Não tenho certeza. Não me lembro se a estória foi contada pelo Stanislaw Ponte Preta. Acho que é coisa dele. Vou conferir com a Fifi. A expressão "cirquim do interior" não é pejorativa (assumo a expressão, que não é de Stanislaw). Penso que é necessária, para identificar as váris dificuldades que os circos pequenos enfrentam, nos quais só mesmo o amor à arte e os sonhos de artistas conseguem manter a atividade. Muitos grandes artistas orgulharam-se e orgulham-se de terem atuado em cirquim do interior.
Pois - conta-se - que foi num cirquim do interior que aconteceu. Foi num tempo - que, parece, já não volta mais - em que, durante a Semana Santa, só se via filmes, peças, e outros eventos envolvendo os temas religiosos. Nem pensar em filmes que podemos ver hoje.
O circo pequeno não pode paralizar suas atividades. E, no tempo em que aconteceu, só lhe sobrava o tema da Semana Santa: Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.
O elenco era muito pequeno. Ficaria um espetáculo muito pobre. O remédio foi recrutar, na comunidade, pessoas que se dispusessem a participar da trama.
Depois de alguns ensaios, chegou o grande dia. O pessoal da cidade mais do que ouriçado, tanto querendo ver os artistas circenses, quanto interessadíssimo em ver os desempenhos dos conterrâneos artistas voluntários. Claro, aproveitariam para "zoar" (não existia, naquele tempo) os desafetos (sempre há).
Começou o espetáculo. Tudo ia muito bem, quando, não se sabe por que (provavelmente zoeira de alguém), começou uma briga generalizada. Cidade pequena, sabe como é: todos se conhecem, todos são amigos (ou inimigos). Mexeu com um, buliu em casa de caçununga.
No auge da briga, surgiu a "otoridade":
A resposta veio pronta, de um palhaço, óbvio:
- E eu sou o Jesus Cristo deste circo. Mas não vai dar para fazer milagre!
Imagem: brastend.
https://www.entretendas.com.br/tendas-de-circo/tenda-circo/tendas-lona-de-circo-caieiras
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