6 de mar. de 2012
OUTRA VEZ AS CRÍTICAS AOS JUÍZES
Não morro de amores pelos juízes de futebol. Mas acho a vida deles bem dificil. Domingo último, América e Atlético jogaram pelo campeonato mineiro. O juiz expulsou um jogador do América - que vencia o jogo -ainda no primeiro tempo. Esse jogador acertou a canela do atleticano, quando este partia para um contra ataque.Disseram que foi excesso de energia do americano, sem intenção. Claro que, com um jogador a menos, o América acabou não suportando o assédio do Atlético, que virou o jogo. Comentaristas, em geral, criticaram o juiz, taxando-o de precipitado, dizendo que bastava o cartão amarelo, que não houve intenção de agredir. Até gente do próprio Atlético achou exagero do juiz. Daí, foi só um passo para afirmar que juízes mineiros não podem apitar os clássicos do campeonato regional, e jurar que, se o América for às finais, a diretoria do clube irá vetar árbitros mineiros e importar de outros estados. Assisti ao jogo pela tv. O jogador americano chegou com força, a bola havia sido adiantada pelo atleticano, que acabou atingido com violência, na canela. Pode ter parecido um lance sem intenção. Como pode ter sido com intenção. A intenção é propriedade de quem a tem. Os outros só podem conjecturar. Mas há um fator relevante. Há uma intenção evidente - muito provavelmente instigada pelos treinadores - de evitar, a qualquer custo, que seja iniciado um contra ataque. Derrubam, calçam, agarram... E se penso que a intenção é instigada pelos treinadores é porque já houvi treinador dizendo que a falta para impedir o contra ataque é "falta tática". Tática, que eu saiba, é buscar marcação eficaz, movimentação estudada do ataque, para atingir o gol... essas coisas. Falta é falta. E para merecer o vermelho, não é essencial que seja violenta. Tanto que, quando um jogador "apenas" segura um adversário que está prestes a marcar, leva vermelho. E por que não, quando faz uma falta violenta para impedir que o adversário inicie um contra ataque? Muitas vezes, é na ânsia de impedir que se inicie um contra ataque, que o jogador chega "com tudo" e atinge o adversário. E que ninguém venha falar em intenção ou falta de, porque isto pertence apenas a quem faz a falta. A intenção que pesa é a de evitar um contra ataque, a qualquer custo. Aí, o jogador assume o risco, caso em que a intenção pode ser presumida. Mas então, por que é que o próprio adversário sugere que bastava o cartão amarelo? Penso que é porque isto interessa a ele, que também é afeito às faltas táticas. E, importando juízes para os clássicos, fingem que o problema está resolvido. Que o futebol fica mais feio, isto fica!
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