Gostei de ver a vitória do Bahia sobre o Botafogo, hoje. Não porque torça pelos baianos ou seja contra os botafoguenses. Achei o jogo muito bom. O Bahia, de técnico quase novo, com um ataque muito rápido, defesa atenta. O Bota não jogou mal. Mas não conseguiu finalizar bem. Jefferson teve mais trabalho do que Lomba. Jogo muito veloz, com técnica acima da média, quase sem incidentes.
O Atlético Mineiro anda claudicando. Tinha boa vantagem sobre o Flu e deixou escorrer entre os dedos, no segundo turno. Está com seis pontos atrás. O Flu bateu o Flamengo (golaço de Fred) e avançou na tabela. O Atlético irá depender de tropeços do Fluminense e cuidar para que o Grêmio não lhe morda os calcanhares. Trinta e três pontos na mesa. Quem se habilita?
Foto: SEMPRE TOPS
http://www.sempretops.com/jogos/tabela-de-jogos-campeonato-brasileiro-2012-brasileirao/
30 de set. de 2012
ME DISSERAM...
Sinal de trânsito em um povoado:
"DEVAGAR! NÃO HÁ HOSPITAL." (Anônimo)
É necessário um século para formar-se um Estado e basta uma hora para convertê-lo em pó. (Lord Byron)
Como é pobre o coração que não sabe amar, incapaz de se embriagar de amor! Se tu não amas, que explicação te dás da luz ofuscante do Sol e da mais leve claridade da Lua?
(Omar Khayyan).
"DEVAGAR! NÃO HÁ HOSPITAL." (Anônimo)
É necessário um século para formar-se um Estado e basta uma hora para convertê-lo em pó. (Lord Byron)
Como é pobre o coração que não sabe amar, incapaz de se embriagar de amor! Se tu não amas, que explicação te dás da luz ofuscante do Sol e da mais leve claridade da Lua?
(Omar Khayyan).
VAI SER PRECISO RENÚNCIA PARA ENFRENTAR A CRISE HABITACIONAL
As duas pombinhas continuam tentando fazer ninho na janela à minha frente (http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2012/09/a-crise-da-habitacao-atinge-as-pombinhas.html). É claro que não vou deixar! Não posso! Pombinhas mais descuidadas e irresponsáveis, sô! A juventude é assim! Se deixar, os ninhos irão ficar expostos ao sol e à chuva, pois não há qualquer cobertura sobre a janela. Sem a proteção de galhos bem fechados, os filhotinhos, se nascerem, morrerão logo. Uma vez em que as botei pra correr, dirigiram-se a uma das palmeiras que ficam em frente à janela. Ali há proteção de sobra. Ou será que não há? Será que os lugares aninháveis estão todos ocupados? A superpopulação...
Deve ser isto. E as pombinhas não querem morar na periferia, uai!
Foto:A Natureza em Fotos e Variedades.
http://multivias.blogspot.com.br/2009/08/via-natureza-10-de-onde-veio-essa.html
Deve ser isto. E as pombinhas não querem morar na periferia, uai!
Foto:A Natureza em Fotos e Variedades.
http://multivias.blogspot.com.br/2009/08/via-natureza-10-de-onde-veio-essa.html
29 de set. de 2012
O POETA WANDER PORTO DÁ O AR DE SUA GRAÇA
d
o
c
u
m
e
n
t
á
r
t
á
r
i
o
“nosso mundo de hoje”
(sessões permanentes)
desculpe john,
o sonho não acabou,
apenas cresceu,
cortou o cabelo,
tirou RG,
virou pesadelo:
- agora,
maior de idade,
já pode assistir
a esse filme de horror.
o
“nosso mundo de hoje”
(sessões permanentes)
desculpe john,
o sonho não acabou,
apenas cresceu,
cortou o cabelo,
tirou RG,
virou pesadelo:
- agora,
maior de idade,
já pode assistir
a esse filme de horror.
AINDA AS ELEIÇÕES E AS PROMESSAS
Postei aqui (http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2012/04/eu-canto-uns-verso-proce.html) um folheto que, há muito tempo, fui construindo pela estrada, viajando para Unaí. Em atenção ao momento "patriótico" da livre manifestação popular na escolha de candidatos, rememoro um verso, aproveitando a mesma imagem que está em "As eleições estão aí"
(http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2012/09/as-eleicoes-estao-ai.html).
Friedrich Nietzsche (1844 -1900), filósofo alemão. |
(http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2012/09/as-eleicoes-estao-ai.html).
Eu
canto uns verso procê
que, desde que era minino,
num sabia o seu distino
e nem sabe até agora.
Pois sempre ouviu e ainda ouve
só promessa de miora.
que, desde que era minino,
num sabia o seu distino
e nem sabe até agora.
Pois sempre ouviu e ainda ouve
só promessa de miora.
AS ELEIÇÕES ESTÃO AÍ
“Aquilo que um homem diz, promete e decide na paixão deve depois
sustentar na frieza e na sobriedade.”
Friedrich Nietzsche (1844 -1900), filósofo alemão.
Imagem: WikipédiA.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Friedrich_Nietzsche
IRRITAÇÕES DO DIA A DIA
28 de set. de 2012
A VOLTA DE KAKÁ: ESTÁ NO FIGURINO?
Penso que está, sim. Se concordo? Nem discuto. Observo que temos o hábito de, ante um mau resultado, mudar tudo radicalmente. Exemplo: quando foram encontrados menores trabalhando em carvoeiras e outros ambientes muito desfavoráveis, até hostis - e, principalmente, longe da escola - a atitude governamental foi decretar que menino não pode trabalhar. Perguntem aos mais velhos que se deram bem (não é saudosismo nem anti-jovem) quando foi que começaram a trabalhar. Acho que a maioria irá responder que foi antes dos catorze anos.
Penso que os resultados do afastamento dos pequenos do trabalho não foram favoráveis. Não tenho estatística, claro, mas a observação de noticiário é nada boa. Fala-se muito em falta de qualificação de mão-de-obra. Falta de hábito no trabalho também conta muito.
É claro que a participação de menores na força produtiva teria de ser regulada, vigiada - muito vigiada - porque nem sempre os meninos e as meninas têm defensores de seus direitos.
O que isto tem a ver com a volta de Kaká? Os resultados desfavoráveis na copa de 2010 determinaram uma mudança radical na selação. De repente, quem era bom, ficou dispensável um mês depois, se tanto. Surgiram desvantagens que ninguém imaginou. Ontem, ouvi de Gilverto Silva que, quando havia jovens e antigos na seleção, os antigos serviam de modelos para os jovens. Agora, o modelo é Neymar. Gilberto Silva, craque da conquista de 2002, em entrevista reputou isto desfavorável, porque a grande responsabilidade, quanto ao desempenho da seleção brasileira, acabou recaindo em Neymar. Antes das olimpíadas, postei um comentário sobre Neymar (E se Neymar tiver um piriri?, 28/07) http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2012/07/e-se-neymar-tiver-um-piriri.html). Acontece que o Brasil inteiro acha que a seleção é Neymar e mais dez.
