16 de ago. de 2012

ESTE É UM PAÍS QUE VAI PRA FRENTE. DESDE A DÉCADA DE 1970, NA DITADURA

A propaganda oficial quer, sempre, "botar para cima" o ânimo do povo. Agora, "parcerias" com a iniciativa privada, para rasgar este país de estradas, o tal de PAC, anunciado há vários anos.
Podem chamar de derrotismo. Acho, há muito tempo, que o Brasil está uma bagunça. Índices nada animadores, e até desastrosos, na "dessaúde", na "deseducação", nos de "destransportes" - o trânsito envolvido aí - na "dessegurança", nos assaltos, nos sequestros (estes eficientes, sem "des")etc., etc...
Ontem, fiquei sabendo que o IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - está muito aquém do desejável. Um dos indicadores para determinar o índice é o número de aprovações. No mínimo estranho, em um país em que não se pode reprovar.
Alguns comentaristas sugerem que é preciso disponibilizar tudo o que há de tecnologia.
Isto custaria muito caro e, se o governo for prover as escolas públicas com a parafernália, os preços irão para as alturas, natural (coisa de mercado) ou "artificialmente" (se não for assim, vivo em um país que não é o Brasil).
Penso em um computador por aluno, sem internet, nos primeiros anos e sem joguinhos. Simplesmente aprender a usar o computador. Mais do que isto, fazer em casa. Já seria um enorme avanço.
Mas penso que, melhor do que tudo isto, é dar a sorte de ter uma Dona Maria do Carmo Mello e Silva como professora, durante os quatro primeiros anos, como eu tive. Acompanhou-me do primeiro ao quarto ano. Ah! E uma turma saudável, bem alimentada, e bem educada, em que mais da metade estava na faixa das notas de 9 a 10. Escola pública - que era a boa. Todos nós de famílias de médias para baixo. A minha tinha uma vida bem difícil.
Para isto, é indispensável qualificar adequadamente as professoras (penso que o sexo feminino ainda domina o setor do ensino fundamental, sendo o caso de, em uma inversão do machismo, colocar os homens como caronas). E, é claro, pagar adequadamente, para tornar a profissão atrativa. Antigamente, ser professora era pertencer a um segmento muito prestigiado da comunidade.
Não precisamos buscar exemplos nem comparações internacionais. Esse montão de gente com especializações, mestrado, doutorado, superdoutorado, supermegahiper seiláoquê... deve saber o que fazer.
Ora, mas isto custa muito caro! Custa sim, mas é investimento. 
Como tenho a mania de misturar as coisas, estou misturando a notícia da nota baixa do IDEB com uma outra, de uma feira de jatinhos executivos (para valorizar, falaram até que um jatinho foi fretado pelo Santos para buscar o Neymar, na Europa, para jogar contra o Figueirense). Só coisa de milhões! E de "bacanos".
Isto não é caro. Tem um mercado promissor (o de helicópteros já começa a congestionar os céus de Sampa). Tem gente podendo e querendo pagar.
Será que a renda não está mal distribuída? Sei não. De economia, não entendo nem da minha. Nem penso que se deva distribuir por distribuir. Mas em remunerar melhor quem produz bem.
Não sou comunista, nem socialista, nem nada que se possa parecer com essas crenças.
No entanto, penso que, deixando o Brasil rolar do jeito que está rolando - pessoas absolutamente despreparadas manejando celulares, aipodes, tábletes, gueimes, etcetera, estaremos mantendo a forma de comunicação que havia durante a ditadura, década de 1970, mais ou menos, e que era criticada por muita gente que mantém tudo isto.

FOTO: ASSHURTADAS.
http://blogdassurtadas.blogspot.com.br/2011/07/esse-e-o-pais-que-vai-pra-frente.html

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