Evito, o quanto posso, citar nomes. Mas não consigo conter-me, agora. Estava assistindo à Conexão Sportv. O primeiro comentário foi sobre o nosso judô. Os resultados, considerados não satisfatórios, contrariaram as espectativas. Flávio Canto, participando do programa, explicou, de forma convincente, que a equipe de judô foi organizada com base em informações objetivas sobre ranqueamento e sobre desempenhos internacionais recentes. E que os resultados dependem de muitos fatores, tendo dito, inclusive, que uma quinta colocação significa que o atleta permaneceu na competição durante bom tempo (cinco lutas).
Galvão Bueno abordou o tema da internet e das redes sociais, afirmando que ambas são ótimas, que viabilizam o salvamento de pessoas, que dispensam enciclopédias, etc., etc.. Criticou, veementemente, pessoas que abusam da comunicabilidade na rede, para agredir e desrespeitar pessoas. Falou de um lutador de MMA que desancou o judô brasileiro, desrespeitando-o, e dizendo que o MMA é o único esporte que dignifica o Brasil (mais ou menos isto). Falou, também, de desrespeito em atitudes racistas, de várias pessoas, pela rede. E afirmou que o judô brasileiro tem de ser respeitado, pelo tudo que fez, pelas medalhas olímpicas e títulos mundiais que conquistou... Ora, por onde anda o Galvão Bueno? Em outra galáxia? Ou foi teletransportado, que nem o Arnaldo César Coelho foi no programa (grande truque! muito bacana!).
Que me desculpe o Galvão Bueno. É de se esperar de pessoa com a vivência dele, um comunicador respeitadíssimo, que esteja situado em seu planeta e em seu tempo.
Não concordo com ele com que se tenha de respeitar o judô brasileiro. Tem de respeitar tudo e todo o mundo.
Não me agradou, por exemplo, durante a transmissão do jogo Brasil x Biolorrússia, que o comentarista tivesse dito que era um absurdo aquele juiz apitar um jogo do qual participava o Brasil. Ora essa! Por que? O mesmo comentarista dissera que a vitória do Brasil estava desenhada desde antes de começar a partida. Logo, não era uma partida assim tão importante. Devia caber aquele juiz. Errou em alguns lances, sim. Mas o Neymar também errou aquele gol, contrariando todas as espectativas, pelo imenso jogador que é. O comentarista reduziu o juiz daquele jogo a ínfima categoria, referindo-se, inclusive, à origem do mesmo, de um país (da primeira vez, citou país diverso) onde o futebol não tem grande destaque. Não podia ter-se esquecido de que aquele juiz não foi catado na beira de um campo de várzea.
As letras das constituições são lindas; lindos devem ser a Bíblia, o Corão e toda literatura religiosa, eis que nenhuma religião ensina o mal; e assim por diante. No entanto, vivemos em um planeta com segregações terríveis, com guerras, terrorismo, abusos de poder econômico...
Bem pertinho de nós, temos uma Constituição que a muitos pode parecer perfeita; um Código Penal em que encontra lugar garantido qualquer que resvalar em um dos Dez Mandamentos da Lei de Deus... No entanto, temos todo tipo de bandidagem, desde aquela vestida em molambos até a do chamado colarinho branco.
Não vivemos em um mundo de vestais, definitivamente.
Imagem: Esoteric's.
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