Também quero! Mas não quero alunos padrão Fifa, não! |
Sei não. Parece que, enquanto uma competição anda, um atleta que sai do banco e se projeta passa a ser objeto de especulação. Começam a perguntar ao treinador sobre eventual descarte do substituído.
Antes de tudo, vamos falar de Neymar. Começou como um furacão e logo todo mundo ficou esperando uma sequência de jogadas espetaculares, durante os noventa minutos. Não deu isso. Nem é conveniente dar. Nem sempre é possível. Falemos só isto. Prefiro falar de Jô e de Fred, resultando que acabarei falando em Neymar.
Poderão dizer que Fred não foi bem nos dois primeiros jogos, porque não fez gol, e que Jô mostrou-se mais e acabou fazendo dois.
Voltemos ao Brasil x Japão: Fred matou uma bola que Neymar mandou para as redes, de sem-pulo. Não acho que Fred tivesse matado aquela bola para oferecê-la especialmente a Neymar. Já comentei que o passe de Marcelo foi muito forte, dificultando o domínio por Fred. Só não se pode negar que Fred tenha participado do gol, por dois modos: primeiro, amorteceu a bola; segundo, afastou-se quando viu Neymar preparando a conclusão. Decisões muito rápidas e bem sucedidas.
Jô marcou contra o Japão. Sem querer desvalorizar a conclusão, o passe de Oscar foi primoroso. Jô só concluiu? Não! O deslocamento dele, da direita para a esquerda, foi perfeito e deu a Oscar a condição essencial para o passe.
Passemos ao Brasil x México: Fred correu muito; deslocou-se eficientemente; por mais de uma vez ficou do lado direito da pequena área, olhando uma jogada que poderia ter sido diferente, com endereçamento do passe a ele. Reclamou de ninguém.
Jô substituiu Fred e marcou. Melhor do que Fred? Penso que não. Melhor mesmo foi a bola que Neymar lhe mandou, e que não teve oportunidade de mandar para Fred antes. Jô estava muito bem colocado na área. Fred também estivera.
Jô é um predestinado? Foi a pergunta que vi um repórter fazer-lhe, ao final do jogo. Claro que é: fora da seleção, viu Leandro Damião ser sacado, por dificuldade física. Entrou e teve oportunidade de receber dois passes primorosos e fazer dois gols. O do segundo gol, então, sô! Não foram muitas as vezes em que vi Neymar aprontar uma jogada daquelas, terminando de garçon.
Então, Fred deve dar lugar a Jô?
Quem sabe é o Felipão, uai! Sei nada disto não, sô!
Só sei que a seleção brasileira conta com dois centro-avantes (antes era assim, deixa ficar) bons, altos, fortes, aguerridos, entusiasmados, do jeito que o Felipão prefere para montar seus times.
Deixem o Felipão decidir sem pressão, sô!
PS.: 1. Não preciso falar do gol de Neymar. Todo mundo deve ter visto e revisto e revisto... De qualquer forma, apesar da beleza, achei a jogada do segundo gol mais bela ainda.
2. Em junho de 2012, postei um comentário:
"Fair play no futebol: quem acredita é trouxa" (http://cadikimdicadacoisa.blogspot.com.br/2012/06/fair-play-no-futebol-quem-acredita-e.html).
Ontem, Brasil x México, um jogador mexicano ficou caído perto da área brasileira. Os mexicanos tinham a bola e seguiram atacando, buscando o gol. Um jogador brasileiro tomou a bola e iniciou um contra ataque, que o juiz deixou correr, corretamente, penso. Foi aquela arrancada sensacional do Paulinho. No desfecho do lance, um mexicano chutou o Paulinho, sem bola (deu em nada). O narrador disse que foi porque a seleção brasileira não pôs a bola para fora. Meu Deus! A seleção mexicana também não dera bola para as dores de seu jogador. Estavam querendo o quê? Penso que uma parada de jogo, pelo juiz, só se justificaria se tivesse acontecido enquanto os mexicanos estivessem no ataque. Isto se esses mesmos jogadores não tivessem parado o jogo, para oferecer assistência ao colega caído.
Foto: extra globo.com
http://extra.globo.com/incoming/8745277-3f1-fea/w488h275-PROP/cartazes-brasil-mexico-0.jpg
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