O "causo" não está no livro "Futebol Tem Cada Uma", de Armando M. Graça, que já frequentou o cadikim (http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2014/03/futebol-tem-cada-uma.html). Mas poderia estar. Encontrei-o no livro "Estádio Independência", de Jairo Anatólio Lima, radialista belohorizontino, falecido em março de 2010, e intimamente ligado à história do Clube Atlético Mineiro, do qual foi Conselheiro e fundador do Centro Atleticano de Memória. Portanto, o que contou merece credibilidade. Vou transcrever apenas um tópico do capítulo "Força atleticana, acima da lei".
".......Contam, por exemplo, o caso de um jogador contratado na sexta-feira que, naturalmente, para ter seu contrato registrado, teria de passar pelo exame médico. O dirigente atleticano na época era o saudoso jornalista Carlos Etienne de Castro, uma figura fora de série. Pois bem. O jogador foi levado até a sede da Federação Mineira de Futebol, cujo expediente se encerrava às 18 horas. Mas já eram 18h15, e o Atlético precisava do registro para o atleta estrear no domingo. Etienne conseguiu que o funcionário do protocolo da Federação fizesse o registro. O moço não titubeou: 'Pois não, 'seu' Etienne, mas e o exame médico?'. O médico da entidade já havia saído. O que fez Etienne? Esperou por mais uma hora, dando tempo ao doutor de chegar em casa. Por volta das sete e pouco, ligou para a casa do médico. 'Doutor, estou aqui com o contrato de um jogador para estrear domingo, o moço do protocolo disse que aceita o registro, mas falta o exame médico. Não pode vir aqui na sede da Federação?'. O doutor teria respondido: 'Não posso, Etienne. Tenho um compromisso às oito e meia. Mas põe o jogador ao telefone'. Etienne passou o telefone para o atleta, e o médico, do outro lado da linha, disse: 'Fale 33, meu amigo'. O jogador falou: '33'. 'Está aprovado. Chame o Etienne outra vez'. O Etienne atendeu e o doutor lhe teria dito: 'O moço está bom. Passou no exame. Diga ao rapaz do protocolo que segunda-feira eu assino o atestado...'. E fim de papo..."
Imagem: Capa do livro "Estádio Independência".
O livro é a unidade nº 3 da coleção "BH. A cidade de cada um", 13 volumes, vários autores abordando lugares da capital mineira. Uma realização CONCEITO editorial.
NOTA DO CADIKIM: Não é propaganda. É serviço público. Belohorizontinos, assim com "h" no meio, mesmo, poderão conhecer e/ou recordar lugares de BH que se tornaram emblemáticos.
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