comentaristas que ouvi só falaram no "empurrão" do suíço. Exceto um: Maurício Noriega, que tratou do que também observei. Disse mais ou menos o seguinte: Miranda fez o certo e colocou o braço para trás, para "medir distância". Se aquilo é "para medir distância", então o futebol está definitivamente na era da "disputa por espaço", qualquer que seja o modo de disputar espaço. Parece uma expressão mágica, para excluir a possibilidade de falta.
Vejamos: a repetição do lance mostrou o suíço Zuber caminhando "sorrateiramente" entre brasileiros, parecendo que estes não o notaram. Uns quatro, até chegar atrás de Miranda. Enquanto Zuber movimentava-se, Miranda fazia o mesmo, olhando para trás, parecendo orientar os colegas. Quando Zuber aproximou-se de Miranda, este estendeu o braço para trás e colocou a mão no peito do adversário. Para mim, não estava "medindo distância" mas obstruindo o adversário. Não me pareceu pênalti, mas poderia ter evoluído para tal, se Zuber tivesse insistido no avanço. Mas merecia, pelo menos, um tiro indireto: obstrução. Só que, na prática, isto não existe mais. A tal de "disputa por espaço" (invenção não sei de quem) justifica todo "agarra-agarra", toda imposição de braço para impedir que o adversário chegue à jogada... Mas, se o juiz tivesse dado obstrução, teria beneficiado o infrator. O que vi, então? O Zuber, provavelmente sabendo que a obstrução de Miranda daria em nada, preferiu afastá-lo para a frente, com as duas mãos. Só o suficiente para eliminar a obstrução. Pela mesma forma com que, na famosa zona do agrião, atletas se empurram quando um adversário, "amorosamente", passa-lhes as mãos nas costas, pela cintura, uma prévia de puxar-largar camisa ou calção.
Deu no que deu: o deslocamento foi pouco e ficou por isso mesmo. Como havia ficado por isso mesmo a obstrução. E o gol acabou valendo.
Mas.. e o pênalti em Gabriel Jesus? Acho que foi. Mas é a mesma estória: "disputa por espaço". Vi mais de dois "agarrões" como aquele, nestes poucos dias de copa. Todos passaram de liso. Como têm passado de liso os muitos "agarrões" que pululam nas telinhas e nas telonas.
No mais, o Brasil jogou muito abaixo do que todo mundo esperava. E não sei se está no nível em que muitos o colocam. É preciso provocar euforia, uai! E vamos torcer!
Ainda gosto muito de futebol. Mas acho que o que temos por aí é outro jogo.
Imagem: R7 NA COPA.
https://esportes.r7.com/copa-2018/brasil-so-empata-com-suica-em-estreia-na-copa-da-russia-17062018
16 de jun. de 2018
COPA DO MUNDO: COMEÇO POR NÃO GOSTAR DA ARGENTINA
Nem vou falar do futebol. Penso que, jogando contra a seleção da Islândia, os argentinos tinham de ter mostrado mais. Nem técnica apurada, nem tática e - fator positivo - nem violência. Um empate que deve ter incomodado muito os argentinos. Penso que ficaram naquela de esperar Messi resolver. Não resolveu. Para mim, mais por mérito do goleiro da Islândia - Halldórsson - que defendeu o pênalti cobrado por Messi. Não foi bem batido, nem foi em cima do goleiro que, afinal, viu-se na contingência de manter um equilíbrio extra, superar a expectativa de uma cobrança de um dos melhores do mundo. Saiu vencedor.
No entanto, o que me incomodou no jogo foi a atitude do técnico da seleção argentina Jorge Sampaoli, ao término do jogo: foi saindo rápido e de fininho, esquivando-se e acabando por quase não receber o aperto de mão que lhe dirigiu o técnico da seleção da Islândia H. Hallgrimsson, quando este se aproximou para cumprimentá-lo.
Não vi comentário sobre a cena, pode ser que, por interesses de reportagem, tivesse passado despercebida. Para mim, pegou muito mal.
Imagem: iStock
https://www.istockphoto.com/br/foto/argentina-isl%C3%A2ndia-grupo-d-s%C3%A1bado-16-junho-futebol-copa-do-mundo-r%C3%BAssia-2018-bandeiras-gm946521252-258476279
No entanto, o que me incomodou no jogo foi a atitude do técnico da seleção argentina Jorge Sampaoli, ao término do jogo: foi saindo rápido e de fininho, esquivando-se e acabando por quase não receber o aperto de mão que lhe dirigiu o técnico da seleção da Islândia H. Hallgrimsson, quando este se aproximou para cumprimentá-lo.