Tenho comentado que, dentre os parâmetros com que comparo Neymar com Pelé, há um que coincide em algo com o Gilberto Silva disse. Quando Pelé foi para o Santos, lá estavam craques como Álvaro, Pepe, Pagão, Del Vecchio (não me lembro se Zito já estava), o Santos tinha um ataque excepcional que, mesmo sendo fraca a defesa, obrigava os adversários, na maioria das vezes, a marcar pelo menos dois gols, para poder empatar. O Santos marcava os dois. Quando Pelé chegou na seleção brasileira, estavam lá Gilmar, Belini, Djalma Santos, Orlando, Nilton Santos, Didi... Uma turma de craques famosos e experientes. O Pelé teve referenciais, tanto no Santos quanto na seleção.
Quando Neymar surgiu no Santos, ele era o referencial. Continua sendo. Em quem buscar exemplos, acolhida para inseguranças, eventuais conselhos? Ninguém! Ele era o cara!
Pode-se ver que, de repente, a CBF entrou na onda da nostalgia dos velhos craques: Daniel Alves escapou da sanha da degola; Júlio César foi chamado, sem ficar; Ramires está aí... Luiz Fabiano... Agora, o Kaká.
Será que aquela ruptura abrupta com os "péssimos" das copas de 2006 e de 2010 não deixou alguma ferida? Será que a reintegração será fácil? Principalmente considerando que Kaká, além de estar sem jogo freqüente, está esquecido da mídia, tanto eurupéia como da brasileira?
Nada contra nem a favor de Kaká. Penso é que as decisões que a CBF tomou, após a derrota de 2010 estão começando a ser questionadas.
Imagem: Pelos caminhos da vida
http://anamgs.blogspot.com.br/2010/06/vida-e-futebol.html
Penso que os resultados do afastamento dos pequenos do trabalho não foram favoráveis. Não tenho estatística, claro, mas a observação de noticiário é nada boa. Fala-se muito em falta de qualificação de mão-de-obra. Falta de hábito no trabalho também conta muito.
É claro que a participação de menores na força produtiva teria de ser regulada, vigiada - muito vigiada - porque nem sempre os meninos e as meninas têm defensores de seus direitos.
O que isto tem a ver com a volta de Kaká? Os resultados desfavoráveis na copa de 2010 determinaram uma mudança radical na selação. De repente, quem era bom, ficou dispensável um mês depois, se tanto. Surgiram desvantagens que ninguém imaginou. Ontem, ouvi de Gilverto Silva que, quando havia jovens e antigos na seleção, os antigos serviam de modelos para os jovens. Agora, o modelo é Neymar. Gilberto Silva, craque da conquista de 2002, em entrevista reputou isto desfavorável, porque a grande responsabilidade, quanto ao desempenho da seleção brasileira, acabou recaindo em Neymar. Antes das olimpíadas, postei um comentário sobre Neymar (E se Neymar tiver um piriri?, 28/07) http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2012/07/e-se-neymar-tiver-um-piriri.html). Acontece que o Brasil inteiro acha que a seleção é Neymar e mais dez.
Tenho comentado que, dentre os parâmetros com que comparo Neymar com Pelé, há um que coincide em algo com o Gilberto Silva disse. Quando Pelé foi para o Santos, lá estavam craques como Álvaro, Pepe, Pagão, Del Vecchio (não me lembro se Zito já estava), o Santos tinha um ataque excepcional que, mesmo sendo fraca a defesa, obrigava os adversários, na maioria das vezes, a marcar pelo menos dois gols, para poder empatar. O Santos marcava os dois. Quando Pelé chegou na seleção brasileira, estavam lá Gilmar, Belini, Djalma Santos, Orlando, Nilton Santos, Didi... Uma turma de craques famosos e experientes. O Pelé teve referenciais, tanto no Santos quanto na seleção.
Quando Neymar surgiu no Santos, ele era o referencial. Continua sendo. Em quem buscar exemplos, acolhida para inseguranças, eventuais conselhos? Ninguém! Ele era o cara!
Pode-se ver que, de repente, a CBF entrou na onda da nostalgia dos velhos craques: Daniel Alves escapou da sanha da degola; Júlio César foi chamado, sem ficar; Ramires está aí... Luiz Fabiano... Agora, o Kaká.
Será que aquela ruptura abrupta com os "péssimos" das copas de 2006 e de 2010 não deixou alguma ferida? Será que a reintegração será fácil? Principalmente considerando que Kaká, além de estar sem jogo freqüente, está esquecido da mídia, tanto eurupéia como da brasileira?
Nada contra nem a favor de Kaká. Penso é que as decisões que a CBF tomou, após a derrota de 2010 estão começando a ser questionadas.
Imagem: Pelos caminhos da vida
http://anamgs.blogspot.com.br/2010/06/vida-e-futebol.html
PATATIVA DO ASSARÉ - VERSOS ESPALHAFATOSOS
Ciença não ixistia
no tempo de Salomão,
a aranha só ticia
caminhando pelo chão
e o pessoá da cidade
morria tudo de Aidi,
nas terra de Canaã
sapo boi incabelava,
naquele tempo até dava
carrapato em crumatã.
Foto: Biblioteca Patativa do Assaré.
http://bbpatativadoassare.blogspot.com.br/2009/10/blog-post_24.html
no tempo de Salomão,
a aranha só ticia
caminhando pelo chão
e o pessoá da cidade
morria tudo de Aidi,
nas terra de Canaã
sapo boi incabelava,
naquele tempo até dava
carrapato em crumatã.
Foto: Biblioteca Patativa do Assaré.
http://bbpatativadoassare.blogspot.com.br/2009/10/blog-post_24.html
27 de set. de 2012
LEON ELIACHAR - FRASES COM ALGUM NEXO
Sonho sempre com duas mulheres, doutor, gostaria que o senhor desse um jeito de eu vê-las em sonhos separados.
Livro: O Homem ao Zero, Editora Expressão e Cultura, p. 124, 1967.
Foto: Frases Famosas.
http://www.frasesfamosas.com.br/de/leon-eliachar.html
Livro: O Homem ao Zero, Editora Expressão e Cultura, p. 124, 1967.
Foto: Frases Famosas.
http://www.frasesfamosas.com.br/de/leon-eliachar.html
SAUDADE
Vem chegando de mansinho,
Entra em qualquer buraquinho,
Quase sem deixar sinal.
Entra pra boca co’os beijo,
Pros ouvido co’um gracejo,
E entra até pro nariz,
C’um indiscreto perfume de flor.
E, depois, sem-cerimônia,
Sem que a gente se dê conta,Vai, no maior atropelo,
da gente tomando conta,
desde a ponta do cabelo
até o dedão do pé.
Aí, então, o feiticeiro
vira gigante, e até,
dominando corpo e mente,
fica maior do que a gente.
Não cabe em si, de contente.
O amor, quando ele vai,
Sai arrebentando cerca,
Violento, impetuoso,
Cego, surdo, rancoroso,
Atropela, pisa, esmaga,
Estraçalha e, qual adaga,
Rompe as entranhas e o peito,
Deixando rombos enormes.
Ah! Mas deixa uma saudade,
sô...
Uma saudade tão grande,Bem maior que o próprio amor,
Que, se a gente manda embora,
não consegue ela sair
Pros rombo que o amor deixou.
E é por isto que na vida dos poeta e cantadô
Só tem, a bem da verdade,
Um tantão assim de amor
E um outro tantão de saudade.
Marco Antônio Comini Christófaro
Foto: Olhos Líquidos
http://olhosliquidos.wordpress.com/2010/09/29/saudade-3/
26 de set. de 2012
O POETA VANE PIMENTEL - PAZZOS DE MINAS
TOTAL
Tem
gente
que
não sabe beijar
sem
dizer: te amo.
