Ó Tempora!
Seguindo Toynbee, fiz também minha precária avaliação da durabilidade ("mortalidade?") dos valores; o trabalho de artistas e homens de letras vive mais do que os feitos de homens de negócio, as conquistas dos soldados, as realizações de estadistas. O filósofo dura mais do que o historiador. Os profetas e os santos sobrevivem a todos.
E a perspectiva histórica - espécie de deformação, senão profissional, pelo menos psíquica de visão e projeção do pensamento, como é que fica? Pros homens comuns, homens de negócio e militares, a visão é quase a do dia a dia, com ocasional projeção para anos e décadas. Pra artistas, i.e., pintores, músicos, homens de letras, o cérebro abrange um espaço maior, gerações, mas tende a se aprofundar em sensitividade e psicologismo, e a se limitar no tempo. Já os historiadores projetam seu pensamento, naturalmente, em alguns milhares de anos. Os arqueólogos em muitos milhares de anos. Os geólogos abragem mais - milhões de anos. E os astrônomos só pensam mesmo na escala do googol (precursor do Google) e do ano-luz, ou seja, bilhões e bilhões de anos.
NOTA: O texto em vermelho (sem qualquer conotação política ou ideológica), homenageia a obra "O Livro Vermelho dos Pensamentos de Millôr".
Charge: Meu Palco (na imagem do google está
"millôr.jpg").
http://www.meupalco.com.br/2012_03_01_archive.html
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