Não vi comentário sobre a cena, pode ser que, por interesses de reportagem, tivesse passado despercebida. Para mim, pegou muito mal.
Imagem: iStock
https://www.istockphoto.com/br/foto/argentina-isl%C3%A2ndia-grupo-d-s%C3%A1bado-16-junho-futebol-copa-do-mundo-r%C3%BAssia-2018-bandeiras-gm946521252-258476279
15 de jun. de 2018
NAS LETRAS DE NOSSAS CANÇÕES - JÁ FUI UMA BRASA
"Quem sabe de mim é meu violão."
Adoniran Barbosa em "Já Fui Uma Brasa".
Para ouvir com o autor: letras.
https://www.letras.mus.br/adoniran-barbosa/188497/
Imagem: VILA DE UTOPIA.
https://www.viladeutopia.com.br/as-musicas-de-adoniran-barbosa-viram-patrimonio-cultural-de-sao-paulo/
10 de jun. de 2018
NEM FANTASMA!
Era o jogo da seleção brasileira com a austríaca. Estava eu deitado, assistindo. Minha mulher fuxicando o celular, de costas para a televisão. A cada narrativa de lance que poderia resultar em gol, emitia um som quase de susto. Não me agüentei:
_ De costas para a TV e reagindo?
_ Sim, ora. Estou sentindo o que acontece.
_ De costas para a TV? Nunca vi isso na minha vida. Olha: nem o Chico Xavier!
Imagem: UOL educação/Biografias.
https://educacao.uol.com.br/biografias/chico-xavier.htm
_ De costas para a TV e reagindo?
_ Sim, ora. Estou sentindo o que acontece.
_ De costas para a TV? Nunca vi isso na minha vida. Olha: nem o Chico Xavier!
Imagem: UOL educação/Biografias.
https://educacao.uol.com.br/biografias/chico-xavier.htm
SERÁ O FIM DA PATRIOTADA? GABRIEL JESUS ESTAVA IMPEDIDO, SIM!
Os melhores comentaristas de futebol costumam não escapar da patriotada. Hoje, no jogo as seleções do Brasil e da Áustria, quando Gabriel Jesus marcou o primeiro gol, veio logo a dúvida: estava em posição irregular? Aí começaram as repetições do lance e os comentários. Lédio Carmona - que me parece o guru dos comentaristas da SporTV - argumentou que ocorrera um desvio da bola, tocando em um austríaco e que, por isto, o brasileiro não estava impedido. O narrador Luiz Carlos Jr. fincou pé e disse que estava sim. Seja porque o desvio não criou uma nova jogada (argumento de Lédio), seja porque, mesmo que tivesse criado, a posição de Gabriel ainda assim era irregular.
Para mim, pura patriotada do Lédio. Como é costume acontecer no ambiente. Mas o Luiz Carlos insistiu e demonstrou. Quase desenhou.
Costumo dizer que profissionais da imprensa futebolística costumam concorrer para feiura que anda assolando o futebol, em várias circunstâncias. Alguns conseguem evitar esse caminho. Mas isto é outro papo.
Penso que, com o advento do "desafio" (penso que irá valer para impedimento), as patriotadas tenderão a diminuir. Afinal, os patriotas acabarão tendo de encarar as realidades.
No entanto, uma coisa que considero muito mais importante, para buscar um futebol mais eficiente, não foi comentada: na jogada anterior àquela, três jogadores da seleção brasileira acabaram muito próximos da linha de fundo. A volta foi muito lenta, de modo que, tendo um brasileiro recuperando a bola, ainda próximo, os três ficaram impedidos. Isto não é raro.
Penso que a análise técnica desse fato é muito mais importante, para um puxão de orelhas do Tite: voltar logo, para não ficar impedido.
Imagem: depositphotos.
https://br.depositphotos.com/39862183/stock-photo-two-butterflies-with-flags-of.html
Para mim, pura patriotada do Lédio. Como é costume acontecer no ambiente. Mas o Luiz Carlos insistiu e demonstrou. Quase desenhou.
Costumo dizer que profissionais da imprensa futebolística costumam concorrer para feiura que anda assolando o futebol, em várias circunstâncias. Alguns conseguem evitar esse caminho. Mas isto é outro papo.
Penso que, com o advento do "desafio" (penso que irá valer para impedimento), as patriotadas tenderão a diminuir. Afinal, os patriotas acabarão tendo de encarar as realidades.