Tem
gente
que
diz: te amo
sem
saber beijar.
Tem
gente
que
compra beijos!
E
eu ?
Eu
amo o mundo inteiro
quando
você me beija.
25 de set. de 2012
OUVIDO DE TUBERCULOSO
Não sei se procede, mas ouvi, muitas vezes, dizerem que tenho ouvido de tuberculoso, referindo-se à capacidade de captar conversas pelo meio do caminho. Não sei se é bom ou mau. Mas que é divertido é!
Noutro dia, chegava eu no hospital em que minha mulher trabalha, quando passei por três moças, todas vestidas de branco. Colóquio dos mais animados. De passagem, ouvi uma dizer: "com ele fiquei uns três meses. Beijei ele duas vezes."
Diminuí a marcha. Queria ouvir mais. Intimamente, pensava: "Conta mais! Conta mais! Fala o resto!". Lubricidade senil, provavelmente.
A distância foi aumentando e os ouvidos não captaram o resto da conversa.
Uma pena!
Foto: 100querer
http://100querer.blogspot.com.br/2010_03_01_archive.html
Noutro dia, chegava eu no hospital em que minha mulher trabalha, quando passei por três moças, todas vestidas de branco. Colóquio dos mais animados. De passagem, ouvi uma dizer: "com ele fiquei uns três meses. Beijei ele duas vezes."
Diminuí a marcha. Queria ouvir mais. Intimamente, pensava: "Conta mais! Conta mais! Fala o resto!". Lubricidade senil, provavelmente.
A distância foi aumentando e os ouvidos não captaram o resto da conversa.
Uma pena!
Foto: 100querer
http://100querer.blogspot.com.br/2010_03_01_archive.html
PATATIVA DO ASSARÉ - VERSOS ESPALHAFATOSOS
O finado meu avô
gostava de assombração
foi o maió caçadô
das terra do meu sertão,
com sua grande corage
nunca temeu a visage,
rapapé nem fuzuê,
trôxe até de uma caçada
uma caipora amarrada
pra sua famia vê.
Foto: Biblioteca Patativa do Assaré.
http://bbpatativadoassare.blogspot.com.br/2009/10/blog-post_24.html
gostava de assombração
foi o maió caçadô
das terra do meu sertão,
com sua grande corage
nunca temeu a visage,
rapapé nem fuzuê,
trôxe até de uma caçada
uma caipora amarrada
pra sua famia vê.
Foto: Biblioteca Patativa do Assaré.
http://bbpatativadoassare.blogspot.com.br/2009/10/blog-post_24.html
A CRISE DA HABITAÇÃO ATINGE AS POMBINHAS
A janela que está à minha frente, enquanto digito, dá para um restaurante que tem na frente nove palmeiras, todas da mesma espécie. Ficamos no centro da cidade. Pela manhã, manifestações de pássaros cantando, gaviões paquerando ninhos, e, em maior quantidade, pombinhas. Voam de um lugar para outro, namoram - como namoram. Uma festa!
As palmeiras e algumas outras árvores, nas redondezas, em casas e mesmo nas ruas, dão abrigo a essas avezinhas, que ali moram, constroem seus ninhos e chocam seus ovos (fazê-los, fazem-nos pela manhã, à luz do dia, maior sem-vergonhice).
O número das pombinhas aumenta sem parar. Reproduzindo-se em liberdade, garantida a sobrevivência seja pelos alimentos que há na área, em lixos inclusive, seja pela presença de insetos e algumas frutas, parece que caminham para a superpopulação.
Pois não é que hoje, pela manhã, uma aparentemente desavisada pombinha pousou na nossa janela? Dali a pouco, outra. Espantei-as. Insistiram. Eu também. Pouco depois, uma delas - não sei se o macho ou a fêmea - pousa na janela com um raminho no bico. Muito bonitinho, mas fazer acampamento no meu matinho, não! Nâo irei permitir que nossa janela encha-se de ninhos de pombinhas, com filhotinhos e tudo. Pode ser bucólico, romântico ou qualquer dessas coisas semelhantes. Mas não! Jeito nenhum!
O casal de pombinhos não quis desistir. E foi além. Vi uma das avezinhas pousar na janela. Aproximei-me e verifiquei que o recém chegado era o macho. Estava pornograficamente sobre a fêmea, que se pôs muito quietinha. Maior desfaçatez do casal! Bonito, hein?!!! Agora, vão querer transformar nossa janela em CEPRASE (CENTRAL DE PRÁTICAS SEXUAIS, podendo ser, também, CENTRO DE PRAZER SEXUAL).
Muito bonitinho, muito romântico, muito natural. Não devo, não posso e não quero permitir!
E se me der vontade? E se a pombinha não quiser? Já li que o homem é o único animal que guarda na memória as sensações de dor e de prazer. Daí, a simples lembrança da atividade sexual atiça as pessoas (disto todo mundo sabe e não preciso explicar). Por isto é que - ainda minha leitura - o ser humano entrega-se ao sexo entre quatro paredes, para não atiçar a vontade de uns e outros.
E aquele casal de pombinhos ali, na minha frente, maior cara-de-pau, maior intimidade e entrega! Ora essa!
Não vou ligar para a crise da habitação. É problema da Dilma, do Ministro das Cidades, do Partido Verde ou do Green Peace. Não vou porque não vou deixar esses pombinhos indecentes fazendo bobices na minha janela, uai!
FOTO: O Tempo Vida
http://otempovida.blogspot.com.br/2009/11/rolinha.html
As palmeiras e algumas outras árvores, nas redondezas, em casas e mesmo nas ruas, dão abrigo a essas avezinhas, que ali moram, constroem seus ninhos e chocam seus ovos (fazê-los, fazem-nos pela manhã, à luz do dia, maior sem-vergonhice).
O número das pombinhas aumenta sem parar. Reproduzindo-se em liberdade, garantida a sobrevivência seja pelos alimentos que há na área, em lixos inclusive, seja pela presença de insetos e algumas frutas, parece que caminham para a superpopulação.
Pois não é que hoje, pela manhã, uma aparentemente desavisada pombinha pousou na nossa janela? Dali a pouco, outra. Espantei-as. Insistiram. Eu também. Pouco depois, uma delas - não sei se o macho ou a fêmea - pousa na janela com um raminho no bico. Muito bonitinho, mas fazer acampamento no meu matinho, não! Nâo irei permitir que nossa janela encha-se de ninhos de pombinhas, com filhotinhos e tudo. Pode ser bucólico, romântico ou qualquer dessas coisas semelhantes. Mas não! Jeito nenhum!
O casal de pombinhos não quis desistir. E foi além. Vi uma das avezinhas pousar na janela. Aproximei-me e verifiquei que o recém chegado era o macho. Estava pornograficamente sobre a fêmea, que se pôs muito quietinha. Maior desfaçatez do casal! Bonito, hein?!!! Agora, vão querer transformar nossa janela em CEPRASE (CENTRAL DE PRÁTICAS SEXUAIS, podendo ser, também, CENTRO DE PRAZER SEXUAL).
Muito bonitinho, muito romântico, muito natural. Não devo, não posso e não quero permitir!
E se me der vontade? E se a pombinha não quiser? Já li que o homem é o único animal que guarda na memória as sensações de dor e de prazer. Daí, a simples lembrança da atividade sexual atiça as pessoas (disto todo mundo sabe e não preciso explicar). Por isto é que - ainda minha leitura - o ser humano entrega-se ao sexo entre quatro paredes, para não atiçar a vontade de uns e outros.
