Por que tivera eu de escolher as amarelas,
Entre tantos matizes, muitos deles raros,
Senão para, em meus passos, me encontrar com elas,
Evocar momentos que me foram caros?
Tivesse eu escolhido uma outra cor qualquer,
a que não habitasse tanto em meus caminhos,
e não teria sua lembrança a revolver
de minha mais profunda intimidade os escaninhos.
Enquanto apenas
as lembranças de um passado,
evocações
fugazes de jardins e matos,era-me bem mais fácil contemplar ipês.
As flores amarelas trazem-me você
vibrante de ternura e de desejo, inequívocos atos
de amor incontestável, ventos bons, meu fado.
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