No entanto, uma coisa que considero muito mais importante, para buscar um futebol mais eficiente, não foi comentada: na jogada anterior àquela, três jogadores da seleção brasileira acabaram muito próximos da linha de fundo. A volta foi muito lenta, de modo que, tendo um brasileiro recuperando a bola, ainda próximo, os três ficaram impedidos. Isto não é raro.
Penso que a análise técnica desse fato é muito mais importante, para um puxão de orelhas do Tite: voltar logo, para não ficar impedido.
Imagem: depositphotos.
https://br.depositphotos.com/39862183/stock-photo-two-butterflies-with-flags-of.html
9 de jun. de 2018
TENENTE MARÇAL NÃO FALAVA MAL DE SUPERIOR
Uma das prescrições regulamentares mais sérias era "dirigir-se ou referir-se a superior de modo desrespeitoso". Mais ou menos isso, o que significava, para nós "é proibido falar mal de superior".
Marçal não falava. Se alguém lhe perguntasse, por exemplo: "conhece o Major Fulano?", e tivesse resposta afirmativa, vinha com a segunda pergunta: "o que você acha dele?". Marçal respondia, sem titubear: "Até quando ele era Primeiro Tenente, era muito ruim de serviço". E mais não dizia. Nem no pau de arara.
8 de jun. de 2018
ACHO CADA VEZ MAIS CONFUSO O FUTEBOL. DO JOGO AOS COMENTARISTAS.
Assisti a uma cena do Fla x Flu, ontem, de modo de comemoração de gol, que já comentei antes, achando negativo, por incompatível com reiteradas declarações de vontade de ter paz no futebol (http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com/2017/08/comemoracoes-de-gols-nao-sao-de-paz.html).
Foi no gol de pênalti do Henrique Dourado. Os narradores e até comentaristas já se acostumaram a chamá-lo de "Ceifador". Ontem, após o gol, Henrique dirigiu-se à linha de fundo "amolando" a "cimitarra" no braço esquerdo. Em seguida, juntaram-se a ele uns seis jogadores do Flamengo, em comemoração, todos fazendo o gesto de degolar alguém.
Hoje, assistindo ao programa "Seleção", ouvi comentários sobre certas firulas que a "garotada do Flamengo" andou fazendo ontem, sem objetividade, alguns achando que é abuso e que pode transmitir à torcida a mensagem de que esse abuso merece "dedo na cara". Parece, pois, que tenho alguma razão no achar que a imitação de degolas possa transmitir à torcida ideia de violência. Depois, falaram pouco, sobre a "degola". Realmente não acompanhei, porque me incomoda. Penso que, se quisermos paz no futebol - e de um modo geral - não devemos ouvir nem falar em "matador", "ceifador" e coisas que tais. Não fica bem o jogador, depois de comemorar assim, ajoelhar-se no gramado e levantar os dedos para o céu, em sincera prece.
Na seqüência, os comentaristas abordaram um fato deveras curioso acontecido no jogo América Mineiro x Atlético Mineiro: o juiz autorizou o início do segundo tempo, com a falta de dois jogadores do Atlético. O treinador do Atlético exasperou-se com "a falha do juiz", ficou macho, deu um chutão na bola e acabou expulso. Os comentaristas, à unanimidade, acharam que faltou bom senso ao juiz; que a regra permite o jogo com oito ou mais jogadores em campo, mas ele deveria ter tido - repito - bom senso e contado os jogadores e, dando pela ausência de dois, esperado. Ora bolas! Por que é que se acusa o juiz de falta de bom senso, quando cumpre o regulamento? Bom senso deveria ter tido o treinador do Atlético, primeiro conhecendo a regra (a ignorância é a mãe da coragem), posto que se trata de obrigação profissional, e segundo, por outro dever de ofício, ver se sua equipe chega inteira ao início do jogo. Não pode transferir essa obrigação. Nem os comentaristas poderiam ter apontado o dedo para o juiz, mesmo afirmando que o mesmo agiu conforme o regulamento (sopraram e bateram). Quero ver é no dia em que um juiz deixar de apitar um pênalti a favor de seu clube, ou apitar contra, e depois alegar que agiu com bom senso.
Notas do cadikim:
1) Penso que se o Brasil for desclassificado na primeira fase, esse povo todo vai gastar programas apontando os erros que estão impedindo o progresso do nosso futebol. Mas enquanto é "um dos favoritos ao título", podem promover erros à vontade.
2) Estou certo de que um certo parafuso meu está (ou é, definitivamente) desregulado. Três vezes, escrevendo o nome do clube da gávea, digitei "flamento". Não sei se lamentando a cena que reprovei. Do mesmo jeito com que, várias vezes, escrevendo o nome do Banco do Brasil, digitei, "Bando" do Brasil. Não sei por quê, mas os dedos se trocam, sem que eu consiga dominá-los.