E aquele casal de pombinhos ali, na minha frente, maior cara-de-pau, maior intimidade e entrega! Ora essa!
Não vou ligar para a crise da habitação. É problema da Dilma, do Ministro das Cidades, do Partido Verde ou do Green Peace. Não vou porque não vou deixar esses pombinhos indecentes fazendo bobices na minha janela, uai!
FOTO: O Tempo Vida
http://otempovida.blogspot.com.br/2009/11/rolinha.html
CARTAS NA MESA
Dayse Limma |
"Alvorada Mineira" é um programa muito bem humorado. Das seis às nove, acaba passando depressa. Pode ser captado em www.clubefm99.com.br. Não é comercial. É crédito. Afinal, estou usando a presença de espírito da Dayse Limma.
Imagem cartas:UOL.
http://www.uol.com.br/?action=showDetails&id=10705
Foto Dayse Limma: Pessoas Interessantes.
http://www.hipersocial.com/vnv/photoAlbum.php?op=showPhoto&id=2309669&ownerId=00428322185409577456
24 de set. de 2012
AH! ESSES COMENTARISTAS DE ARBITRAGEM...
Não me lembro, mesmo, em que jogo aconteceu. Assisti a mais de um jogo, ontem, pelo brasileirão. Parece-me que foi no Flamengo x Atlético Goianiense. Primeiro tempo, ainda, na altura da lateral esquerda do Atlético Goianiense, dois jogadores adversários trocam tapas, "braçadas" e outras gentilezas menores. O juiz não deu cartão amarelo para ambos. Limitou-se a um esculachozinho (sempre achei que cartão amarelo serve para evitar diálogos desnecessários entre árbitro e jogadores). Foi a conta de o comentarista dizer que o juiz estava certo, que não era o caso de amarelar. Que o cartão só deve ser aplicado em situação limite. E, é claro, não deixou de usar o jargão de sempre. Era o momento de administrar.
Apavorei-me! Então, "tapas e beijos" não são mais situações limites? Sempre pensei e continuo pensando que o juiz tem de administrar conforme o regulamento. Se não fizer assim pode dar zebra depois.
Pois não é que mais tarde, com a coisa ameaçando descambar, o mesmo comentarista afirmou que dificilmente aquele jogo terminaria sem uma expulsão?
Penso que os comentaristas de arbitragem pressionam os juízes, com seus comentários. Parece-me óbvio que os árbitros, após os jogos, irão procurar ouvir os comentários, por todos os meios que a tecnologia nos oferece. Daí, vai que podem procurar a adequação de suas arbitragens aos comentários.
Já vi muito jogo de bola. De várzea a copa do mundo. Vi, muitas vezes, em qualquer desses ambientes, um jogo tornar-se violento, porque um juiz - intencionalmente ou não - trata as equipes de modos diferentes. Se o juiz ficar ouvindo o que dizem uns e outros poderá tornar-se catalizador de violência.
Deixem os juízes - só eles - apitando, uai!
Foto: TV IMAGEM NET.
http://www.tvimagemnet.com.br/programas/esportes/reportagens-esportivas/camara-aprova-projeto-de-lei-que-regulamenta-profissao-de-arbitro-de-futebol/
Apavorei-me! Então, "tapas e beijos" não são mais situações limites? Sempre pensei e continuo pensando que o juiz tem de administrar conforme o regulamento. Se não fizer assim pode dar zebra depois.
Pois não é que mais tarde, com a coisa ameaçando descambar, o mesmo comentarista afirmou que dificilmente aquele jogo terminaria sem uma expulsão?
Penso que os comentaristas de arbitragem pressionam os juízes, com seus comentários. Parece-me óbvio que os árbitros, após os jogos, irão procurar ouvir os comentários, por todos os meios que a tecnologia nos oferece. Daí, vai que podem procurar a adequação de suas arbitragens aos comentários.
Já vi muito jogo de bola. De várzea a copa do mundo. Vi, muitas vezes, em qualquer desses ambientes, um jogo tornar-se violento, porque um juiz - intencionalmente ou não - trata as equipes de modos diferentes. Se o juiz ficar ouvindo o que dizem uns e outros poderá tornar-se catalizador de violência.
Deixem os juízes - só eles - apitando, uai!
Foto: TV IMAGEM NET.
http://www.tvimagemnet.com.br/programas/esportes/reportagens-esportivas/camara-aprova-projeto-de-lei-que-regulamenta-profissao-de-arbitro-de-futebol/
23 de set. de 2012
QUANDO O ACESSÓRIO VIRA PRINCIPAL NO FUTEBOL
Já não sei o que é realmente importante, se o futebol ou o marketing. Ouvi, hoje, no Troca de Passes, pela SportTV, que quarenta mil
pessoas foram ao Morumbi, hoje à tarde, para assistirem à apresentação de Ganso, e, de quebra, ao jogo São Paulo x Cruzeiro. Ganso nem iria jogar. Só ser apresentado. Mas o jogo ficou em segundo plano. Não era um joguinho qualquer. Enfrentavam-se duas equipes de clubes que querem o G4, pelo menos.
Isto é administrar futebol. E dizem que o São Paulo é um dos clubes mais bem administrados do Brasil.
O cara está muito importante, mesmo. Digitei a palavra ganso, nas imagens do Google, e quase que só dava ele. Custei a encontrar uma imagem de ganso, esse do reino animal.
Foto: pixabay.
19 de set. de 2012
CRÔNICA DE REPÓRTER - CIVUCA COSTA
Show de botox
Se o botox e o fotoshop fossem
candidatos nestas eleições, com certeza já estariam eleitos no primeiro turno,
sem chances para outros tipos de candidatos a reparos da estética. Todo mundo quer sair bem na foto. Nas eleições todo mundo é santo! Ninguém mente, todo mundo promete, ninguém quer sair feio no retrato. Está todo mundo (os centenas de candidatos) recorrendo à plástica virtual para dar uma consertada no visual. Principalmente, no rosto ou na cara de pau de muitos. Uns só disputam para tirar férias. Outros são sérios e têm propostas. Mas, a maioria só está pensando no salário gordo de vereador magro. Tempo de vacas magras. Tempo de olho grande.
A menos de um mês das eleições, a campanha agora vai esquentar. Todo mundo com santinho na mão e promessas na ponta da língua. Dias atrás no cruzamento das ruas Major Gote com Olegário Maciel (no coração da cidade de Patos de Minas) tinha um candidato correndo de um lado para outro, todo afobado, distribuindo sua propaganda. Ao ser impelido pelo mesmo, eu disse que já tinha o santinho daquele candidato, pois faço coleção todos os anos de todos os candidatos. Ele agradeceu e disse que aquele da foto do santinho era ele – o próprio. Ainda bem que eu não perguntei se aquele candidato do santinho que ele estava distribuindo era filho dele. Pois, nem de perto se parecem.
É o show de botox. O botox virtual feito no computador. Está todo mundo querendo sair bem na foto. É fotoshop e plástica nos programas avançados da informática que tiram rugas, pés de galinha, manchas, cravos e espinhas. E, até, velhice precoce. Os programas de computador se parecem a um salão de beleza, um centro estético da modernidade. Botam a pessoa 20 anos mais nova, ou até mais. O perigo é para tomar posse. Se a lei se valer pela foto do santinho, muitos dos “eleitos” vão ser barrados na cerimônia. Pois, na hora do “cara crachá, cara-crachá”, pouca gente vai aparecer bem na foto.
