Internacional, de Porto Alegre x Cerâmica, hoje, no Beira Rio. Deu Inter 3 x 0. Parece que foi fácil. Não, mesmo! O Cerâmica resistiu bem, no primeiro tempo, mas deu muita botinada. Faltas para parar a jogada. Quase sem cartão amarelo. Tinha espaço para muito mais.
Observei, principalmente dois fatos: um ligado ao juiz (e, é claro, às regras e aos critérios de aplicação); outro ligado ao jogador.
O juiz foi parcimonioso com os cartões amarelos, como disse. Não coibiu faltas, de que abusou principalmente a defesa do Cerâmica. Algumas feitas por jogadores do Inter, pelo modo como ocorreram, também merecerem (meu ponto de vista, sub censura, como gostam os juristas). Aí, veio a tal de regra e, na carona, o critério. Leandro Damião marcou o segundo gol e "foi pra galera", tirando a camisa. Em cima da regra, o juiz aplicou o amarelo. Parece que tudo está bem. Não acho. "Os home" acham mais grave um ato de "rebeldia", que compromete sua autoridade, do que um que compromete a segurança. Dar paulada pode. Ignorar o apito do juiz, e seguir na jogada é "crime de lesa majestade". Não estou "livrando a cara" do jogador rebelde, não. Mas não concordo com que o juiz possa aliviar em gestos anti-esportivos mais graves, que até podem resultar em lesões físicas.
O que é mais importante afinal? Com a palavra Joseph Blatter e o Departamento de Árbitros da CBF!
Agora, o jogador: Por que é que o Leandro Damião foi tirar a camisa, mesmo sabendo que tomaria o cartão amarelo? Por que os dirigentes de clubes permitem isto? Não é a primeira vez que acontece e, provavelmente, não será a última. Uma das vezes em que assisti a cena da mesma natureza foi em um jogo do Botafogo. Jobson, já "amarelado", fez um gol e tirou a camisa, para comemorar. É claro que sabia que iria ser expulso. Isto não importava. Importava a comemoração.
Leandro Damião é jogador de seleção brasileira. Que garantia poderemos ter de que sua conduta na seleção será mais comedida? Em copa do mundo não se pode perder um jogador, só porque quis satisfazer a sua vaidade. Rigoroso? Sou, sim. Jogador de seleção brasileira não pode ser só elite futebolística, não. Deve ter, pelo menos, um vernizinho de elite em outras características. É observado pelo mundo inteiro. Sou fã do Leandro Damião, não só pela qualidade de seu futebol, mas, talvez principalmente por ter ido da várzea à seleção brasileira, sem ter passado por escolinha, por seleção de base... Mas o fato de ser craque de seleção obriga-o a comportar-se bem, porque os atributos que se deve exigir de um jogador de nível vão além do saber jogar bola e cuidar bem da parte física.
O bom comportamento em campo é indispensável.
Foto: Sport Club Internacional
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