Na verdade, um montão de coisas, apenas para servir como reforço. Como tem proliferado essa forma de expressão. Só hoje ouvi duas vezes: primeiro, uma explicação sobre um fato, iniciada com "na verdade...". Depois, vendo matéria no deserto do Atacama, a narradora tomou de uma pedra quadrada (havia muitas cortadas assim) e disse que "na verdade", esta pedra é muito usada na construção civil; que funciona como isolante de calor, sendo muito útil em um lugar onde as temperaturas variam de muito alta para muito baixa, no período de 24 horas. Precisava do "na verdade"?
Penso que os narradores de notícias têm muito medo de que não acreditemos no que dizem. Pensarão que, se disserem "na verdade" dissiparão nossas dúvidas? Ou será que pensam que as notícias que dão sejam, "na verdade", inacreditáveis?
No mesmo rumo vai a expressão "assim". Os repórteres, os narradores, dizem que a coisa ficou "assim", sem explicação sobre "que assim".
São hábitos da fala coloquial, que, para mim, despertam suspeitas. Pense em um vendedor que esteja dando informações sobre sua mercadoria e, no meio da conversa, diga: "minha senhora, esta escova, na verdade, faz de tudo... seca, alisa,..."assim...". Quem vai acreditar, "na verdade"? "Assim"...
Imagem: Força Jovem Padre Pedro
http://conexaoforcajovem.blogspot.com.br/2012/03/duvida-maldita.html
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