Um verdadeiro show de botox. Todo mundo quer sair bem na foto. Mas é sempre bom lembrar, que: “as aparências enganam” e “ um copo vazio está cheio de ar”. O que vale é o conteúdo e não o rótulo. Eleição não tem bula e nem remédio. Mas pode ser uma doença para muitos que se candidatam só de aventura e vaidade. Não têm mais idade pra isso. Com o tempo perde a validade. Cuidado com o efeito colateral.
O show de botox, continua... Sorria, você está sendo filmado!
FUTEBOL MODERNO
Acho muito interessante essa idéia de futebol moderno. O futebol do Barcelona é moderno! É assim que a gente vê por aí. Na minha santa ignorância, acho que o Barça é time de uma só jogada. Contrariei vocês? Já dizia isto há algum tempo. O time do Barcelona encantua o adversário na sua própria metade de campo. Só não avança o goleiro. Quando perde a bola, faz falta, invariavelmente, impedindo o contra-ataque, porque a defesa não consegue voltar. No jogo contra o Santos, o Neymar recebeu a bola duas vezes, perto da área do Barça mas não conseguiu fazer aquilo que faz brincando no Santos. Parecia petrificado por aquela "eficiência absoluta" do Barcelona. No jogo contra o Chelsea, o Barcelona perdeu uma bola - uma bola só - na intermediária do adversário, a jogada desenvolveu-se para Ramires que correu sem marcação (a defesa não conseguiu voltar) e cruzou. Um a zero para o Chelsea, com título mundial e tudo. Ah! Mas é heresia dizer que o Barcelona é time de uma só jogada. Jogada que consiste em empurrar o adversário para seu próprio campo e trocar bolas à espera de uma genialidade de seu ataque. Não estou dizendo que o Barcelona é um time ruim. Jeito nenhum! Mas, se o observarmos, veremos que faz muitas faltas para evitar contra ataque, porque só tem eficiência no esquema ofensivo. Quando apertada, a defesa costuma confessar.
Mas o assunto é futebol moderno. Para mim, o futebol moderno sempre foi o bom futebol. Vejamos: em 1950, no Maracanã, a seleção brasileira jogou futebol moderno, de Danilo, Zizinho, Jair da Rosa Pinto, Ademir Menezes (artilheiro da competição), com direito a goleada na Espanha. Perdeu para o futebol força do Uruguai, com Obdulio Varela; na copa de 1954, o futebol da Hungria era moderno. Puskas e companhia - timaço mesmo! - encantaram o mundo. Mas a Alemanha deu um nó na Hungria e ficou com a taça. Em 1958, o futebol moderno foi o do Brasil, no despertar de Pelé para o mundo. Ficou com a copa. Em 1974, foi a vez da Holanda, de encantar o mundo com seu carrossel mágico. A Alemanha de Backenbauer voltou a dar nó, desta fez em Cruijff, craquíssimo também, para ficar com a taça. Mas moderno foi o futebol da Holanda.
Então, pombas, o que é futebol moderno? Para mim, é o futebol bem jogado, misturando técnica, arte, força, conjunto, vontade (que, atualmente, preferimos chamar de determinação).
Por que este papo? Porque, no último jogo do São Paulo contra a Portuguesa, depois de uma jogadaça de Lucas, pelo lado direito, indo à linha de fundo e cruzando para Luiz Fabiano marcar, o comentarista disse que Lucas havia feito a jogada de um verdadeiro ponta direita.
Mas Lucas é ponta direita, pô!
Ninguém quer falar mais em ponta direita, há muito tempo. Mas nenhum técnico consegue impedir que um jogador seja ponta direita verdadeiro.
Não foi só! Comentando os jogadores de meio campo, um comentarista questionou se ainda iremos encontrar um camisa 10 de antigamente. É claro que poderíamos encontrar, se os técnicos permitissem a existência de um camisa 10 à antiga. Um dos últimos foi Alex, no Cruzeiro. Mas tivemos outros, muito antes de Alex: Rubens, no Flamengo; Walter Marciano, no Vasco, Jair da Rosa Pinto, em vários clubes. Didi jogava com a 8. Mas era armador à antiga.
Esse tipo de armador precisa de um time com um meio campo muito bom e um ataque ótimo. Foi assim com Didi. No Botafogo, tinha Pampolini no meio campo e, na frente, Garrincha, Paulo Valentim, Amarildo e Zagalo, além de Quarentinha e Edson. Na seleção, tinha Zito atrás e Garrincha, Pelé Vavá e Zagalo na frente.
Isso aí é que é futebol moderno.
Imagem do Mineirão: O MINEIRÃO.
http://estadiomineirao.com.br/o-mineirao/
17 de set. de 2012
REFAZENDO RACIOCÍNIOS E JULGAMENTO
Li, no Estado de Minas de 29 de agosto, na coluna de Eduardo Almeida Reis, uma opinião, na forma de pergunta, que me pareceu coerente, à primeira vista: "Que lucra a espécie humana sabendo que Bolt corre 100 metros em menos de 10 segundos?". Fui ler a matéria e verifiquei que, após o período entre aspas, está: "Lucram os humanos com uma vacina Sabin e com a anunciada vacina contra a dengue, mas correr 100 metros em 9s63, vamos e venhamos...".
Embarquei nas afirmações do Sr. Eduardo, porque, como a Lei Pelé (Lei nº 9.615/98), entendo que a prioridade em aplicação das verbas do Ministério dos Esportes está em "desporto educacional" (art. 7º, inciso I). A aplicação em desporto de rendimento (inciso III) é restrita aos "...casos de participação de entidades nacionais de administração do desporto em competições, bem como as competições brasileiras dos desportos de criação nacional." O caso de aplicação em desporto de criação nacional deixou-me no ar, porque não encontrei conceituação dessa modalidade, no Capítulo III da Lei.
Pensando assim, achei que, de fato, um único atleta supersônico não melhora a qualidade de vida do povo de uma nação. Serve para envaidecer, como mote político... Mas não contribui para o desenvolvimento físico-esportivo-psicológico das pessoas. A aplicação de vultosas verbas no esporte de rendimento - verbas que saem de empresas públicas ou de economia mista, um artifício para emprego de recursos públicos, portanto - não servem a mobilizar a massa dos cidadãos brasileiros, no mundo dos esportes. O desporto educacional, tal como está descrito no referido Capítulo III, esse sim, é capaz de propiciar qualidade de vida para toda a coletividade estudantil. Benefício que pode ser complementado pelo desporto de participação, também contemplado na Lei Pelé.
Parei para pensar quando vi competições das paraolimpíadas - que se tornaram paralimpíadas, em novembro do ano passado, para igualar o nome ao uso de todos os outros países de língua portuguesa. Parei exatamente assistindo a algumas provas. Emocionei-me muito, vendo pessoas com membros amputados ou faltos, e outras limitações, disputando provas de natação, de corrida, basquete em cadeiras de roda, várias modalidades esportivas. Nem passo perto delas. Estão muito acima.
Pensei, então, que, se não houvesse essa sede de glórias esportivas, cuja saciedade foi buscada, inicialmente, através dos "normais", não teríamos o produto similar, que são as paralimpíadas. Uma lacuna muito triste, nas ações de conquista ou recuperação do sentido da utilidade humana.
Concordo com que não está perfeito. Mas deixa do jeitim que tá, deixa!
