Pode parecer (ou pode até ser) heresia falar isto. Um futebol tão bonito! Posse de bola por mais de 70% do tempo! Passes precisos! Muitos deslocamentos!
Tudo bem. A seleção da Espanha - como o time do Barcelona - tem de tudo isso.
Mas ambos apresentam uma coisa que acho muito feia.
Já se viu que o estilo espanhol de jogar enseja uma possibilidade muito boa para o adversário: como todo o time avança, um erro de passe ou uma tomada de bola pode resultar em contra ataque mortal. O gol do Chelsea, na decisão do mundial de clubes nasceu assim. Os jogadores do Chelsea conseguiram neutralizar aquela coisa que acho muito feia, para reduzir os riscos de contra ataque.
Pois não é que os espanhóis - da seleção e do Barça - fazem falta ainda no meio campo, sempre que o adversário toma a bola e inicia um contra ataque? O Chelsea conseguiu vencer porque o jogador que tomou a bola, na sua intermediária, em vez de avançar lançou pelo alto e para a esquerda, enquanto Ramires já corria em direção ao campo contrário, sem ter à frente vários adversários para impedir com falta.
No jogo de hoje, foram várias as tais "faltas táticas" praticadas pela seleção espanhola, para impedir contra ataques. De uma feita, um zagueiro espanhol agarrou o uruguaio que iniciava uma ação dessas, ainda na intermediária espanhola. Agarrou o uruguaio, calçou e derrubou-o.
Em quase todos os casos o juiz limita-se a marcar a falta, apesar das repetidas reincidências (redundância sim, mas lá no campo).
Então, mantenho aquilo penso, mesmo que possa ser chamado de heresia: no ataque, o Barcelona e a seleção jogam muito bonito. Nos contra ataques, jogam muito feio.
Foto: Blog do Wellington Araújo.
http://www.wareporter.com.br/espanha-x-uruguai-jogo-historico-no-recife/
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