Estamos em face de notícias de um baita prejuízo na Petrobrás, por causa, segundo o noticiário, de um negócio desastrado da empresa, na compra de uma refinaria. É muito "ben franklin" envolvido, dollars às pampas.Vi que o Governo está entabulando uma estratégia para evitar a CPI da Petrobrás. Alega que a oposição quer transformar um fato econômico em fato político.
Obtuso eu? Segundo conhecimentos rudimentares do blogueiro, o campo econômico está inserido no amplo campo do poder, como um todo, vizinhando com o campo político. Só para fins didáticos, viu? O Poder é um só, com campos definidos. Logo, o fato é político. Ninguém está querendo transformar um tipo de fato em outro. A não ser que os defensores do "cpi fora" tenham conceitos diferentes de "político" e "econômico", como elementos do mais amplo campo do poder. Penso que atos de Governo, naturalmente atingindo o Estado e a Nação, são fatos políticos. Políticos, portanto, em suas essências.
Não adianta dizer que o Ministério Público e a Polícia Federal estão apurando os fatos. Existe CPI para apurar um fato da natureza do caso Petrobrás? Então, que apure. Medo de perseguição? Não acredito. Em ambiente de CPI, haverá sempre parlamentares favoráveis a escarafunchar tudo que possa comprometer o Governo, mas também haverá sempre parlamentares não só trabalhando em sentido contrário, como escarafunchando as hostes inimigas, para identificar falcatruas - com o risco de encontrar. Assim, o ambiente de CPI é teoricamente igual - já que, provavelmente o Governo venha a ter maioria.
Nem é de bom tom ficar ameaçando, para a hipótese de não conseguir evitar a CPI, de mexer nas feridas da oposição, para tumultuar.
Na minha opinião, um modo absolutamente garantido de não haver CPI é não aprontar.
Por que é, então, que o Governo, que deve ser o guardião dos bens pertencentes à Nação, não quer que o Parlamento examine a questão. É como dizia o Macaco Sócrates: "Eu só queria entender...".
Imagem: Alfa Rio Distribuidora.
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