Foto: TTV.
http://telinhadatv.wordpress.com/tag/paralimpiadas-2012/
Embarquei nas afirmações do Sr. Eduardo, porque, como a Lei Pelé (Lei nº 9.615/98), entendo que a prioridade em aplicação das verbas do Ministério dos Esportes está em "desporto educacional" (art. 7º, inciso I). A aplicação em desporto de rendimento (inciso III) é restrita aos "...casos de participação de entidades nacionais de administração do desporto em competições, bem como as competições brasileiras dos desportos de criação nacional." O caso de aplicação em desporto de criação nacional deixou-me no ar, porque não encontrei conceituação dessa modalidade, no Capítulo III da Lei.
Pensando assim, achei que, de fato, um único atleta supersônico não melhora a qualidade de vida do povo de uma nação. Serve para envaidecer, como mote político... Mas não contribui para o desenvolvimento físico-esportivo-psicológico das pessoas. A aplicação de vultosas verbas no esporte de rendimento - verbas que saem de empresas públicas ou de economia mista, um artifício para emprego de recursos públicos, portanto - não servem a mobilizar a massa dos cidadãos brasileiros, no mundo dos esportes. O desporto educacional, tal como está descrito no referido Capítulo III, esse sim, é capaz de propiciar qualidade de vida para toda a coletividade estudantil. Benefício que pode ser complementado pelo desporto de participação, também contemplado na Lei Pelé.
Parei para pensar quando vi competições das paraolimpíadas - que se tornaram paralimpíadas, em novembro do ano passado, para igualar o nome ao uso de todos os outros países de língua portuguesa. Parei exatamente assistindo a algumas provas. Emocionei-me muito, vendo pessoas com membros amputados ou faltos, e outras limitações, disputando provas de natação, de corrida, basquete em cadeiras de roda, várias modalidades esportivas. Nem passo perto delas. Estão muito acima.
Pensei, então, que, se não houvesse essa sede de glórias esportivas, cuja saciedade foi buscada, inicialmente, através dos "normais", não teríamos o produto similar, que são as paralimpíadas. Uma lacuna muito triste, nas ações de conquista ou recuperação do sentido da utilidade humana.
Concordo com que não está perfeito. Mas deixa do jeitim que tá, deixa!
Foto: TTV.
http://telinhadatv.wordpress.com/tag/paralimpiadas-2012/
A ARTE POÉTICA DE CÍCERO CHRISTÓFARO - OLHARES
Na porta da padaria
Como se Maria
Fosse pão
Comeu-a com os olhos
Os dois
Com o direito, sem manteiga
Com o esquerdo
Sem dó
Sem piedade
Sofrendo no início
Maria virou pó
Virou farinha de trigo
João
Morrendo de rir
Chamou o amigo
Simplesmente disse
Veja Maria
Viva Maria
Imagem: Blog da Nina Krivochein
http://ninakrivochein.blogspot.com.br/2011/06/leitura-do-dia-na-porta-da-padaria-de.html
16 de set. de 2012
O AMOR É LINDO!
Desde há muito tempo, digo que casa é ninho. Serve para dormir. A vida está na rua. Foi andando pela rua que tive oportunidade de observar e aprender muita coisa.
Pois não é que hoje, pela manhã, mandei o computador às favas, deixei o violão na espera... e fui andar à toa.
Valeu!
Em uma esquina, passei por dois senhores, com mais ou menos a minha idade. No momento em que passava, ouvi de um deles:
- Eu gosto muito de você!
Quando não dá na vista, costumo ficar na área, para bisbilhotar o desenrolar da conversa. Mas não iria pegar bem, naquela circunstância. A rua estava praticamente vazia, só nós três na calçada. Não tive jeito senão ir andando, diminuindo a marcha, para ver se bispava mais alguma coisa. Ainda deu tempo de ouvir o mesmo senhor dizendo:
- Você sabe que eu sou sincero.
Claro que não me passou pela cabeça idéia de homossexualismo, embora a gente não possa descartar qualquer hipótese.
Matutando, pensei que o declarante de amor poderia ser realmente sincero e gostar sinceramente do amigo. Mas poderia ser, também, um mal intencionado, querendo dar uma "facada" no interlocutor e engatava preliminares, jogando lantejoulas. Poderia ser qualquer coisa. De fato, quando a gente não tem informações precisas sobre o que os outros dizem, tem o direito de pensar qualquer coisa.
Mas prefiro pensar em amizade sincera, amor de um homem por outro homem, sem qualquer outra conotação.
O amor é lindo!
IMAGEM (EDITADA): Arte e Sonho Lembranças.
http://www.elo7.com.br/productSearch.do?command=showUserProducts&webCode=2E6EF&sortBy=11&min-price=&max-price=&pageNum=3
Pois não é que hoje, pela manhã, mandei o computador às favas, deixei o violão na espera... e fui andar à toa.
Valeu!
Em uma esquina, passei por dois senhores, com mais ou menos a minha idade. No momento em que passava, ouvi de um deles:
- Eu gosto muito de você!
Quando não dá na vista, costumo ficar na área, para bisbilhotar o desenrolar da conversa. Mas não iria pegar bem, naquela circunstância. A rua estava praticamente vazia, só nós três na calçada. Não tive jeito senão ir andando, diminuindo a marcha, para ver se bispava mais alguma coisa. Ainda deu tempo de ouvir o mesmo senhor dizendo:
- Você sabe que eu sou sincero.
Claro que não me passou pela cabeça idéia de homossexualismo, embora a gente não possa descartar qualquer hipótese.
Matutando, pensei que o declarante de amor poderia ser realmente sincero e gostar sinceramente do amigo. Mas poderia ser, também, um mal intencionado, querendo dar uma "facada" no interlocutor e engatava preliminares, jogando lantejoulas. Poderia ser qualquer coisa. De fato, quando a gente não tem informações precisas sobre o que os outros dizem, tem o direito de pensar qualquer coisa.
Mas prefiro pensar em amizade sincera, amor de um homem por outro homem, sem qualquer outra conotação.
O amor é lindo!
IMAGEM (EDITADA): Arte e Sonho Lembranças.
http://www.elo7.com.br/productSearch.do?command=showUserProducts&webCode=2E6EF&sortBy=11&min-price=&max-price=&pageNum=3
15 de set. de 2012
A ARTE POÉTICA DE CÍCERO CHRISTÓFARO - FILOSOFIA.
CRÔNICA DE MOZART HAMILTON BUENO
Remexendo papéis, dei com Mozar Hamilton Bueno em uma coletânea de crônicas que, aos 23 de março de 2000, ofertara-me, em Brasília, sobre alguns episódios da "nossa PMMG". Conheço-o desde há muitos anos: Sargento Músico no 9º Batalhão de Polícia Militar, em Barbacena - MG; Diretor do Colégio Tiradentes da PMMG, anexo ao mesmo Batalhão; Juiz de Direito em Brasília e Território (não me lembro qual). Ah! Ia-me esquecendo: ponta direita titular do Independente, time de futebol do 9º Batalhão. Encontrei-o em Brasília, à época em que me presenteou com as crônicas, quando prometeu que, se chegassem a oitenta ou cem, atrever-se-ia a colocá-las em livro. Não sei se colocou. Encontrando-o nos meus velhos papéis, procurei na rede e fui achá-lo no facebook. Já encaminhei pedido para que aceite como amigo. Como sei que é, já estou publicando uma das crônicas dele, antecipando-me à autorização. Vamos lá:
O 1º Batalhão da PM fica em Santa Efigênia, Belo Horizonte e defronte o quartel tem uma linda praça. Como da tradição, o Batalhão se encarregava da manutenção da praça, promovendo a limpeza,
pintura de postes e bancos e cuidados com a grama e as flores.
