TEU NOME
Quantos misteriosos
E infinitos passos
Passaram lépidos pela opção de espera
Dos passos do passageiro?
Quanta burocracia vã
E cupons escritos
Ao lixo nas estações do homem
Por um simples embarque de amor?
Quantos animais de tiro
Resfolegaram asco
E recusaram carruagens por ínfimos que fossem
As lembranças e os alforjes de afeto?
Qual insano pássaro
Empunha suas penas
Empenha suas plumas
Em combates de amor?
Qual carência tão atroz
Recusa iguarias de França
Em tempo de sobreviventes?
Qual orgulho tão altivo e tolo
Rejeita a dádiva do similar
Lúcido que o raro inexiste?
-Não, Não direi o teu nome!!!!-
Do reduto das intempéries
Pagarás os tributos do Inverno
E os encargos da anonimia.
Espero, esperarei,
Aqui no mantra da Poesia,
Nos suores de uma terçã,
Que a Primavera o publique:
Numa dilúvia temporã,
Numa Aragem Subvertida,
Ou quando
De Flor Plástica, Urbana e Desbotada
Em Fruta fores Convertida!
Imagem: MÍNIMOS.
http://miniminimos.blogspot.com.br/2010_09_01_archive.html
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