27 de abr. de 2012

ARTE POÉTICA - CÍCERO CHRISTÓFARO


Mundico Gargalhada
Cícero Christófaro é meu irmão caçula. Caçula só na cronologia. Durante muito tempo, freqüentou uma moita. Através da google (ainda tenho dúvida se é "do" ou "da"), fiquei sabendo de muita coisa boa que ele produziu, em arquitetura, que não me contava, nem no pau de arara. Como estou fora de Belo Horizonte desde 1980, acabei ignorando muitas coisas a seu respeito. Sabia que escrevia, em vários gêneros. Prosa, poesia, letras e melodias de músicas (há pouco tempo, participou de um concurso, na Rádio Inconfiência de BH, se não me engano e teve uma obra gravada e levada ao ar; não sei bem, porque ele deixou na moita; pressionado, revelou que gravou sim). Ah! Cícero inventou de conhecer, produzir, vender, cuidar, ensinar... orquídeas. A imagem que vai aqui não é comercial. Mas, se alguém achar de ir atrás...
Como estou incrementando este blog, pedi-lhe que me autorizasse a publicar produções suas. Estamos inaugurando hoje.

"Insite", em 1984:

Nasci
Vivi
Morri
Nem por isto me dei mal

Dialogando com Cecília Meireles:

Cecília Meireles (última estrofe de Cantiguinha):

São dois rios os meus olhos
- te juro -
noite  e dia correm, correm
mas não acho o que procuro

Cícero Christófaro (dizendo-se um pouco mais otimista), em fevereiro de 1986:

Meus olhos
(revendo os da Cecília Meireles)

São dois rios os meus olhos
Vejo, vejo, vejo
Há coisas que quase adivinho
Procuro (já sem angústia)
Todo dia acho um pouquinho.

Imagem: Habitat Orquídeas
http://www.habitatorquideas.com.br/