Assumiu o comando do "BG" o Ten. Cel. Soriano e, indo à praça, determinou que os bancos da mesma fossem repintados.
Para evitar que os que dela desfrutavam se sujassem na tinta fresca, determinou fosse instalado um posto de sentinela na praça, a fim de impedir que as pessoas usassem os bancos enquanto a tinta não secasse.
Muitos anos após, já reformado, o ex Comandante adquiriu uma casa naquela praça.
Certa manhã, com o jornal sob o braço, foi à praça onde pretendia lê-lo. Ao aproximar-se de um dos bancos, foi abordado pelo sentinela, que advertiu:
"Não pode sentar aí, não".
Por que? indagou o ex Comandante.
"Sei não, moço... foi a ordem que recebi".
Indignado, o oficial atravessou a rua e foi direto ao Comandante do BG, indagar o porquê daquela proibição.
Sem saber de nada o Comandante mandou chamar o P-1, e este também não soube explicar a proibição.
Dá daqui, dá dali, um sargento mais antigo disse que essa ordem era velha, mas não sabia mais da sua razão.
Rebuscando os arquivos, descobriu-se a determinação do ex Comandante e o porquê da proibição.
Se o ex Comandante não tivesse se mudado, até hoje, com certeza, ninguém poderia usufruir do banco da praça.
Foto: IEPHA - Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais.
"TÁ PROIBIDO SENTAR"
PRAÇA FLORIANO PEIXOTO. AO FUNDO, O QUARTEL DO BATALHÃO DE GUARDAS (BG). |
pintura de postes e bancos e cuidados com a grama e as flores.
Assumiu o comando do "BG" o Ten. Cel. Soriano e, indo à praça, determinou que os bancos da mesma fossem repintados.
Para evitar que os que dela desfrutavam se sujassem na tinta fresca, determinou fosse instalado um posto de sentinela na praça, a fim de impedir que as pessoas usassem os bancos enquanto a tinta não secasse.
Muitos anos após, já reformado, o ex Comandante adquiriu uma casa naquela praça.
Certa manhã, com o jornal sob o braço, foi à praça onde pretendia lê-lo. Ao aproximar-se de um dos bancos, foi abordado pelo sentinela, que advertiu:
"Não pode sentar aí, não".
Por que? indagou o ex Comandante.
"Sei não, moço... foi a ordem que recebi".
Indignado, o oficial atravessou a rua e foi direto ao Comandante do BG, indagar o porquê daquela proibição.
Sem saber de nada o Comandante mandou chamar o P-1, e este também não soube explicar a proibição.
Dá daqui, dá dali, um sargento mais antigo disse que essa ordem era velha, mas não sabia mais da sua razão.
Rebuscando os arquivos, descobriu-se a determinação do ex Comandante e o porquê da proibição.
Se o ex Comandante não tivesse se mudado, até hoje, com certeza, ninguém poderia usufruir do banco da praça.
Foto: IEPHA - Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais.
14 de set. de 2012
PATATIVA DO ASSARÉ - VERSOS ESPALHAFATOSOS
Margarida minha irmã
derne o tempo que era nova
só prantava macunã
de dez caroço na cova
e o meu irmão Juvená
vivia sempre a brincá
fazendo istôpa de cêra,
tudo o moleque inventava,
muntas vez até botava
cangaia em caranguejêra.
Foto: Biblioteca Patativa do Assaré.
http://bbpatativadoassare.blogspot.com.br/2009/10/blog-post_24.html
derne o tempo que era nova
só prantava macunã
de dez caroço na cova
e o meu irmão Juvená
vivia sempre a brincá
fazendo istôpa de cêra,
tudo o moleque inventava,
muntas vez até botava
cangaia em caranguejêra.
Foto: Biblioteca Patativa do Assaré.
http://bbpatativadoassare.blogspot.com.br/2009/10/blog-post_24.html
12 de set. de 2012
O POETA WANDER PORTO DÁ O AR DE SUA GRAÇA
___CRÁPULA CANÇÃO DE HORROR ÀS CONSCIÊNCIAS ABANDONADAS___
Loucas canções de musgos
Velhos lampejos de ternura;
Tempo de deuses em desuso,
Primícias de sustos e mortos;
Parcas lâmpadas de alfaias,
Traços tristes de pétalas de luz,
Bêbadas, nativas das gandaias,
Crescidas entre lâminas e pus;
Loucas canções de musgos
Velhos lampejos de ternura;
Tempo de deuses em desuso,
Primícias de sustos e mortos;
Parcas lâmpadas de alfaias,
Traços tristes de pétalas de luz,
Bêbadas, nativas das gandaias,
Crescidas entre lâminas e pus;
Remoto é cogitar de triunfos
Ou bônus do Fecundo na física:
-Que nega o leite de prenhas vacas
Aos Enfisemas da Terra tísica.
Tosse cão de guarda das trevas,
Suba a alvenarias dos tempos,
Anule andaimes e cadafalsos
Para gabar os crimes de fome
E rasgar o enredo dos dementes:
Que sobrem mais que desejos
Na água-sede das nossas bocas:
-Os Rios...
Ah!...Os rios de perfumes sem pudor
Alambicados do suor dos beijos,
Borrados, apavorados de amor!
Ou bônus do Fecundo na física:
-Que nega o leite de prenhas vacas
Aos Enfisemas da Terra tísica.
Tosse cão de guarda das trevas,
Suba a alvenarias dos tempos,
Anule andaimes e cadafalsos
Para gabar os crimes de fome
E rasgar o enredo dos dementes:
Que sobrem mais que desejos
Na água-sede das nossas bocas:
-Os Rios...
Ah!...Os rios de perfumes sem pudor
Alambicados do suor dos beijos,
Borrados, apavorados de amor!
Imagem: fanpop!
11 de set. de 2012
DRUMMOND AO ACASO
Fazer da areia, terra e água uma canção
Depois, moldar de vento a
flauta
que há de espalhar esta canção
Por fim tecer de amor lábios e dedos
que a flauta animarão.”
Imagem: O Inferno Sou Eu
http://infernosoueu.blogspot.com.br/2011/04/ouco-flautas-sinfonia-do-sono.html
8 x 0! TUDO BEM?
Nem tanto. Mas há um bom sinal.
Tenho dito, desde há muito tempo, que o que distingue um time bom de um time ruim é a goleada.
Então, na comparação do jogo com a China, havia um time bom e um time ruim.
Tenho dito, também, que, quando acontece uma goleada, ou há uma disparidade técnica muito grande entre os times, ou tudo deu certo para o vencedor e tudo deu errado para o perdedor, ou as duas coisas.
Penso que aconteceram as duas coisas no Mundão do Arruda.
Jogadas nem sempre muito simples tentadas, dando certo. Pelo lado da China, acontecendo até gol contra.
Acho que a goleada foi alvissareira. Não só a goleada. Vimos, hoje, coisas que não temos visto nesta seleção. Principalmente movimentações de atacantes que, antes, ficavam restritos uma faixa de campo. Vimos o Hulk correndo pelos dois lados e, às vezes, pelo meio. É mais forte pela direita. Mas algumas passagens pela esquerda servem para confundir. Lucas também. Antes, devia tabelar ou sair em alta velocidade, sempre pela direita. Variou mais hoje. Ficou tudo melhor.
