Minha
cunhada ensinou-me a diferença entre neurótico e psicótico: o neurótico pensa
que dois mais dois são cinco; o psicótico sabe que dois mais dois são quatro,
mas não se conforma.
Impropriedade
ou imperfeição no conceito corre por conta da minha cunhada.
Estou de
bronca com algumas coisas da novela “Salve Jorge”. Explicitei isto em http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2013/02/novela-e-novela-e-e-do-dono-dela.html.
Tenho
broncas novas, sempre admitindo que a novela é da dona dela, que dela faz o que
quiser e que, se estou insatisfeito, que faça uma. Mas não consigo concordar
com que a doutora delegada fique entre um amor mal resolvido, fissurada no
ex-marido, acolhendo com prazer o convite para um vinho (recusa, às vezes, por
charme), e mais preocupada em entender a língua dele, no bom sentido, mesmo
fingindo o contrário, do que colocar uma campana severa sobre a Wanda, que se estava escondendo, para não receber intimação. Qualquer delegadim de província sabe que, em uma situação assim, é preciso seguir cada passo do suspeito, para impedir que evapore. Ainda mais que a suspeita é sobre uma organização poderosa. Mas se não facilitarem a fuga da Wanda, a novela irá acabar mais depressa. Ninguém quer isto, uai! Toco adiante assim mesmo e continuo assistindo, como disse, para
poder falar mal.
Ontem foi “demais
para os meus sentimentos” (tomei a expressão emprestada de Chico Anísio, em “Baianos
e os Novos Caetanos”).A malvada da novela, Lívia Marini, processou o Théo por conta das coisas que disse dela. Tudo bem. Não sei em que capítulo foi iniciado esse processo (não deveria deixar de assistir capítulo algum, para evitar desligamento). Ontem, vi o Théo acabando de vender o carro e receber o dinheiro para poder pagar a indenização pedida pela malvada mor. Dissera o galã, no início do capítulo, que perdera a ação. Ação rapidinha essa, hein? Em poucos capítulos o Théo foi condenado a pagar indenização a Lívia!
Meu Deus! Não é factível que esse julgamento tenha ocorrido no Brasil. Mesmo que o Théo, perdendo no primeiro grau de jurisdição, não tivesse recorrido a tribunais, mesmo que o julgamento tivesse ocorrido no juizado de pequenas causas, também sem recurso, teríamos julgamento para durar três ou quatro novelas.
Ora direis! Mas o tempo passa. Na novela, mesmo com um capítulo por dia, as coisas não ocorrem de um dia para o outro. Concordo, uai! Foi por isto que os estadunidenses, em suas contações de estórias cinematográficas, inventaram de introduzir pequeno texto: “two years later...”, que os brasileiros copiaram para “dois anos depois...”.
Não sei se minha bronca será com a autora, com o diretor, ou com o continuista. Nem um fio de cabelo branco em qualquer dos personagens; o filho da Morena não cresceu nem um pouquinho. Ah! Já tinha dado tempo de a Morena ter tido o filho do Théo.
Foto: Trade Clube
http://tradeclube.com/?p=998
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