Imagem: Viajo Nas Idéias.
https://viajonasideias.wordpress.com/2011/03/11/rivalidade-no-futebol/
Foi no gol de pênalti do Henrique Dourado. Os narradores e até comentaristas já se acostumaram a chamá-lo de "Ceifador". Ontem, após o gol, Henrique dirigiu-se à linha de fundo "amolando" a "cimitarra" no braço esquerdo. Em seguida, juntaram-se a ele uns seis jogadores do Flamengo, em comemoração, todos fazendo o gesto de degolar alguém.
Hoje, assistindo ao programa "Seleção", ouvi comentários sobre certas firulas que a "garotada do Flamengo" andou fazendo ontem, sem objetividade, alguns achando que é abuso e que pode transmitir à torcida a mensagem de que esse abuso merece "dedo na cara". Parece, pois, que tenho alguma razão no achar que a imitação de degolas possa transmitir à torcida ideia de violência. Depois, falaram pouco, sobre a "degola". Realmente não acompanhei, porque me incomoda. Penso que, se quisermos paz no futebol - e de um modo geral - não devemos ouvir nem falar em "matador", "ceifador" e coisas que tais. Não fica bem o jogador, depois de comemorar assim, ajoelhar-se no gramado e levantar os dedos para o céu, em sincera prece.
Na seqüência, os comentaristas abordaram um fato deveras curioso acontecido no jogo América Mineiro x Atlético Mineiro: o juiz autorizou o início do segundo tempo, com a falta de dois jogadores do Atlético. O treinador do Atlético exasperou-se com "a falha do juiz", ficou macho, deu um chutão na bola e acabou expulso. Os comentaristas, à unanimidade, acharam que faltou bom senso ao juiz; que a regra permite o jogo com oito ou mais jogadores em campo, mas ele deveria ter tido - repito - bom senso e contado os jogadores e, dando pela ausência de dois, esperado. Ora bolas! Por que é que se acusa o juiz de falta de bom senso, quando cumpre o regulamento? Bom senso deveria ter tido o treinador do Atlético, primeiro conhecendo a regra (a ignorância é a mãe da coragem), posto que se trata de obrigação profissional, e segundo, por outro dever de ofício, ver se sua equipe chega inteira ao início do jogo. Não pode transferir essa obrigação. Nem os comentaristas poderiam ter apontado o dedo para o juiz, mesmo afirmando que o mesmo agiu conforme o regulamento (sopraram e bateram). Quero ver é no dia em que um juiz deixar de apitar um pênalti a favor de seu clube, ou apitar contra, e depois alegar que agiu com bom senso.
Notas do cadikim:
1) Penso que se o Brasil for desclassificado na primeira fase, esse povo todo vai gastar programas apontando os erros que estão impedindo o progresso do nosso futebol. Mas enquanto é "um dos favoritos ao título", podem promover erros à vontade.
2) Estou certo de que um certo parafuso meu está (ou é, definitivamente) desregulado. Três vezes, escrevendo o nome do clube da gávea, digitei "flamento". Não sei se lamentando a cena que reprovei. Do mesmo jeito com que, várias vezes, escrevendo o nome do Banco do Brasil, digitei, "Bando" do Brasil. Não sei por quê, mas os dedos se trocam, sem que eu consiga dominá-los.
Imagem: Viajo Nas Idéias.
https://viajonasideias.wordpress.com/2011/03/11/rivalidade-no-futebol/
6 de jun. de 2018
EPHIGENIA CHRISTÓFARO - FIFI EM POESIA
Gosto dele porque é simples,
É sincero,
É verdadeiro,
É ele.
Gosto dele por sua meiguice,
Por seu jeito,
Por seu olhar,
Por ser ele.
Gosto dele porque é criança,
Porque é adulto,
Porque é maduro,
Porque é ele.
Gosto dele por gostar das coisas belas,
Das coisas simples,
Das coisas puras,
Das coisas dele.
Gosto dele por ser meu,
Por não ser meu,
Por ser de todos,
Por ser somente dele.
Gosto dele mais do que tudo,
Mais do que todos,
Mais do que eu,
Mais do que ele próprio.
Fifi é a mais velha das três filhas do blogueiro. Escreveu essa poesia em 16/06/1982. Escreveu outras mas deixou tudo na moita e parece que não as tem mais. Achei esta entre meus papéis. Não é produto de furto. Está copiada com a minha letra.
Imagem: Copiei do facebook da Fifi.
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