Os narradores do jogo, pelo Sport TV insinuaram malandragem. Ronaldinho Gaúcho foi tomar da água de Rogério Ceni que, delicadamente, segurou uma coisa parecida com toalha, enquanto ele bebia. Ronaldinho encheu a boca, esvaziou-a, tornou a sorver o líquido. Devolveu a garrafa a Rogério e saiu andando, parecendo até distraído. De repende, começou a correr, sem muita velocidade. Acelerou e foi encontrar uma bola lançada de lateral. Recebeu absolutamente só, dominou com técnica, na ponta do pé, olhou o meio e entregou na bandeja para Jô marcar.
Não me pareceu malandragem. Pela TV, só vi quando a bola ia em sua direção. Nas repetições, vi que, após devolver o vasilhame, Ronaldinho não saiu correndo rápido, nem fez gestos para alguém passar-lhe a bola. Iniciou uma corrida lenta, só acelerando pouco depois. Penso que a aceleração coincidiu com a percepção de que a bola podia ser-lhe lançada.
Sorte também não foi, penso, contrariando a versão do próprio Ronaldinho. Não foi por sorte que a bola foi lançada para ele. Quem cobrou o lateral viu que estava sozinho, quase na linha de fundo, não havendo impedimento nesse tipo de lance. A cobrança do lateral foi consciente. Nada de sorte.
Oportunismo, sim. Quando viu que poderia receber a bola, Ronaldinho apressou-se.
Técnica, também: recepção perfeita, exploração visual do espaço e precisão no passe.
Não foi lance que aconteça em todo jogo. Se acontecer, o craque tem de estar preparado para aproveitar.
Foto: ESPN.
https://www.espn.com.br/historias-da-bola/artigo/_/id/6945952/ex-atletico-mg-revela-que-ronaldinho-queria-bater-penalti-de-cavadinha-na-final-da-libertadores-ia-matar-todos-do-coracao
Nenhum comentário:
Postar um comentário