As vaias de São Paulo mexeram com os jogadores. Vaias que não achei justas, porque estavam indicando descontentamento com a não convocação de jogador querido pela torcida que vaiava. Mas não deixaram de fazer algum efeito.
Por exemplo: Neymar falou, no intervalo, que ninguém vai tirar o sorriso dele. Depois de um dos gols que fez, mostrou-se para a câmera, puxando os lábios com os dedos e mostrando os dentes. Muito mais um esgar do que um sorriso. Forçado desde o uso dos dedos para escancarar a boca e mostrar os dentes. É claro que tiraram o sorriso dele, porque precisou "fabricar" um. Na minha opinião, tem muito o que aprender, ainda, para nivelar sua pessoa com seu futebol, que é imenso.
Outra observação, que entendo pertencer ao campo político do poder: Hulk fez um gol e tirou a camisa, para mostrar seu amor pelo Nordeste e pela Paraíba. Levou cartão amarelo.
Tenho visto jogadores que, mesmo sabendo que irão levar cartão amarelo, comemoram tirando a camisa. A primeira vez em que observei foi com Jobson, pelo Botafogo. Principalmente porque já estava amarelado e tirar a camisa resultaria em expulsão. Resultou. Jobson entortou sua vida e está à margem dos grandes clubes, mesmo jogando muita bola.
Apesar de tudo, vários jogadores, seguidamente, estão comemorando descamisados. Com amarelos e tudo. Hulk foi o de maior estirpe que se rebelou.
Parece-me que poderá ser uma ação orquestrada, uma rebeldia contra a ordem da FIFA, para punir a ação.
Quando Viola disse que o "professor" (Carlos Alberto Parreira) não gostava de comemorações divertidas (o Viola era craque também nisto) e que, portanto, não as faria, na selação, não gostei. Disse que o jogador só é craque depois que a bola entra no gol. E, a partir desse momento, pode comemorar como quiser. É alegria do futebol, quando não implica agressividade. O Viola divertiu a torcida, quando correu ao orelhão, à beira do campo, "para telefonar para a mãe dele e contar que havia feito um gol". Por que inibir isto?
Não posso concordar, em princípio, com o jogador transgredir, conscientemente, sabendo que vai tomar cartão, podendo resultar em expulsão, ou contar para o terceiro, desfalcando o time, no futuro. Mas não posso concordar com proibições feitas apenas para mostrar autoridade. Nem é agressivo, nem é imoral o jogador tirar a camisa. Pois não tiram para trocar gentileza com o adversário? Não tiram depois do jogo, quando se dirigem ao vestiário?
Seria bom a FIFA debruçar-se sobre as ações repetidas, que penso serem orquestradas. Avaliar com ísenção se tirar a camisa deve ser mesmo um pecado mortal.
Acho que, se não fizer isto, os jogadores vão acabar ganhando a parada.
Fotos: globoesporte.com - Agência AP.
http://globoesporte.globo.com/futebol/selecao-brasileira/noticia/2012/09/gols-para-espantar-crise-selecao-atropela-china-e-faz-8-0-no-recife.html
http://globoesporte.globo.com/futebol/selecao-brasileira/fotos/2012/09/fotos-brasil-goleia-china-em-pernambuco.html
Tenho dito, desde há muito tempo, que o que distingue um time bom de um time ruim é a goleada.
Então, na comparação do jogo com a China, havia um time bom e um time ruim.
Tenho dito, também, que, quando acontece uma goleada, ou há uma disparidade técnica muito grande entre os times, ou tudo deu certo para o vencedor e tudo deu errado para o perdedor, ou as duas coisas.
Penso que aconteceram as duas coisas no Mundão do Arruda.
Jogadas nem sempre muito simples tentadas, dando certo. Pelo lado da China, acontecendo até gol contra.
Acho que a goleada foi alvissareira. Não só a goleada. Vimos, hoje, coisas que não temos visto nesta seleção. Principalmente movimentações de atacantes que, antes, ficavam restritos uma faixa de campo. Vimos o Hulk correndo pelos dois lados e, às vezes, pelo meio. É mais forte pela direita. Mas algumas passagens pela esquerda servem para confundir. Lucas também. Antes, devia tabelar ou sair em alta velocidade, sempre pela direita. Variou mais hoje. Ficou tudo melhor.
As vaias de São Paulo mexeram com os jogadores. Vaias que não achei justas, porque estavam indicando descontentamento com a não convocação de jogador querido pela torcida que vaiava. Mas não deixaram de fazer algum efeito.
Por exemplo: Neymar falou, no intervalo, que ninguém vai tirar o sorriso dele. Depois de um dos gols que fez, mostrou-se para a câmera, puxando os lábios com os dedos e mostrando os dentes. Muito mais um esgar do que um sorriso. Forçado desde o uso dos dedos para escancarar a boca e mostrar os dentes. É claro que tiraram o sorriso dele, porque precisou "fabricar" um. Na minha opinião, tem muito o que aprender, ainda, para nivelar sua pessoa com seu futebol, que é imenso.
Outra observação, que entendo pertencer ao campo político do poder: Hulk fez um gol e tirou a camisa, para mostrar seu amor pelo Nordeste e pela Paraíba. Levou cartão amarelo.
Tenho visto jogadores que, mesmo sabendo que irão levar cartão amarelo, comemoram tirando a camisa. A primeira vez em que observei foi com Jobson, pelo Botafogo. Principalmente porque já estava amarelado e tirar a camisa resultaria em expulsão. Resultou. Jobson entortou sua vida e está à margem dos grandes clubes, mesmo jogando muita bola.
Apesar de tudo, vários jogadores, seguidamente, estão comemorando descamisados. Com amarelos e tudo. Hulk foi o de maior estirpe que se rebelou.
Parece-me que poderá ser uma ação orquestrada, uma rebeldia contra a ordem da FIFA, para punir a ação.
Quando Viola disse que o "professor" (Carlos Alberto Parreira) não gostava de comemorações divertidas (o Viola era craque também nisto) e que, portanto, não as faria, na selação, não gostei. Disse que o jogador só é craque depois que a bola entra no gol. E, a partir desse momento, pode comemorar como quiser. É alegria do futebol, quando não implica agressividade. O Viola divertiu a torcida, quando correu ao orelhão, à beira do campo, "para telefonar para a mãe dele e contar que havia feito um gol". Por que inibir isto?
Não posso concordar, em princípio, com o jogador transgredir, conscientemente, sabendo que vai tomar cartão, podendo resultar em expulsão, ou contar para o terceiro, desfalcando o time, no futuro. Mas não posso concordar com proibições feitas apenas para mostrar autoridade. Nem é agressivo, nem é imoral o jogador tirar a camisa. Pois não tiram para trocar gentileza com o adversário? Não tiram depois do jogo, quando se dirigem ao vestiário?
Seria bom a FIFA debruçar-se sobre as ações repetidas, que penso serem orquestradas. Avaliar com ísenção se tirar a camisa deve ser mesmo um pecado mortal.
Acho que, se não fizer isto, os jogadores vão acabar ganhando a parada.
Fotos: globoesporte.com - Agência AP.
http://globoesporte.globo.com/futebol/selecao-brasileira/noticia/2012/09/gols-para-espantar-crise-selecao-atropela-china-e-faz-8-0-no-recife.html
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