9 de mar. de 2012
"MEXA ESSE TRASEIRO GORDO"! - BABEL REINA!
É muito fácil a diplomacia. Você pode falar a besteira que quiser e como quiser. Se der bronca, é só fazer um pedido oficial de desculpas: "sorry", "scusa", "désolé", "triste" (gostei muito desta tradução), "Կներեք" (eu tinha de achar pelo menos uma dessas aí, para vocês me tomarem por troglodita ... er... poliglota)... E tudo volta a ser como antes, na casa de Abrantes.
É só pôr a culpa na tradução (diz-se das traduções que são como as mulheres: as fiéis não são boas e as boas não são fiéis. Machismo, hein?). Coisa difícil! As relações internacionais deveriam estar todas enroladas.
Ser autoridade também é muito fácil. Qualquer explicação serve. Uma autoridade dessas aí (poderia ser um preposto; não conheço todas as autoridades; são tantas...) afirmou que a liberação de bebida alcoólica na copa é uma medida admissível, que não há risco de violência decorrente. Uai! Não é que me deixaram sem beber cerveja em estádios, por todo esse tempo, a troco de nada? Autoridades mais insensatas! Irá continuar "sem risco de violência", após a copa?
O que há de importante é que, segundo notícias veiculadas (não vi qualquer documento), o governo brasileiro aceitou as condições da FIFA para que o Brasil sediasse a copa (não a CBF, por favor, porque, não tem poderes para aceitar condições cujo controle esteja fora de sua alçada). Se foi assim, o governo não podia ignorar as implicações sociais da decisão, principalmente porque envolvia aspectos que estão fora de seu controle, em face da existência de uma Constituição (que muita gente insiste em não levar a sério).
Mas a ânsia de sediar um evento da FIFA é muito grande, como se fosse uma portentosa realização de governo (temos coisas muito mais importantes para resolver). Vai daí que não parece grave aceitar condições, incondicionalmente (parece esquisito, não é? também achei mas vai assim mesmo, porque acho mais forte). Não terá passado pela cabeça de nossos governantes que a FIFA nunca ouvira um não? Não teria valido a pena arriscar a sede do evento, pagar para ver a reação da FIFA, ante o menosprezo de um evento tido como da maior importância internacional, por respeito a uma coisiquinhadenada chamada soberania? Na minha ignorância da diplomacia, penso que o "seu" Blatter iria assustar-se. Ousadia! Dispensar a honra de se tornar sede de uma copa do mundo!
Bobagem. Vale mais o ensinamento da Dona Mariazinha, de que "quem muito se abaixa a bunda aparece". Por minha conta, vou acrescentando: os puxa-sacos são desprezíveis e desprezados pelos próprios sacos e por seus donos; mulheres muito dadivosas são sempre colocadas em "standby", ao contrário daquelas que querem casar virgens; e assim por diante... No caso da FIFA, eu preferiria correr o risco, mesmo sabendo que ela pode ter um plano "B", em Londres, sede das próximas olimpíadas.
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