QUERO DEDICAR ESTE POEMA QUE, SOBREVIVENTE DE UM TEMPO DE CHUMBO E SILÊNCIOS, ESTE ANO FAZ 40 ANOS, AO ANIVERSARIANTE DO DIA: LUIZ ESTEVES, POETA DE PIANOS ALUCINADOS E OUTRAS NOTÍCIAS DA VIDA!!!
___OUTROS E NOVOS DIAS___
Ah, Outros e Novos Dias virão!
Quando as amostragens de pétalas
Far-se-ão pelos tatos das amadas
Em detrimento das mãos-de-ferro:
-Porque nas atuais escolhas eu só vejo homens ...colhendo chamas e outros venenos que atiram no caldeirão das conveniências; vejo mulheres trafegando tesouras para a poda diária das suavidades; e, golpe maior, crianças engatilhadas de pequenas foices e olhos municiados com gotículas de sangue e arsenais de susto para que ativem as brincadeiras de guerra na escuridão dos jardins de asfalto.
Ah, Outros e Novos dias virão!
Quando os planetas serão entendidos
E dissertarão as parábolas de afeto
Para o alinhamento das compreensões:
-Porque nos atuais eu só vejo mísseis semeando cizânias; espiões celestes coagindo cabeças para a intromissão do pânico; multiplicação vasta do lixo atômico para o emporcalhamento das galáxias e não prevejo nada para nos limpar e limpar o aqui; os mares, os rios, as matas, o chão, enfim, a Terra dita bendita, Morada dos Homens, cominha para Terra dita Maldita.
Ah, Outros e Novos Dias virão!
Quando
Os suculentos livros brotarão das ramas
Para que os mais pequeninos meninos
Possam comer-lhes as sílabas, ainda que tardias;
Ah, Outros e Novos Dias virão!
Quando
As águas passearão footings de valsa
Pela tarde amena, serena, morena de pardais
Em seus trajes chuva, chuvas criadeiras;
Ah, Outros e Novos Dias virão!
Quando
O pudor entrará em férias vitalícias
E os corpos dirão mensagens cardiais
Nas táteis frondes frescas das paineiras;
Ah, Outros e Novos Dias virão!
Quando
Naipes de violinos soarão permanentemente
Em líricas notas sobre o septagrama dos arcos-da-chuva
Para comprazer os omissos mais renitentes;
Ah, outros e Novos Dias virão!
Quando
As roupas claras de ornar corações obtusos
Serão lavadas nas espumas brancas do mar
E secarão pênseis nos vastos varais da lua;
Ah, Outros e Novos Dias virão!
Quando
O homem-da-serra e a mata de porte
Dançarão o minueto eterno dos amantes
Na alegro e livre sinfonia dos ventos;
Ah, Outros e Novos Dias virão!
Quando
Os passarinhos mansos e os ariscos do céu
Dividirão o farelo com as aves de rapina
Em comunhão moleque na aventura das manhãs;
Ah, Outros e Novos Dias virão!
Quando
O bimbalhar harmônico dos sinos do sonho
Serão afinados pela Grande Orquestra do Real
No diapasão único da certeza nos futuros;
Ah, Outros e Novos Dias virão!
Quando
A estratégia máxima da ambição do lucro
Será revirar e função canalha do consumo
Em esparramância geral de bem-querer e paz.
Ah, Outros e Novos Dias virão:
Quando as coloridas saladas de Verão
Terão o teu perfil em destaque
E tua eternal condição de verdura;
Quando tua voz cavalgará assovios doces
Em flautas suaves e harpas douradas
Na sela ligeira do alazão do Outono;
Quando nas fumegantes sopas de Inverno
O vapor desenhará figuras dóceis
Em constante convite à União;
Quando no espocar das exuberâncias Primaveras
Corais cantarão o apogeu das farturas perenes
Junto ao riacho doce das Águas da Igualdade.
Ah, Outros e Novos Dias virão!
Quando o Sol acordará em dádivas
E trará os curiós e os pintassilgos das aleluias
Para o rebuliço farto do meu coração,
Onde, incansável braçal,
Plantei imensos campos de orvalho
Para que tu corras práqui e práli
Com tuas réstias de surpresas,
Tuas dúzias de invenções
E centenas de perguntas
Vindas do pendoar dos teus cabelos,
Da semente fértil do teu verde útero
Ou dos raios solares dos teus olhos de terra!
