29 de abr. de 2014

CRITÉRIOS DE ARBITRAGEM, CRITÉRIOS DE COMENTARISTAS: CLUBISMO? REGIONALISMO?

Assisti, ontem, pelo "Bem amigos", a uma discussão sobre várias decisões de árbitros de futebol, no último fim de semana. A primeira polêmica foi sobre o gol de empate do São Paulo, contra o Cruzeiro. O árbitro do jogo deu falta do zagueiro celeste; o comentarista em Minas Gerais disse que Luiz Fabiano atropelou o zagueiro. Arnaldo César Coelho discordou. Disse que Bruno impediu, irregularmente, o avanço de Luiz Fabiano. No voto de cada um ficou caracterizado um desencontro, ainda que pequeno. Penso que não pode ter sido difícil analisar o lance, mesmo antes da repetição pela TV. Bruno foi enganado pela bola e deixou Luiz Fabiano entre ele e Dedé; Bruno recuperou-se logo e passou à frente. Em nenhum momento correu em direção à bola. Ao contrário, todo o seu movimento foi no sentido de frear, para impedir o avanço do atacante do São Paulo. A força que colocou no movimento indica isto com nitidez. O "atropelo" de Luiz Fabiano foi posterior a essa falta do zagueiro, tentando escapar da forte obstrução.
Uma outra polêmica foi sobre a expulsão de Leonardo Moura, quando atacou um corintiano por trás. Leonardo correu para o juiz, indicando com o dedo que fora a primeira falta. Gerou divergências, também. Penso que a falta foi daquelas de parar jogada, em que o faltoso sabe que não conseguirá alcançar a bola, mas ataca nas pernas do adversário.
Incomodam-me as divergências em lances que acho claros, com os divergentes tentando explicar o que a imagem não mostra. Não sei se são divergências sinceras, ou fruto de clubismo ou de regionalismos. E vejo contradições entre os próprios comentaristas, que costumam condenar o árbitro por um cartão vermelho, ou mesmo amarelo, argumentando que o juiz deve "administrar", posicionamento não raro do próprio Arnaldo César Coelho. Administrar, sem aspas, é de acordo com o regulamento. Poderia ser um fator para melhorar a qualidade do futebol e até evitar condutas violentas, muitas das vezes causadas pelo hábito de alguns juízes, de "administrar".  

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