Está no Metrô de São Paulo. Várias mensagens estimulam os usuários à pratica de um belo gesto (que raramente praticam). Uma das mensagens recomenda que o passageiro espere descerem os que estão no interior, para entrar depois. Não é apenas uma questão de educação, mas de inteligência. Afinal, é preciso abrir espaço para que possam entrar os que estão de fora.
Constatei, no último fim de semana, que o Metrô de São Paulo pratica um belo gesto: o respeito pelo consumidor de seus serviços.
Dentre os fornecedores de bens e serviços, há alguns que têm uma clientela muito grande. São os bancos (não há como se livrar deles, pois conseguiram que até o Estado pague através deles), os fornecedores de energia, água e esgoto, comunicação (celulares, bandas largas, tv a cabo, etc.), os grandes comerciantes, etc. Chamo-os de "fornecedores de massa". Costumam tratar seus consumidores como unidades numéricas de massa e estão entre os campeões de reclamações em procons e outros órgãos de proteção ao consumidor.
O Metrô de São Paulo é um fornecedor de massa, na minha concepção.
Surpreendeu-me o Metrô de São Paulo. Idoso, tinha um tíquete de passagem gratuita. Estava vencido. Na estação, perguntei a um funcionário como faria para obter outro. Informou-me que tinha de me dirigir a uma estação (não me lembro qual) e apresentar documentos, que me forneceriam. Quando falei que o meu estava vencido, o funcionário disse, imediatamente: "então, basta o senhor ir a qualquer guichê e trocá-lo". Dirigi-me a um guichê, na mesma estação em que me encontrava. O funcionário atualizou meu tíquete, sem qualquer burocracia. Ou seja: o Metrô de São Paulo só exigiu que eu fosse a uma estação pré-determinada, da primeira vez em que busquei o benefício, para cadastrar-me e promover a emissão do primeiro tíquete. Isto porque não lhe deve convir instalar uma estrutura cadastradora em cada estação, o que acho conforme. Dali em diante, viabiliza ao idoso o acesso ao programa, em qualquer estação a que me dirija, para habilitá-lo ao uso gratuito.
Surpreendeu-me porque: primeiro, não moro em São Paulo e nunca dei lucro ao Metrô de São Paulo; segundo: tendo começado a usar o metrô após os sessenta e cinco anos de idade, e apenas eventualmente, continuo não dando lucro à empresa.
Ora, o Metrô de São Paulo não só me assegura a gratuidade como pratica uma ação facilitadora de acesso a esse benefício.
Um Belo Gesto!
Imagem: TÁ PINTANDO UM NOVO METRÔ
http://www.tapintandoumnovometro.com.br/main.php
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