Ah, amada,
Eu construi imensos sonhos
Em campos e campinas de Luz
Para que tu corra e corras,
Brinque e brinques,
Ria e rias,
Pule e pules sempre
Entre os mantimentos para a vida toda,
As misturas leves de cheiro bom
E os Temperos Fortes do Dia-a-dia!
___OUTROS E NOVOS DIAS___
Ah, Outros e Novos Dias virão!
Quando as amostragens de pétalas
Far-se-ão pelos tatos das amadas
Em detrimento das mãos-de-ferro:
-Porque nas atuais escolhas eu só vejo homens ...colhendo chamas e outros venenos que atiram no caldeirão das conveniências; vejo mulheres trafegando tesouras para a poda diária das suavidades; e, golpe maior, crianças engatilhadas de pequenas foices e olhos municiados com gotículas de sangue e arsenais de susto para que ativem as brincadeiras de guerra na escuridão dos jardins de asfalto.
Ah, Outros e Novos dias virão!
Quando os planetas serão entendidos
E dissertarão as parábolas de afeto
Para o alinhamento das compreensões:
-Porque nos atuais eu só vejo mísseis semeando cizânias; espiões celestes coagindo cabeças para a intromissão do pânico; multiplicação vasta do lixo atômico para o emporcalhamento das galáxias e não prevejo nada para nos limpar e limpar o aqui; os mares, os rios, as matas, o chão, enfim, a Terra dita bendita, Morada dos Homens, cominha para Terra dita Maldita.
Ah, Outros e Novos Dias virão!
Quando
Os suculentos livros brotarão das ramas
Para que os mais pequeninos meninos
Possam comer-lhes as sílabas, ainda que tardias;
Ah, Outros e Novos Dias virão!
Quando
As águas passearão footings de valsa
Pela tarde amena, serena, morena de pardais
Em seus trajes chuva, chuvas criadeiras;
Ah, Outros e Novos Dias virão!
Quando
O pudor entrará em férias vitalícias
E os corpos dirão mensagens cardiais
Nas táteis frondes frescas das paineiras;
Ah, Outros e Novos Dias virão!
Quando
Naipes de violinos soarão permanentemente
Em líricas notas sobre o septagrama dos arcos-da-chuva
Para comprazer os omissos mais renitentes;
Ah, outros e Novos Dias virão!
Quando
As roupas claras de ornar corações obtusos
Serão lavadas nas espumas brancas do mar
E secarão pênseis nos vastos varais da lua;
Ah, Outros e Novos Dias virão!
Quando
O homem-da-serra e a mata de porte
Dançarão o minueto eterno dos amantes
Na alegro e livre sinfonia dos ventos;
Ah, Outros e Novos Dias virão!
Quando
Os passarinhos mansos e os ariscos do céu
Dividirão o farelo com as aves de rapina
Em comunhão moleque na aventura das manhãs;
Ah, Outros e Novos Dias virão!
Quando
O bimbalhar harmônico dos sinos do sonho
Serão afinados pela Grande Orquestra do Real
No diapasão único da certeza nos futuros;
Ah, Outros e Novos Dias virão!
Quando
A estratégia máxima da ambição do lucro
Será revirar e função canalha do consumo
Em esparramância geral de bem-querer e paz.
Ah, Outros e Novos Dias virão:
Quando as coloridas saladas de Verão
Terão o teu perfil em destaque
E tua eternal condição de verdura;
Quando tua voz cavalgará assovios doces
Em flautas suaves e harpas douradas
Na sela ligeira do alazão do Outono;
Quando nas fumegantes sopas de Inverno
O vapor desenhará figuras dóceis
Em constante convite à União;
Quando no espocar das exuberâncias Primaveras
Corais cantarão o apogeu das farturas perenes
Junto ao riacho doce das Águas da Igualdade.
Ah, Outros e Novos Dias virão!
Quando o Sol acordará em dádivas
E trará os curiós e os pintassilgos das aleluias
Para o rebuliço farto do meu coração,
Onde, incansável braçal,
Plantei imensos campos de orvalho
Para que tu corras práqui e práli
Com tuas réstias de surpresas,
Tuas dúzias de invenções
E centenas de perguntas
Vindas do pendoar dos teus cabelos,
Da semente fértil do teu verde útero
Ou dos raios solares dos teus olhos de terra!
Ah, amada,
Eu construi imensos sonhos
Em campos e campinas de Luz
Para que tu corra e corras,
Brinque e brinques,
Ria e rias,
Pule e pules sempre
Entre os mantimentos para a vida toda,
As misturas leves de cheiro bom
E os Temperos Fortes do Dia-a-dia!
Nenhum comentário:
Postar um comentário